Frankenstein, de Mary Shelley : um estudo sobre monstruosidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Helen Helfenstein
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/270343
Resumo: O presente trabalho apresenta uma leitura do romance Frankenstein, ou o Prometeu Moderno, de Mary Shelley (1831), tendo em foco de observação o conceito de monstruosidade através da forma como ocorrem as relações sociais no pano de fundo da narrativa. A análise examina como o ser criado pelo estudante Victor Frankenstein em certos momentos é apresentado como um monstro, e em outros como uma criatura rejeitada e inconformada. O estudo realizado busca entender esses diálogos com a monstruosidade através de aspectos como a aparência grotesca, a solidão e a visão da sociedade refletidas ali. A partir desses pressupostos, a análise conta com as contribuições teóricas de Rousseau (1755) e de Hobbes (1651) para analisar como o monstro e seu criador podem ser percebidos em Frankenstein. Cohen (1996) e Burke (1757) são também utilizados, para tratar de questões envolvendo o gótico e o belo. O trabalho é desenvolvido em três partes. Na primeira, é feita uma análise dos pensamentos de Hobbes e de Rousseau, levantando a contribuição dos dois para a escrita de Mary Shelley. Na segunda, utiliza-se a teoria de Burke para analisar o belo, o feio e o sublime na obra, buscando entender como esses conceitos influenciam a forma como a sociedade e Victor Frankenstein enxergam a Criatura como monstruosa. Na última parte, utiliza-se a teoria de Cohen para entender como a Criatura passa a ser vista como um monstro. Levando tudo em consideração, busca-se examinar como os valores sociais daquela época influenciam o comportamento e as crenças das personagens, e em que medida a obra de Mary Shelley se alinha ou se distancia desta visão. Espera-se que esta pesquisa contribua para a compreensão da relação entre criador e criatura na obra de Mary Shelley, ampliando o conhecimento sobre a figura da criatura de Frankenstein e suas conexões com obras contemporâneas.
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