A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/37728 |
Resumo: | Este trabalho apresenta o relato e a análise de experiência que teve como base o estágio curricular desenvolvido com nove alunos com deficiência intelectual. O objetivo principal foi analisar a ação mediadora do professor no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual, buscando apoio teórico na teoria Sociointeracionista de Lev Semyonovitch Vygotsky. O estudo teve cunho qualitativo e configurou-se em uma pesquisa participante, focada na interação pesquisador/pesquisados e, principalmente, sobre os resultados desta interação. Teve como instrumentos de pesquisa a observação participante e o diário de campo. Para o embasamento teórico destaquei quatro conceitos importantes. O primeiro conceito abordou o desenvolvimento intelectual na visão de Vygotsky. Para ele, uma criança com uma deficiência supera seus problemas com um universo de novas e ilimitadas formas de desenvolvimento, sendo capaz de desenvolver novos processos de apropriação, que para cada criança são únicos e especiais. O segundo conceito descreve a Zona de Desenvolvimento Proximal, onde o professor deve atuar para ajudar o aluno a avançar em seu desenvolvimento. Conhecendo o que o aluno já consolidou em termos de conceitos e aprendizagens, poderá fazer intervenções apropriadas. Aquilo que o aluno consegue fazer hoje somente com ajuda de um adulto ou de um colega mais experiente (nível de desenvolvimento potencial), se for estimulado em sua zona de desenvolvimento proximal, no qual é a transição entre os dois níveis, poderá ser capaz de fazer posteriormente de forma independente, avançando então para o nível de desenvolvimento real. O terceiro conceito tratou das interações sociais para a aprendizagem. Para Vygotsky, a compreensão do mundo e o processo de aprendizagem se dão nas relações estabelecidas com o outro e com o objeto em estudo. Sem essa interação, dificilmente haverá aprendizagem. O quarto conceito abordou a ação mediadora do professor. Baseado na teoria sociointeracionista, o professor é aquele que irá planejar e mediar ações pedagógicas para que seu aluno tenha condições de avançar em seu processo de aprendizagem. Para que isso aconteça, é necessário o uso de instrumentos e signos. Foi possível verificar, durante a prática do estágio, que a ação mediadora do professor possui a capacidade de interferir no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual. Os alunos da análise inicialmente se apresentavam com uma tendência à apatia, pouco estimulados e quase nunca tomavam iniciativa nas atividades. Mas através de minha atuação provocativa, consegui visualizar em um curto período de tempo algumas mudanças em seus comportamentos. Ao final do estágio curricular, já os percebia mais ativos, mais participativos e autônomos. O papel do professor como mediador assume uma posição importante dentro da escola, percebendo onde mediar, ajudando os alunos a se desenvolverem de forma plena. Além disso, ele precisa também entender que as relações estabelecidas no meio social são de fundamental importância para que a significações das coisas e do mundo se tornem evidentes. |
id |
UFRGS-2_65ee4f1cdcc06b4f413b7fd44eb9a4c8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/37728 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Bock, Letícia JustoBrabo, Gabriela Maria Barbosa2012-03-22T01:20:48Z2010http://hdl.handle.net/10183/37728000821777Este trabalho apresenta o relato e a análise de experiência que teve como base o estágio curricular desenvolvido com nove alunos com deficiência intelectual. O objetivo principal foi analisar a ação mediadora do professor no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual, buscando apoio teórico na teoria Sociointeracionista de Lev Semyonovitch Vygotsky. O estudo teve cunho qualitativo e configurou-se em uma pesquisa participante, focada na interação pesquisador/pesquisados e, principalmente, sobre os resultados desta interação. Teve como instrumentos de pesquisa a observação participante e o diário de campo. Para o embasamento teórico destaquei quatro conceitos importantes. O primeiro conceito abordou o desenvolvimento intelectual na visão de Vygotsky. Para ele, uma criança com uma deficiência supera seus problemas com um universo de novas e ilimitadas formas de desenvolvimento, sendo capaz de desenvolver novos processos de apropriação, que para cada criança são únicos e especiais. O segundo conceito descreve a Zona de Desenvolvimento Proximal, onde o professor deve atuar para ajudar o aluno a avançar em seu desenvolvimento. Conhecendo o que o aluno já consolidou em termos de conceitos e aprendizagens, poderá fazer intervenções apropriadas. Aquilo que o aluno consegue fazer hoje somente com ajuda de um adulto ou de um colega mais experiente (nível de desenvolvimento potencial), se for estimulado em sua zona de desenvolvimento proximal, no qual é a transição entre os dois níveis, poderá ser capaz de fazer posteriormente de forma independente, avançando então para o nível de desenvolvimento real. O terceiro conceito tratou das interações sociais para a aprendizagem. Para Vygotsky, a compreensão do mundo e o processo de aprendizagem se dão nas relações estabelecidas com o outro e com o objeto em estudo. Sem essa interação, dificilmente haverá aprendizagem. O quarto conceito abordou a ação mediadora do professor. Baseado na teoria sociointeracionista, o professor é aquele que irá planejar e mediar ações pedagógicas para que seu aluno tenha condições de avançar em seu processo de aprendizagem. Para que isso aconteça, é necessário o uso de instrumentos e signos. Foi possível verificar, durante a prática do estágio, que a ação mediadora do professor possui a capacidade de interferir no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual. Os alunos da análise inicialmente se apresentavam com uma tendência à apatia, pouco estimulados e quase nunca tomavam iniciativa nas atividades. Mas através de minha atuação provocativa, consegui visualizar em um curto período de tempo algumas mudanças em seus comportamentos. Ao final do estágio curricular, já os percebia mais ativos, mais participativos e autônomos. O papel do professor como mediador assume uma posição importante dentro da escola, percebendo onde mediar, ajudando os alunos a se desenvolverem de forma plena. Além disso, ele precisa também entender que as relações estabelecidas no meio social são de fundamental importância para que a significações das coisas e do mundo se tornem evidentes.application/pdfporMediaçãoInteração socialPortador de deficiênciaDificuldades de aprendizagemA Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectualinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoTrês Cachoeiras, BR-RS2010Pedagogia: Ensino a Distância: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000821777.pdf.txt000821777.pdf.txtExtracted Texttext/plain78634http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37728/2/000821777.pdf.txtf0a6d7da364938cb89d9a64cfbafcd1fMD52ORIGINAL000821777.pdf000821777.pdfTexto completoapplication/pdf188548http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37728/1/000821777.pdff47d94f541160045acad574cdd9e5b60MD51THUMBNAIL000821777.pdf.jpg000821777.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1060http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37728/3/000821777.pdf.jpg6c8b7ef60d7db6d77cc86312becd960dMD5310183/377282018-10-10 08:00:59.076oai:www.lume.ufrgs.br:10183/37728Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-10T11:00:59Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
title |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
spellingShingle |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual Bock, Letícia Justo Mediação Interação social Portador de deficiência Dificuldades de aprendizagem |
title_short |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
title_full |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
title_fullStr |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
title_full_unstemmed |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
title_sort |
A Ação mediadora do professor no processo de aprendizagem de alunos com deficiência intelectual |
author |
Bock, Letícia Justo |
author_facet |
Bock, Letícia Justo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bock, Letícia Justo |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Brabo, Gabriela Maria Barbosa |
contributor_str_mv |
Brabo, Gabriela Maria Barbosa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mediação Interação social Portador de deficiência Dificuldades de aprendizagem |
topic |
Mediação Interação social Portador de deficiência Dificuldades de aprendizagem |
description |
Este trabalho apresenta o relato e a análise de experiência que teve como base o estágio curricular desenvolvido com nove alunos com deficiência intelectual. O objetivo principal foi analisar a ação mediadora do professor no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual, buscando apoio teórico na teoria Sociointeracionista de Lev Semyonovitch Vygotsky. O estudo teve cunho qualitativo e configurou-se em uma pesquisa participante, focada na interação pesquisador/pesquisados e, principalmente, sobre os resultados desta interação. Teve como instrumentos de pesquisa a observação participante e o diário de campo. Para o embasamento teórico destaquei quatro conceitos importantes. O primeiro conceito abordou o desenvolvimento intelectual na visão de Vygotsky. Para ele, uma criança com uma deficiência supera seus problemas com um universo de novas e ilimitadas formas de desenvolvimento, sendo capaz de desenvolver novos processos de apropriação, que para cada criança são únicos e especiais. O segundo conceito descreve a Zona de Desenvolvimento Proximal, onde o professor deve atuar para ajudar o aluno a avançar em seu desenvolvimento. Conhecendo o que o aluno já consolidou em termos de conceitos e aprendizagens, poderá fazer intervenções apropriadas. Aquilo que o aluno consegue fazer hoje somente com ajuda de um adulto ou de um colega mais experiente (nível de desenvolvimento potencial), se for estimulado em sua zona de desenvolvimento proximal, no qual é a transição entre os dois níveis, poderá ser capaz de fazer posteriormente de forma independente, avançando então para o nível de desenvolvimento real. O terceiro conceito tratou das interações sociais para a aprendizagem. Para Vygotsky, a compreensão do mundo e o processo de aprendizagem se dão nas relações estabelecidas com o outro e com o objeto em estudo. Sem essa interação, dificilmente haverá aprendizagem. O quarto conceito abordou a ação mediadora do professor. Baseado na teoria sociointeracionista, o professor é aquele que irá planejar e mediar ações pedagógicas para que seu aluno tenha condições de avançar em seu processo de aprendizagem. Para que isso aconteça, é necessário o uso de instrumentos e signos. Foi possível verificar, durante a prática do estágio, que a ação mediadora do professor possui a capacidade de interferir no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual. Os alunos da análise inicialmente se apresentavam com uma tendência à apatia, pouco estimulados e quase nunca tomavam iniciativa nas atividades. Mas através de minha atuação provocativa, consegui visualizar em um curto período de tempo algumas mudanças em seus comportamentos. Ao final do estágio curricular, já os percebia mais ativos, mais participativos e autônomos. O papel do professor como mediador assume uma posição importante dentro da escola, percebendo onde mediar, ajudando os alunos a se desenvolverem de forma plena. Além disso, ele precisa também entender que as relações estabelecidas no meio social são de fundamental importância para que a significações das coisas e do mundo se tornem evidentes. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-03-22T01:20:48Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/37728 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000821777 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/37728 |
identifier_str_mv |
000821777 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37728/2/000821777.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37728/1/000821777.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37728/3/000821777.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f0a6d7da364938cb89d9a64cfbafcd1f f47d94f541160045acad574cdd9e5b60 6c8b7ef60d7db6d77cc86312becd960d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224424304672768 |