A roupa nova do rei : economia verde entre inovação e conservação – uma leitura crítica a partir de Karl Polanyi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matzembacher, Daniele Eckert
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Meira, Fábio Bittencourt
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/232646
Resumo: No contexto da crise de 2008, a Economia Verde (EV) é promovida e incentivada por organismos internacionais das Nações Unidas como caminho para o desenvolvimento sustentável. Além de impulsionar o crescimento econômico, a EV possibilitaria reduzir a pobreza e garantir a preservação dos recursos naturais. Este ensaio inspira-se em Karl Polanyi para elaborar uma crítica a este discurso. A sociedade de mercado reproduz-se pela subsunção do humano e da natureza à autorregulação econômica, que é, por definição, antagônica à vida. Sob a égide do mercado, homem e natureza vivem o limiar de sua supressão. Sustentabilidade social e ambiental depende de uma reorientação econômica em direção à subsistência orquestrada pelos princípios da reciprocidade, redistribuição e troca de mercado. Ora, o padrão mercantil é não apenas mantido intacto, como francamente incentivado pela EV. Daí a necessidade de uma elaboração crítica fundamentada, para apontar limites e alertar para os problemas que o projeto da EV amplifica, a pretexto de solucionar.
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spelling Matzembacher, Daniele EckertMeira, Fábio Bittencourt2021-12-07T04:31:20Z20202358-6311http://hdl.handle.net/10183/232646001133826No contexto da crise de 2008, a Economia Verde (EV) é promovida e incentivada por organismos internacionais das Nações Unidas como caminho para o desenvolvimento sustentável. Além de impulsionar o crescimento econômico, a EV possibilitaria reduzir a pobreza e garantir a preservação dos recursos naturais. Este ensaio inspira-se em Karl Polanyi para elaborar uma crítica a este discurso. A sociedade de mercado reproduz-se pela subsunção do humano e da natureza à autorregulação econômica, que é, por definição, antagônica à vida. Sob a égide do mercado, homem e natureza vivem o limiar de sua supressão. Sustentabilidade social e ambiental depende de uma reorientação econômica em direção à subsistência orquestrada pelos princípios da reciprocidade, redistribuição e troca de mercado. Ora, o padrão mercantil é não apenas mantido intacto, como francamente incentivado pela EV. Daí a necessidade de uma elaboração crítica fundamentada, para apontar limites e alertar para os problemas que o projeto da EV amplifica, a pretexto de solucionar.In the context of the 2008 crisis, Green Economy (GE) is promoted and encouraged by United Nations institutions as a path to sustainable development. In addition to driving economic growth, GE would make possible to reduce poverty and ensure the preservation of natural resources. The present essay draws on the work of Karl Polanyi to criticize this discourse. Market society is reproduced by the subordination of human and nature to economic self-regulation, which by definition is antagonistic to life. Under the aegis of the market, man and nature live within the threshold of suppression. Social and environmental sustainability depends upon a shift towards economic subsistence oriented by the principles of reciprocity, redistribution and exchange. But GE not only keeps intact the mercantile pattern but also encourages it. Hence the need for a reasoned critical elaboration to point out limits and to alert to the problems that the GE project amplifies, under the pretext of solving.En el contexto de la crisis de 2008, la economía verde (EV) es promovida y alentada por las organizaciones internacionales de las Naciones Unidas como camino hacia el desarrollo sostenible. Además de impulsar el crecimiento económico, la EV haría posible reducir la pobreza y garantizar la preservación de los recursos naturales. Este ensayo está inspirado por Karl Polanyi para desarrollar una crítica de este discurso. La sociedad de mercado reproduce la auto-regulación económica, que es por definición antagónica a la vida humana y la naturaleza. Esto significa que, bajo la dirección del mercado, el hombre y la naturaleza se mantienen en el umbral de su supresión. La sostenibilidad social y ambiental depende de una reorientación económica hacia la subsistencia orquestada por los principios de reciprocidad, la redistribución y intercambio. Pero el estándar comercial no sólo se mantiene intacto, como es francamente animado por la EV. De ahí la necesidad de un trabajo crítico para señalar los límites y problemas que el proyecto de la EV amplifica a pretexto de resolver.application/pdfporFarol - Revista de estudos organizacionais e sociedade. Belo Horizonte. Vol. 7, n. 18 (abr. 2020), p. 410-449Polanyi, Karl, 1886-1964EconomiaSustentabilidadeDesenvolvimento sustentávelMercantilizaçãoGreen economySustainabilityReciprocityCommodificationA roupa nova do rei : economia verde entre inovação e conservação – uma leitura crítica a partir de Karl Polanyiinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001133826.pdf.txt001133826.pdf.txtExtracted Texttext/plain75442http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232646/2/001133826.pdf.txt563310f88109ba0d342907e192d73dbaMD52ORIGINAL001133826.pdfTexto completo (inglês)application/pdf279080http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232646/1/001133826.pdf8c3b2416c5ccdb2a016c342f1adf40bfMD5110183/2326462021-12-09 05:35:49.031338oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232646Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-12-09T07:35:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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