Uso de fosfatidilcolina como protetor de membrana espermática em doses inseminantes suínas armazenadas a 6°C

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Gabriela da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/250137
Resumo: A temperatura de armazenamento pode afetar a motilidade e viabilidade espermática. Baixas temperaturas de armazenamento podem ser uma alternativa ao uso de antimicrobianos; contudo, são críticas para o espermatozoide suíno devido às propriedades de sua membrana plasmática. Nesse contexto, algumas substâncias com propriedades de proteção de membrana têm sido estudadas para viabilizar o armazenamento de doses inseminantes suínas em baixas temperaturas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso de fosfatidilcolina como protetor de membrana espermática em doses inseminantes suínas armazenadas a 6°C. Dezesseis ejaculados foram diluídos em Beltsville Thawing Solution (BTS) e distribuídos em seis tratamentos. As doses inseminantes foram armazenadas por 120 h em duas temperaturas diferentes (17 e 6°C) e três taxas de fosfatidilcolina foram aplicadas a elas (0, 0,5 e 2,0%; fosfatidilcolina:espermatozoide) em um fatorial 2 × 3. As doses foram avaliadas nas 24, 72 e 120 h de armazenamento. A fosfatidilcolina não afetou a motilidade total e progressiva ao longo do armazenamento (P ≥ 0,064). Doses armazenadas a 17°C apresentaram maior motilidade total do que doses armazenadas a 6°C (86,6% e 73,3%, respectivamente; P < 0,0001). A motilidade progressiva também foi maior para doses a 17°C do que doses a 6°C (81,1% e 64,4%, respectivamente; P < 0,0001). Doses com 0% apresentaram menor pH do que doses com 2,0% de fosfatidilcolina (7,2 e 7,3, respectivamente; P < 0,05); no entanto, nenhuma diferença foi observada com 0,5% (P = 0,285). Aos 300 min de incubação a 38°C, não houve diferença para a motilidade progressiva entre as taxas de fosfatidilcolina em doses armazenadas a 6°C (P ≥ 0.952). Já para doses armazenadas a 17°C, aos 300 min de incubação foram observadas em doses com 2,0% de fosfatidilcolina maior motilidade total (76,7% e 57,8%; P = 0,0026) e progressiva (69,1% e 49,0%; P = 0,0017) do que em doses com 0%, respectivamente. Doses com 2,0 e 0,5% de fosfatidilcolina apresentaram maior porcentagem de integridade de membrana do que doses com 0% (80,2%, 78,7% e 74,8%, respectivamente; P < 0,0001). A integridade de acrossoma foi maior em doses com 2,0% de fosfatidilcolina (95,23%, 96,41% e 97,62%; 0, 0,5 e 2,0% PC, respectivamente; P = 0,003). Doses armazenadas a 6°C apresentaram menor integridade de membrana (69,2 e 84,8%) e acrossoma (95,6 e 97,3%) do que doses armazenadas a 17°C (P <0,0001). Esses resultados sugerem que a fosfatidilcolina mostra-se promissora para o uso como protetor de membrana em doses inseminantes suínas armazenadas em baixas temperaturas. Além disso, a fosfatidilcolina foi eficaz em manter a motilidade espermática durante longa incubação a 38°C.
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As doses inseminantes foram armazenadas por 120 h em duas temperaturas diferentes (17 e 6°C) e três taxas de fosfatidilcolina foram aplicadas a elas (0, 0,5 e 2,0%; fosfatidilcolina:espermatozoide) em um fatorial 2 × 3. As doses foram avaliadas nas 24, 72 e 120 h de armazenamento. A fosfatidilcolina não afetou a motilidade total e progressiva ao longo do armazenamento (P ≥ 0,064). Doses armazenadas a 17°C apresentaram maior motilidade total do que doses armazenadas a 6°C (86,6% e 73,3%, respectivamente; P < 0,0001). A motilidade progressiva também foi maior para doses a 17°C do que doses a 6°C (81,1% e 64,4%, respectivamente; P < 0,0001). Doses com 0% apresentaram menor pH do que doses com 2,0% de fosfatidilcolina (7,2 e 7,3, respectivamente; P < 0,05); no entanto, nenhuma diferença foi observada com 0,5% (P = 0,285). Aos 300 min de incubação a 38°C, não houve diferença para a motilidade progressiva entre as taxas de fosfatidilcolina em doses armazenadas a 6°C (P ≥ 0.952). Já para doses armazenadas a 17°C, aos 300 min de incubação foram observadas em doses com 2,0% de fosfatidilcolina maior motilidade total (76,7% e 57,8%; P = 0,0026) e progressiva (69,1% e 49,0%; P = 0,0017) do que em doses com 0%, respectivamente. Doses com 2,0 e 0,5% de fosfatidilcolina apresentaram maior porcentagem de integridade de membrana do que doses com 0% (80,2%, 78,7% e 74,8%, respectivamente; P < 0,0001). A integridade de acrossoma foi maior em doses com 2,0% de fosfatidilcolina (95,23%, 96,41% e 97,62%; 0, 0,5 e 2,0% PC, respectivamente; P = 0,003). Doses armazenadas a 6°C apresentaram menor integridade de membrana (69,2 e 84,8%) e acrossoma (95,6 e 97,3%) do que doses armazenadas a 17°C (P <0,0001). Esses resultados sugerem que a fosfatidilcolina mostra-se promissora para o uso como protetor de membrana em doses inseminantes suínas armazenadas em baixas temperaturas. Além disso, a fosfatidilcolina foi eficaz em manter a motilidade espermática durante longa incubação a 38°C.Storage temperature impairs boar semen motility and viability. Low temperature may be an alternative to antimicrobial use; however, low temperature is critical for boar spermatozoa due to membrane properties. In this context, some membrane protective substances have been studied to alow low temperature storage. The aim of the present study was to evaluate the phosphatidylcholine (PC) as a membrane protector on boar semen doses stored at 6°C. Sixteen normospermic ejaculates were diluted with Beltsville Thawing Solution (BTS) and assigned to six treatments. Semen doses were stored for 120 h at two different temperatures (17 and 6 °C) and three PC rates were applied to them (0, 0.5 and 2.0 %; PC:spermatozoa) in a 2 × 3 factorial arrangement. Semen doses were analyzed at 24, 72 and 120 h of storage. Phosphatidylcholine did not impair total and progressive motility during the storage time (P ≥ 0.064). Doses stored at 17°C showed higher total motility than doses stored at 6°C (86.6% and 73.3%, respectively; P < 0.0001). Progressive motility was also higher for doses at 17 than 6°C (81.1% and 64.4%, respectively; P < 0.0001). Doses with 0% had lower pH values than doses with 2.0% PC (7.2 and 7.3, respectively; P < 0.05), but no difference was observed with 0.5% (P = 0,285). At 300 min of incubation at 38°C there was no significant difference of total and progressive motility among PC rates for doses stored at 6°C (P ≥ 0.952). However, for doses stored at 17°C, at 300 min of incubation higher total (76.7% and 57.8%; P = 0.0026) and progressive (69.1% and 49.0%; P = 0.0017) motilities were observed in doses with 2.0% PC than doses with 0%, respectively. Doses with 2.0 and 0.5% had higher percentages of spermatozoa with intact plasma membrane than doses with 0% (80.2%, 78.7% and 74.8%, respectively; P < 0.0001). Acrosome integrity was higher for doses with 2.0% PC (95.23%, 96.41% and 97.62%; 0, 0.5 and 2.0% PC, respectively; P = 0.003). Doses stored at 6°C showed lower membrane (69.2 and 84.8%) and acrosome integrity (95.6 and 97.3%) than doses stored at 17°C (P <0.0001). These results suggest that PC could be used as a membrane protector for boar spermatozoa at low storage temperatures. Furthermore, PC seems to hold sperm motility during long incubation at 38°C.application/pdfporFosfatidilcolinaQualidade do sêmenBaixas temperaturasSuínosPhosphatidylcholineMembrane protectorBoar semenLow temperatureUso de fosfatidilcolina como protetor de membrana espermática em doses inseminantes suínas armazenadas a 6°Cinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2019/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001150037.pdf.txt001150037.pdf.txtExtracted Texttext/plain93632http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250137/2/001150037.pdf.txt4a9d548ade547de608e4344c52c69c0eMD52ORIGINAL001150037.pdfTexto completoapplication/pdf643893http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250137/1/001150037.pdf27fbdb1f04d65013e9098b89f4027a9aMD5110183/2501372022-10-22 05:02:54.92559oai:www.lume.ufrgs.br:10183/250137Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-10-22T08:02:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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