Uma incursão socioantropológica pelo comer viajante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oderich, Constance
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188710
Resumo: Objetivo: este trabalho tem como objetivo fazer uma análise de experiências de viagem junto a comida, considerando a alimentação além do seu aspecto nutricional. Procurou-­se expor o ato de alimentar-­se pelo olhar sociocultural, atentando-­se para diferentes culturas alimentares. Metodologia: através de uma viagem de bicicleta por diferentes lugares foi possível vivenciar mais intensamente culturas distintas. Exposta à alteridade, diferenças no fenômeno alimentar de outras culturas geraram estranhamentos e questionamentos, sendo os fatores que fomentaram essa incursão pela sociologia e antropologia. Assim, afim de se aprofundar na complexidade do fenômeno alimentar em uma abordagem qualitativa, utilizou-­se os referenciais teóricos da socioantropologia da alimentação para analisar os diários de campo produzidos durante essa viagem por quatro países (Portugal, Espanha, França e Marrocos). Resultados: com base nas leituras das ciências humanas, apreendeu-­se o quanto a alimentação de um indivíduo é dependente do contexto sociocultural em que o mesmo está inserido. Identificou-­se e apreendeu-­se características essenciais da alimentação de cada país. Na França, percebeu-­se o valor do ritual da alimentação, da comensalidade e da tradição da cozinha francesa. Nesse mesmo país e na Espanha, atentou-­se pelo significado mais íntimo da dieta Mediterrânea. No Marrocos, entendeu-­se sobre o peso e os reflexos da religião e das condições materiais no comer cotidiano. Por fim, em Portugal atentou-­se para uma reflexão mais crítica sobre a origem da cozinha brasileira. Conclusão: é indispensável para a formação do nutricionista uma abordagem sobre a sociologia e antropologia da alimentação para compreender o fenômeno da alimentação. Assim, espera-­se que esse trabalho contribua para sensibilizar profissionais nutricionistas para uma visão e abordagem mais social, antropológica e crítica em seu papel influente na alimentação de indivíduos.
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