Jane Austen vista de longe : uma análise do espaço geográfico em Amor e amizade e Emma (1790-1815)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gnoatto, Gabriela dos Santos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/225735
Resumo: Este trabalho de conclusão de curso que tem como objetivo, analisar a locomoção das protagonistas femininas nos romances Amor e amizade (1790) e Emma (1815), Laura e Emma Woodhouse, respectivamente, escritos pela romancista inglesa Jane Austen com a intenção de entender quais são os motivos que propiciam esses deslocamentos, a que eles estão relacionados, e se existe uma mudança no modo como ele é caracterizado durante a juventude e a maturidade da autora. Como suporte teórico para entender o espaço nos romances, esse trabalho se ampara nas ideias de Franco Moretti (2003) que vai propor um mapa geográfico do romance, Edward Said (2007) com o pensamento de uma “geografia imaginativa”, que vai pensar o espaço e as suas delimitações como uma criação da mente, e que também vai trazer a concepção do filósofo francês Gaston Bachelard e a sua “poética do espaço”, que vai nos explicar sobre o significado que pode ser atribuído ao espaço. Assim, vamos observar que vai existir um modo de representação do espaço nos dois momentos distintos em que cada romance é escrito, refletindo a percepção espacial de Jane Austen, enquanto adolescente e como mulher madura, no qual o casamento, será o ponto em comum que vai unir essas obrar, mostrando também um reflexo da condição feminina na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde o matrimônio e o confinamento da mulher ao espaço doméstico era presente. Este trabalho reflete o espaço geográfico dentro do romance, como uma área que oferece oportunidades para a expansão das possibilidades de pesquisa, mediante o uso das fontes literárias.
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