Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galeano, Giovana Barbieri
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Scisleski, Andrea Cristina Coelho, Guareschi, Neuza Maria de Fátima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/205290
Resumo: Neste artigo, tomamos os estudos de Hannah Arendt, Walter Benjamin e Giorgio Agamben para problematizar a Psicologia e as demandas que lhe são dirigidas em termos de empreender a produção de estratégias contra práticas violentas que tem crescido no contexto brasileiro contemporâneo. Para a presente discussão, designamos três analisadores principais: o primeiro é uma cena vivenciada em um parque da cidade de Porto Alegre - RS, cuja função como cenário é discutir como a Psicologia aborda questões relacionadas ao cotidiano no que tange a produção de conhecimento; o segundo considera os movimentos realizados por diversos grupos em todo o Brasil sob a hashtag “#elenão”; finalmente, o terceiro focaliza o período após o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, quando o espaço público foi usado para dialogar sobre as propostas presidenciais dos candidatos para o segundo turno. A aposta ético-epistemológica e política de nossa pesquisa está ligada às lutas que constituem um espaço de resistência em relação às práticas violentas incitadas cotidianamente. Argumentamos que as lutas não dizem respeito apenas à afirmação da possibilidade de existência/vida, mas, principalmente, sobre a impossibilidade de não lutar.
id UFRGS-2_6850deb985be0d892075bd9f3dd12c82
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/205290
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Galeano, Giovana BarbieriScisleski, Andrea Cristina CoelhoGuareschi, Neuza Maria de Fátima2020-02-01T04:14:16Z20191414-9893http://hdl.handle.net/10183/205290001107394Neste artigo, tomamos os estudos de Hannah Arendt, Walter Benjamin e Giorgio Agamben para problematizar a Psicologia e as demandas que lhe são dirigidas em termos de empreender a produção de estratégias contra práticas violentas que tem crescido no contexto brasileiro contemporâneo. Para a presente discussão, designamos três analisadores principais: o primeiro é uma cena vivenciada em um parque da cidade de Porto Alegre - RS, cuja função como cenário é discutir como a Psicologia aborda questões relacionadas ao cotidiano no que tange a produção de conhecimento; o segundo considera os movimentos realizados por diversos grupos em todo o Brasil sob a hashtag “#elenão”; finalmente, o terceiro focaliza o período após o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, quando o espaço público foi usado para dialogar sobre as propostas presidenciais dos candidatos para o segundo turno. A aposta ético-epistemológica e política de nossa pesquisa está ligada às lutas que constituem um espaço de resistência em relação às práticas violentas incitadas cotidianamente. Argumentamos que as lutas não dizem respeito apenas à afirmação da possibilidade de existência/vida, mas, principalmente, sobre a impossibilidade de não lutar.In this article, we take Hannah Arendt, Walter Benjamin and Giorgio Agamben’s studies to problematize psychology and the direct demands to produce strategies against violent practices that have been escalating in the contemporary Brazilian context. We designate three main analyzers to the present discussion: the first is a scene experienced in a park in the city of Porto Alegre - Rio Grande do Sul, which serves as an example to discuss how psychology approaches these daily-life issues of vulnerability related to knowledge production; the second regards to movements performed by several groups throughout Brazil, during the election period, under the hashtag “#elenão”; finally, the third analyzer focuses on the campaign period for the second term of the 2018’s presidential election when the public space was used to discuss candidates’ presidential proposals. The ethical-epistemological and political bet of our research is linked to daily struggles that constitute a space of resistance to violent practices incited on a daily basis. We argue that struggles are not only related to the affirmation of the possibility to exist in society, but also to the impossibility of not struggling.En este artículo, tomamos los estudios de Hannah Arendt, Walter Benjamin y Giorgio Agamben para problematizar la psicología y las demandas que se le dirigen en términos de emprender la producción de estrategias contra prácticas violentas que han crecido en el contexto brasileño contemporáneo. Para la presente discusión, designamos tres analizadores principales: el primero es una escena vivida en un parque de la ciudad de Porto Alegre – Rio Grande do Sul, cuya función como escenario es discutir cómo la psicología aborda temas relacionados con la vida cotidiana en términos de producción de conocimiento; el segundo analizador considera los movimientos realizados por diversos grupos en todo Brasil bajo el hashtag “#elenão”; Por último, el tercer analizador se centra en el período posterior a la primera votación de las elecciones presidenciales de 2018, cuando se utilizó el espacio público para dialogar sobre las propuestas presidenciales de los candidatos para la segunda votación. La apuesta ético-epistemológica y política de nuestra investigación está vinculada a las luchas que constituyen un espacio de resistencia en relación a las prácticas violentas incitadas cotidianamente. Argumentamos que las luchas no se refieren sólo a la afirmación de la posibilidad de existencia/vida, sino principalmente a la imposibilidad de no luchar.application/pdfporPsicologia : ciência e profissão. Vol. 39, nesp 2 (2019), e226327, p. 19-32ViolênciaPesquisa científicaPsicologia socialResistênciaBrasilSocial psychologyPsicología socialResistenciaPolíticas de investigaciónPolíticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violênciaResearch policies and resistance policies in times of incitement of violence processes Políticas de investigación y resistencia en tiempos de intensificación de los procesos de violencia info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107394.pdf.txt001107394.pdf.txtExtracted Texttext/plain59189http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/205290/2/001107394.pdf.txta31faf790d714d5357a4e9a91bb753b0MD52ORIGINAL001107394.pdfTexto completoapplication/pdf163608http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/205290/1/001107394.pdf9001d6298738784a5d43e1f72ff4a171MD5110183/2052902020-02-02 05:14:51.828224oai:www.lume.ufrgs.br:10183/205290Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2020-02-02T07:14:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Research policies and resistance policies in times of incitement of violence processes
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Políticas de investigación y resistencia en tiempos de intensificación de los procesos de violencia
title Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
spellingShingle Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
Galeano, Giovana Barbieri
Violência
Pesquisa científica
Psicologia social
Resistência
Brasil
Social psychology
Psicología social
Resistencia
Políticas de investigación
title_short Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
title_full Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
title_fullStr Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
title_full_unstemmed Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
title_sort Políticas de pesquisa e resistências em tempos de acirramento dos processos de violência
author Galeano, Giovana Barbieri
author_facet Galeano, Giovana Barbieri
Scisleski, Andrea Cristina Coelho
Guareschi, Neuza Maria de Fátima
author_role author
author2 Scisleski, Andrea Cristina Coelho
Guareschi, Neuza Maria de Fátima
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Galeano, Giovana Barbieri
Scisleski, Andrea Cristina Coelho
Guareschi, Neuza Maria de Fátima
dc.subject.por.fl_str_mv Violência
Pesquisa científica
Psicologia social
Resistência
Brasil
topic Violência
Pesquisa científica
Psicologia social
Resistência
Brasil
Social psychology
Psicología social
Resistencia
Políticas de investigación
dc.subject.eng.fl_str_mv Social psychology
dc.subject.spa.fl_str_mv Psicología social
Resistencia
Políticas de investigación
description Neste artigo, tomamos os estudos de Hannah Arendt, Walter Benjamin e Giorgio Agamben para problematizar a Psicologia e as demandas que lhe são dirigidas em termos de empreender a produção de estratégias contra práticas violentas que tem crescido no contexto brasileiro contemporâneo. Para a presente discussão, designamos três analisadores principais: o primeiro é uma cena vivenciada em um parque da cidade de Porto Alegre - RS, cuja função como cenário é discutir como a Psicologia aborda questões relacionadas ao cotidiano no que tange a produção de conhecimento; o segundo considera os movimentos realizados por diversos grupos em todo o Brasil sob a hashtag “#elenão”; finalmente, o terceiro focaliza o período após o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, quando o espaço público foi usado para dialogar sobre as propostas presidenciais dos candidatos para o segundo turno. A aposta ético-epistemológica e política de nossa pesquisa está ligada às lutas que constituem um espaço de resistência em relação às práticas violentas incitadas cotidianamente. Argumentamos que as lutas não dizem respeito apenas à afirmação da possibilidade de existência/vida, mas, principalmente, sobre a impossibilidade de não lutar.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-02-01T04:14:16Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/205290
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1414-9893
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001107394
identifier_str_mv 1414-9893
001107394
url http://hdl.handle.net/10183/205290
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Psicologia : ciência e profissão. Vol. 39, nesp 2 (2019), e226327, p. 19-32
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/205290/2/001107394.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/205290/1/001107394.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv a31faf790d714d5357a4e9a91bb753b0
9001d6298738784a5d43e1f72ff4a171
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447706235043840