Perfil e trajetória profissional dos egressos da residência em medicina de família e comunidade do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Elisa Toffoli
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Forster, Aldaísa Cassanho, Santos, Luciane Loures dos, Ferreira, Janise Braga Barros, Falk, João Werner, Dal Fabbro, Amaury Lelis
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/173557
Resumo: O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil e a trajetória profissional dos egressos dos Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade do Estado de São Paulo. Métodos: Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, que caracterizou o perfil dos 129 médicos residentes egressos de 17 Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) do Estado de São Paulo que finalizaram a residência entre 2000 e 2009. Resultados: Dos 234 residentes, (129) 55,1% responderam ao questionário da pesquisa. A maioria (96,9%) era brasileira, natural do Estado de São Paulo (71,2%); 58,1% eram mulheres; 88,4% referiram ter até 39 anos; 89,1% moravam em grandes centros urbanos, tendendo a se fixar mais no Estado de São Paulo (80,0%), onde realizaram a residência médica. Os médicos atuavam na área de Medicina de Família e Comunidade (74,0%), 49,6% ligados à Estratégia Saúde da Família. A permanência na área foi mais favorável entre aqueles que, ao terminarem a graduação, desejavam ser médicos de família (77,6%) em relação aos que não o desejavam (63,6%). Quase a metade dos egressos informou ter dois ou três postos de trabalho e 99,2% continuaram sua formação acadêmica após o término da residência. Observou-se interesse na docência por 48,1% dos entrevistados, que referiram atuar no ensino de graduação e pós-graduação stricto e lato sensu, como programas de residência médica, enquanto um terço referiu atividades de pesquisa. Conclusão: O entendimento mais aprofundado de quem são e de onde se encontram os profissionais preparados para atuar na Atenção Primária à Saúde pode contribuir para a construção da identidade dos médicos de família e, consequentemente, para o fortalecimento dessa especialidade médica. Os resultados do estudo apontaram uma perspectiva favorável da especialidade Medicina Geral de Família e Comunidade no Estado de São Paulo, que não pode ser generalizada para a realidade de um sistema de saúde tão desigual no País, mesmo considerando as melhorias promovidas pelas recentes medidas de regulação da gestão do SUS. A literatura consultada e comentada possibilita ver a potencialidade no campo da formação dos especialistas, mas a graduação tem uma latência maior para mostrar a efetividade dessas alterações.
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A maioria (96,9%) era brasileira, natural do Estado de São Paulo (71,2%); 58,1% eram mulheres; 88,4% referiram ter até 39 anos; 89,1% moravam em grandes centros urbanos, tendendo a se fixar mais no Estado de São Paulo (80,0%), onde realizaram a residência médica. Os médicos atuavam na área de Medicina de Família e Comunidade (74,0%), 49,6% ligados à Estratégia Saúde da Família. A permanência na área foi mais favorável entre aqueles que, ao terminarem a graduação, desejavam ser médicos de família (77,6%) em relação aos que não o desejavam (63,6%). Quase a metade dos egressos informou ter dois ou três postos de trabalho e 99,2% continuaram sua formação acadêmica após o término da residência. Observou-se interesse na docência por 48,1% dos entrevistados, que referiram atuar no ensino de graduação e pós-graduação stricto e lato sensu, como programas de residência médica, enquanto um terço referiu atividades de pesquisa. Conclusão: O entendimento mais aprofundado de quem são e de onde se encontram os profissionais preparados para atuar na Atenção Primária à Saúde pode contribuir para a construção da identidade dos médicos de família e, consequentemente, para o fortalecimento dessa especialidade médica. Os resultados do estudo apontaram uma perspectiva favorável da especialidade Medicina Geral de Família e Comunidade no Estado de São Paulo, que não pode ser generalizada para a realidade de um sistema de saúde tão desigual no País, mesmo considerando as melhorias promovidas pelas recentes medidas de regulação da gestão do SUS. A literatura consultada e comentada possibilita ver a potencialidade no campo da formação dos especialistas, mas a graduação tem uma latência maior para mostrar a efetividade dessas alterações.The aim of this study was to characterize the profile and professional career of graduates from the São Paulo State residency programs in Family and Community Medicine. Methods: A descriptive, crosssectional study with a quantitative approach, which characterized the profile of the 234 graduating medical residents from 17 São Paulo State residency programs in Family and Community Medicine (PRMFC) who completed residency between 2000 and 2009. Results: Of the 234 residents, 55.1% responded to the survey questionnaire, the majority (96.9%) were Brazilian, born in the state of São Paulo (71.2%), 58.1% were women; 88.4% were 39 years of age or younger, 89.1% lived in large urban centers and they tended to settle in the state of São Paulo (80.0%), where the residency was conducted. The doctors worked in the area of Family and Community Medicine (74.0%); 49.6% related to the Family Health Strategy. Staying in the area was favored more by those who, upon graduating, wanted to be family doctors (77.6%) than thos who did not (63.6%). Almost half of the graduates reported having two or three jobs and 99.2% continued their education after the residence. Interest in teaching was observed among 48.1% of the respondents who reported teaching in undergraduate and graduate courses, including medical residency programs, while a third of the respondents reported conducting research activities. Conclusion: A better understanding of the profile and whereabouts of trained primary health care professionals can contribute towards constructing an identity for family doctors, thereby strengthening this medical specialty. The study results indicate a favorable outlook for the Community and Family Medicine speciality in São Paulo, however this cannot be generalized for such an unequal health system in Brazil, even considering the improvements brought about by recent SUS management regulation measures. The literature reviewed and discussed shed light on the potential in the field of specialist training, but for undergraduate training, the effectiveness of these changes takes longer to become apparent.application/pdfporRevista brasileira de educação médica. Rio de Janeiro. Vol. 41, n. 4 (out./dez. 2017), p. 604-614Atenção primária à saúdeInternato e residênciaSão Paulo (Estado)Family PracticeEducationMedicalPrimary Health CareFamily Health StrategyUnified Health SystemPerfil e trajetória profissional dos egressos da residência em medicina de família e comunidade do Estado de São PauloProfile and professional career of graduates from the São Paulo state family and community medicine residency programs info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001059061.pdf001059061.pdfTexto completoapplication/pdf697578http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173557/1/001059061.pdfd2c289d9a242cfb9c8f5e3c0a9eba080MD51TEXT001059061.pdf.txt001059061.pdf.txtExtracted Texttext/plain49989http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173557/2/001059061.pdf.txtc6eb83f6950888fef48cdd4578b0710fMD5210183/1735572023-11-24 04:23:08.34281oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173557Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-11-24T06:23:08Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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