A língua alemã standard : uma variedade - três normas de oralização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmidt, Jürgen Erich
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Machado, Lucas Löff, Pavan, Cláudia Fernanda, Altenhofen, Cleo Vilson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/175207
Resumo: A pergunta central do simpósio sobre "quanta variação suporta a língua alemã standard?" é trtada aqui a partir de duas perguntas básicas. A primeira diz o seguinte: "No âmbito linguístico, onde deve ser estabelecido o limite para reconhecer a lingua standard falada (Standardsprechsprache)?". A segunda: "Quanto de desvio da norma codificada os ouvintes leigos julgam ser necessário para variantes regionais serem aceitas como standard?" A primeira pergunta é explicitada e respondida no âmbito da teorita dinâmica linguística. Para o sistema interativo-cognitivo "língua", são constitutivas as dimensões "temporalidade" e "espacialidade". Toda interação linguística realiza-se no tempo. Temporalmente determinadas, são os reflexos cognitivos das interações linguísticas e a sincronização interindividual do saber e convensões linguísticas. O estado correspondente de uma determinada língua e de sua variedade standard resulta da disposição lado a lado de mesossincronizações espacialmente determinadas, nas quais os inidivíduos sincronizam seu saber linguístico em situações de contato pessoal, e da masoossincronizações espacialmente determinadas, nas quais os indivíduos sincronizam saber linguístico em situações de contato pessoal, e de macrossinzações, através das quais os membros de uma comunidade linguística se alinham a uma norma comum independentemente do contato pessoal. As norams de oralização de grandes áreas, (surgidas por volta de 1700) em torno de uma variedade standard literal, estão há cerca de setenta anos, submetidas a um processo massivo de ressignificação. Na mediade em que as novas normas de oralização de grandes áreas, (surgidas por volta de 1700) em torno de uma variedade standard literal, estão, há cerca de setente anos, submetidas a um processo massivo de ressignificação. Na medida em que novas normas de oralização nacionais do alemão do alemão difundidas oralmente por mídias de massa, obtiveram presencialidade comunicacional, os antigos estados de fala (Sprechlagen) anteriormente de prestígio passaram a ser vistos como estritamente regionais e foram cada vez mais depreciados em um processo que decorreu de forma muito diversa, conforme cada região. No atual contínuo dos diferentes estados de fala orientados pela norma literal, é possível estabelecer, com base no conceito cognitivamente fundamentado de "variedade plena", uma clara distinção entre estados de fala standard e não-standard. Para responder à segunda pergunta, são apresentados estudos empíricos recentes, cuja base de dados se constitui de enunciados em que falantes de pouca escolaridade intencionam o uso do standard em situações de falas autênticas. Os regionalismos observados nas respectivas gravações de fala foram 1) analisados empírirca e linguisticamente e 2) avaliados por ouvinetes leigos em testes de percepção, para medir sua equivalência com a língua standard. O resultado surpreendente é: as avalaiações dos ouvintes nas diferentes regiões de língua alemã coincidem amplamente com a delimitação proveniente da teoria. No final do artigo, pretende-se uma definição de língua standard e de suas normas de oralização que, por um lado, seja coerente com a temporalidade e espacialidade constitutivas de cada língua em particular e que, apesar disso, permita uma diferenciação clara entre variedade standard e estados de fala regionais (regionalsprachliche Sprechlagen)
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