Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menuzzi, Sérgio de Moura
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Othero, Gabriel de Ávila
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/173322
Resumo: Neste artigo, procuramos ilustrar o poder descritivo e explanatório de duas principais idéias da Teoria da Otimidade: (i) a idéia de que pode haver conflito entre restrições gramaticais; e (ii) a de que esses conflitos são resolvidos pelo ranqueamento de restrições. Discutimos, para isso, vários dos padrões de sentenças interrogativas encontrados nas línguas e sumariados em ACKEMA & NEELEMAN (1998). Nossa análise difere, entretanto, da oferecida por esses autores pelo fato de que procuramos conceber as restrições gramaticais atuantes na interrogação como tendo um cunho essencialmente “funcional” e adaptativo. Especificamente, são três as condições funcionais que propomos: a) Economia em alterações da ordem canônica, b) Marcação Morfológica para estruturas não canônicas e c) Focalização de material saliente discursivamente. Na visão que aqui apresentamos, uma gramática é um “sistema de otimização” em dois sentidos: (i) suas condições são codificações de demandas funcionais sobre a forma das sentenças; e (ii) a interação entre essas demandas deve incluir um modo de resolver os eventuais conflitos entre elas.
id UFRGS-2_63a331d73fccb9eab10a7423245959e6
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173322
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Menuzzi, Sérgio de MouraOthero, Gabriel de Ávila2018-03-14T02:37:54Z20091414-7165http://hdl.handle.net/10183/173322000740446Neste artigo, procuramos ilustrar o poder descritivo e explanatório de duas principais idéias da Teoria da Otimidade: (i) a idéia de que pode haver conflito entre restrições gramaticais; e (ii) a de que esses conflitos são resolvidos pelo ranqueamento de restrições. Discutimos, para isso, vários dos padrões de sentenças interrogativas encontrados nas línguas e sumariados em ACKEMA & NEELEMAN (1998). Nossa análise difere, entretanto, da oferecida por esses autores pelo fato de que procuramos conceber as restrições gramaticais atuantes na interrogação como tendo um cunho essencialmente “funcional” e adaptativo. Especificamente, são três as condições funcionais que propomos: a) Economia em alterações da ordem canônica, b) Marcação Morfológica para estruturas não canônicas e c) Focalização de material saliente discursivamente. Na visão que aqui apresentamos, uma gramática é um “sistema de otimização” em dois sentidos: (i) suas condições são codificações de demandas funcionais sobre a forma das sentenças; e (ii) a interação entre essas demandas deve incluir um modo de resolver os eventuais conflitos entre elas.In this article, we seek to demonstrate the descriptive and explanatory power of two central ideas in Optimality Theory: (i) the idea that there can be conflict among grammatical constraints; and (ii) that these conflicts are solved by the ranking of the constraints. We illustrate these points with an analysis of the sentence patterns in question-formation, as shown in Ackema & Neeleman (1998). However, our analysis is different than A&N´s (1998), as we propose functional constraints acting in the formation of interrogative sentence patterns. We actually propose three constraints: Economy, Morpohological Marking and Focalization. As we understand, a grammar is a system of optimization in two senses: (i) its conditions are codifications of functional demands over the form of the sentences; and (ii) the interaction among these demands must include a way to solve eventual conflicts among them.application/pdfporMatraga : revista do Programa de Pós-Graduação em Letras. Rio de Janeiro. Vol. 16, n. 24 (jan./jun. 2009), p. 197-215InterrogativesTeoria da otimidadeSintaxeSentença interrogativaOptimality theorySyntaxComponentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidadeinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000740446.pdf000740446.pdfTexto completoapplication/pdf152704http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173322/1/000740446.pdf08bb656b93f1f90321b511a2e9550528MD51TEXT000740446.pdf.txt000740446.pdf.txtExtracted Texttext/plain32706http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173322/2/000740446.pdf.txt243c809ffdc2b5c8a878c92144f91926MD5210183/1733222018-03-15 02:31:29.974891oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173322Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-03-15T05:31:29Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
title Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
spellingShingle Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
Menuzzi, Sérgio de Moura
Interrogatives
Teoria da otimidade
Sintaxe
Sentença interrogativa
Optimality theory
Syntax
title_short Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
title_full Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
title_fullStr Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
title_full_unstemmed Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
title_sort Componentes universais da interrogação : uma introdução funcional à teoria da otimidade
author Menuzzi, Sérgio de Moura
author_facet Menuzzi, Sérgio de Moura
Othero, Gabriel de Ávila
author_role author
author2 Othero, Gabriel de Ávila
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Menuzzi, Sérgio de Moura
Othero, Gabriel de Ávila
dc.subject.n.fl_str_mv Interrogatives
topic Interrogatives
Teoria da otimidade
Sintaxe
Sentença interrogativa
Optimality theory
Syntax
dc.subject.por.fl_str_mv Teoria da otimidade
Sintaxe
Sentença interrogativa
dc.subject.eng.fl_str_mv Optimality theory
Syntax
description Neste artigo, procuramos ilustrar o poder descritivo e explanatório de duas principais idéias da Teoria da Otimidade: (i) a idéia de que pode haver conflito entre restrições gramaticais; e (ii) a de que esses conflitos são resolvidos pelo ranqueamento de restrições. Discutimos, para isso, vários dos padrões de sentenças interrogativas encontrados nas línguas e sumariados em ACKEMA & NEELEMAN (1998). Nossa análise difere, entretanto, da oferecida por esses autores pelo fato de que procuramos conceber as restrições gramaticais atuantes na interrogação como tendo um cunho essencialmente “funcional” e adaptativo. Especificamente, são três as condições funcionais que propomos: a) Economia em alterações da ordem canônica, b) Marcação Morfológica para estruturas não canônicas e c) Focalização de material saliente discursivamente. Na visão que aqui apresentamos, uma gramática é um “sistema de otimização” em dois sentidos: (i) suas condições são codificações de demandas funcionais sobre a forma das sentenças; e (ii) a interação entre essas demandas deve incluir um modo de resolver os eventuais conflitos entre elas.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-03-14T02:37:54Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/173322
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1414-7165
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000740446
identifier_str_mv 1414-7165
000740446
url http://hdl.handle.net/10183/173322
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Matraga : revista do Programa de Pós-Graduação em Letras. Rio de Janeiro. Vol. 16, n. 24 (jan./jun. 2009), p. 197-215
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173322/1/000740446.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173322/2/000740446.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 08bb656b93f1f90321b511a2e9550528
243c809ffdc2b5c8a878c92144f91926
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224938678386688