Caracterização da diferenciação colinérgica da linhagem de neuroblastoma humano SH-SY5Y e seu uso como modelo in vitro para estudos em neurociências

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Liana Marengo de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/258761
Resumo: Os mecanismos moleculares que levam ao dano neuronal em muitas doenças neurodegenerativas ainda não foram totalmente elucidados. Parte dessa dificuldade se deve a falta de modelos experimentais adequados para o estudo do sistema nervoso humano. Inúmeras tentativas de diferenciar linhagens em células mais semelhantes a neurônios foram realizadas, resultando apenas na expressão parcial de características neuronais. Previamente nosso grupo estabeleceu condições experimentais para a diferenciação do neuroblastoma humano SH-SY5Y em neurônios dopaminérgicos a partir da adição de ácido retinóico (AR). Alguns estudos sugerem que esta linhagem, quando tratada com AR e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), apresenta uma mudança para um fenótipo colinérgico. No entanto, são poucos os estudos que caracterizam essa diferenciação. O objetivo deste estudo foi avaliar as mudanças morfológicas e bioquímicas na diferenciação da linhagem SH-SY5Y com AR e adição de BDNF. As células proliferativas foram cultivadas em meio DMEM/F12 com 10% de soro fetal bovino (SFB). A diferenciação foi induzida com 10 μM de AR em meio de cultura com 1% de SFB durante sete dias, sendo o BDNF acrescentado a partir do quarto dia. A atividade da Acetilcolinesterase (AChE) foi determinada como descrito no ensaio colorimétrico por Ellman (1961) e da Colina Acetiltransferase (ChAT) conforme Chao & Wolfgram (1971). Os parâmetros morfológicos foram avaliados pelo aumento na densidade e/ou no prolongamento de neuritos, por microscopia de contraste de fase e fluorescência, e microscopia eletrônica de varredura (MEV). O co-tratamento com BDNF resultou em células com notável morfologia neuronal, apresentando aumento na densidade e comprimento de neuritos. Nossos dados demonstraram que as células co-tratadas com BDNF apresentam um aumento nas atividades enzimáticas da AChE e ChAT quando comparadas às diferenciadas somente com AR. Esses resultados fazem dessa linhagem celular uma ferramenta útil no campo da neurociência, podendo torná-la um modelo versátil para o estudo de doenças neurodegenerativas como a Doença de Parkinson e Alzheimer.
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