Levantamento de micoplasmas hemotrópicos em lobos-guará (chrysocyon brachyurus) de vida livre do cerrado brasileiro

• Autor(a) principal: Souza, Rejane Barcelos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/274414
• topic: Canidae; Chrysocyon brachyurus; Hemoparasitoses; Canid; Conservation

A incrível capacidade humana de ocupar as mais diferentes áreas do planeta nos coloca como principais causadores das alterações ambientais e climáticas, e estas induzem a proliferação de patógenos antrópicos nos mais diversos biomas. Estes patógenos compõem as relações interespecíficas em biomas extremamente vulneráveis, que podem facilitar o contato à medida que os níveis de antropização aumentam e a proximidade com os humanos aumenta. Conhecer sobre agentes que infectam populações silvestres, nos fornece informações imprescindíveis para ações com foco em saúde pública e conservação. A identificação de potenciais reservatórios selvagens para hemoparasitoses, contribui para a compreensão do ciclo destes patógenos, bem como o entendimento das enfermidades causadas por elas. Este estudo tem como objetivo avaliar a presença de hemoplasmas em lobos guará (Chrysocyon brachyurus) em uma área de preservação do Cerrado brasileiro. As condições destes lobos-guará (C. brachyurus) são importantes para corroborar estudos sobre animais de vida livre. A presença de infecção ou a exposição destes indivíduos aos micoplasmas hemotrópicos foram investigadas utilizando métodos moleculares. Para o presente estudo obtivemos amostras de sangue total de lobos guará (C. brachyurus) de vida livre em uma reserva de preservação ecológica. Nas análises moleculares, as amostras apresentaram resultados negativos para qualquer micoplasma hemotrópico. Além disso, manter estudos frequentes e compilar dados é importante, para que se tenha mais informações para avaliar os possíveis patógenos que circulam entre os canídeos de vida livre. Com base nos resultados é provável que os hemoplasmas não circulem na população estudada ou ocorram em quantidades tão baixas que não foram detectadas. Entretanto pesquisas com um maior número de indivíduos e em outros biomas são fundamentais para a compreensão da relação entre os hemoplasmas e os canídeos silvestres.