Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Themis Reverbel da
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: Almeida, Hilberto Corrêa de, Carvalho, Paulo Roberto Antonacci, Cerski, Carlos Thadeu Schmidt
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/54363
Resumo: Objetivo - O tratamento eficaz da atresia de vias biliares extrahepáticas exige que a diferenciação diagnóstica entre colestase neonatal de causa intra e extra-hepática seja realizada antes das primeiras oito semanas de vida. O objetivo do presente estudo foi avaliar a idade dos pacientes com colestase neonatal internados em um hospital geral para diferenciação diagnóstica da icterícia colestática. Métodos - Foram estudadas 49 crianças no Serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984 e 1991. O protocolo para esclarecimento diagnóstico seguido neste hospital inclui realização de cintilografia de vias biliares com Tc-99m DISIDA e posterior biópsia hepática, em cunha ou percutânea dependendo do resultado do teste cintilográfico. Foram comparadas as idades das crianças por ocasião dos procedimentos. Em 26 casos o estudo foi retrospectivo; em 23, prospectivo. Resultados - Os pacientes foram submetidos à cintilografia em média com 77,94 + 42,98 dias de vida. A biópsia hepática foi realizada cerca de 2 semanas após o teste cintilográfico. Apenas 6 pacientes (12,8% dos 47 casos) foram submetidos à biópsia antes das primeiras oito semanas de vida. Não houve diferença quanto à idade na data da cintilografia entre os pacientes estudados retrospectiva e prospectivamente. Conclusões - Ocorre atraso no encaminhamento dos pacientes para o diagnóstico diferencial da colestase neonatal e também na realização dos testes. A necessidade de hospitalizar para a execução dos procedimentos retarda ainda mais a elaboração diagnóstica, que deveria estar concluída antes das primeiras oito semanas de vida.
id UFRGS-2_606201c8fb648751fe749af60a301f9b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/54363
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Silveira, Themis Reverbel daAlmeida, Hilberto Corrêa deCarvalho, Paulo Roberto AntonacciCerski, Carlos Thadeu Schmidt2012-08-24T01:38:12Z19970021-7557http://hdl.handle.net/10183/54363000307600Objetivo - O tratamento eficaz da atresia de vias biliares extrahepáticas exige que a diferenciação diagnóstica entre colestase neonatal de causa intra e extra-hepática seja realizada antes das primeiras oito semanas de vida. O objetivo do presente estudo foi avaliar a idade dos pacientes com colestase neonatal internados em um hospital geral para diferenciação diagnóstica da icterícia colestática. Métodos - Foram estudadas 49 crianças no Serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984 e 1991. O protocolo para esclarecimento diagnóstico seguido neste hospital inclui realização de cintilografia de vias biliares com Tc-99m DISIDA e posterior biópsia hepática, em cunha ou percutânea dependendo do resultado do teste cintilográfico. Foram comparadas as idades das crianças por ocasião dos procedimentos. Em 26 casos o estudo foi retrospectivo; em 23, prospectivo. Resultados - Os pacientes foram submetidos à cintilografia em média com 77,94 + 42,98 dias de vida. A biópsia hepática foi realizada cerca de 2 semanas após o teste cintilográfico. Apenas 6 pacientes (12,8% dos 47 casos) foram submetidos à biópsia antes das primeiras oito semanas de vida. Não houve diferença quanto à idade na data da cintilografia entre os pacientes estudados retrospectiva e prospectivamente. Conclusões - Ocorre atraso no encaminhamento dos pacientes para o diagnóstico diferencial da colestase neonatal e também na realização dos testes. A necessidade de hospitalizar para a execução dos procedimentos retarda ainda mais a elaboração diagnóstica, que deveria estar concluída antes das primeiras oito semanas de vida.Objective- An efficient treatment of extrahepatic biliary atresia demands that the diagnostic differentiation between intra- and extrahepatic neonatal cholestasis be performed by the eighth week of life. This study aimed at evaluate the age of the patients admitted to a general hospital for differential diagnosis of cholestatic jaundice. Methods- Forty nine children from the Pediatric Service at Hospital de Clínicas, in Porto Alegre, have been studied between 1984 and 1991, according to the protocol for diagnostic elucidation followed by this hospital, which includes biliary tract scintigraphy with Tc-99m DISIDA and, depending on its results, an wedge or percutaneous liver biopsy. The ages of the children have been compared on the occasion of the procedures. Twenty six cases have been studied retrospectively and 23, prospectively. Results- Both the patients with intrahepatic and extrahepatic cholestasis underwent scintigraphy, on average at over eight weeks (age 77.94 + 42.98 days) and the histopathological study of the liver was performed approximately two weeks after scintigraphy. Only six patients (12.8% of the 47 cases) underwent the liver biopsy before the first eighth week of life. Conclusions- A delay was observed in referring patients for differential diagnosis of neonatal cholestasis and the performance of tests. The need of hospitalization in order to conduct these procedures delays even further this diagnosis, which should be concluded by the eighth week of life.application/pdfporJornal de pediatria (Rio de Janeiro). Vol. 73, n. 1 (jan./fev. 1997), p. 32-36Colestase extra-hepáticaDiagnóstico diferencialRecém-nascidoNeonatal cholestasisBiliary atresiaPortoenterostomyBiliary tract scintigraphyLiver biopsyColestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencialinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000307600.pdf000307600.pdfTexto completoapplication/pdf33110http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54363/1/000307600.pdfc698db172f41a82f797de9ad8028e351MD51TEXT000307600.pdf.txt000307600.pdf.txtExtracted Texttext/plain25319http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54363/2/000307600.pdf.txtef08121e488baed580af244494bdaa75MD52THUMBNAIL000307600.pdf.jpg000307600.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1929http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54363/3/000307600.pdf.jpg060706747df12513938821d8ce9801e4MD5310183/543632019-08-02 02:31:44.523557oai:www.lume.ufrgs.br:10183/54363Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-08-02T05:31:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
title Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
spellingShingle Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
Silveira, Themis Reverbel da
Colestase extra-hepática
Diagnóstico diferencial
Recém-nascido
Neonatal cholestasis
Biliary atresia
Portoenterostomy
Biliary tract scintigraphy
Liver biopsy
title_short Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
title_full Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
title_fullStr Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
title_full_unstemmed Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
title_sort Colestase neonatal : atraso no encaminhamento de crianças para diagnóstico diferencial
author Silveira, Themis Reverbel da
author_facet Silveira, Themis Reverbel da
Almeida, Hilberto Corrêa de
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Cerski, Carlos Thadeu Schmidt
author_role author
author2 Almeida, Hilberto Corrêa de
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Cerski, Carlos Thadeu Schmidt
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silveira, Themis Reverbel da
Almeida, Hilberto Corrêa de
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Cerski, Carlos Thadeu Schmidt
dc.subject.por.fl_str_mv Colestase extra-hepática
Diagnóstico diferencial
Recém-nascido
topic Colestase extra-hepática
Diagnóstico diferencial
Recém-nascido
Neonatal cholestasis
Biliary atresia
Portoenterostomy
Biliary tract scintigraphy
Liver biopsy
dc.subject.eng.fl_str_mv Neonatal cholestasis
Biliary atresia
Portoenterostomy
Biliary tract scintigraphy
Liver biopsy
description Objetivo - O tratamento eficaz da atresia de vias biliares extrahepáticas exige que a diferenciação diagnóstica entre colestase neonatal de causa intra e extra-hepática seja realizada antes das primeiras oito semanas de vida. O objetivo do presente estudo foi avaliar a idade dos pacientes com colestase neonatal internados em um hospital geral para diferenciação diagnóstica da icterícia colestática. Métodos - Foram estudadas 49 crianças no Serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984 e 1991. O protocolo para esclarecimento diagnóstico seguido neste hospital inclui realização de cintilografia de vias biliares com Tc-99m DISIDA e posterior biópsia hepática, em cunha ou percutânea dependendo do resultado do teste cintilográfico. Foram comparadas as idades das crianças por ocasião dos procedimentos. Em 26 casos o estudo foi retrospectivo; em 23, prospectivo. Resultados - Os pacientes foram submetidos à cintilografia em média com 77,94 + 42,98 dias de vida. A biópsia hepática foi realizada cerca de 2 semanas após o teste cintilográfico. Apenas 6 pacientes (12,8% dos 47 casos) foram submetidos à biópsia antes das primeiras oito semanas de vida. Não houve diferença quanto à idade na data da cintilografia entre os pacientes estudados retrospectiva e prospectivamente. Conclusões - Ocorre atraso no encaminhamento dos pacientes para o diagnóstico diferencial da colestase neonatal e também na realização dos testes. A necessidade de hospitalizar para a execução dos procedimentos retarda ainda mais a elaboração diagnóstica, que deveria estar concluída antes das primeiras oito semanas de vida.
publishDate 1997
dc.date.issued.fl_str_mv 1997
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-08-24T01:38:12Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/54363
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0021-7557
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000307600
identifier_str_mv 0021-7557
000307600
url http://hdl.handle.net/10183/54363
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Jornal de pediatria (Rio de Janeiro). Vol. 73, n. 1 (jan./fev. 1997), p. 32-36
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54363/1/000307600.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54363/2/000307600.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54363/3/000307600.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv c698db172f41a82f797de9ad8028e351
ef08121e488baed580af244494bdaa75
060706747df12513938821d8ce9801e4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487158831448064