Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/272091 |
Resumo: | A capacidade fecundante dos espermatozoides pode ser avaliada, em parte, pelo teste de termorresistência (TTR), por meio da submissão de uma alíquota da dose a um período de incubação pré-estabelecido, a temperatura de 38ºC, no intuito de mimetizar as condições do trato reprodutivo da fêmea. No entanto, a escassez de estudos que avaliem as condições ao longo do TTR dificulta a elucidação das alterações sofridas pela dose inseminante logo após a inseminação até o momento da fusão com o oócito. Dessa forma, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar as oscilações de pH de doses inseminantes ao longo do TTR, a fim de correlacioná-las com alterações de motilidade, integridade de membrana plasmática, integridade de acrossoma e presença de aglutinações. Trinta e três ejaculados foram diluídos em Androstar Plus®, armazenados a 17ºC e avaliados 48h após o envase (AntesTTR), após 30 min e 300 min de incubação a 38°C. No geral, houve decréscimo da motilidade total no momento 300 min (P < 0,01) e da motilidade progressiva no momento 30 min (P < 0,01). O pH das doses teve aumento ao longo do TTR (P < 0,01). Além disso, os machos foram classificados, de acordo com a motilidade progressiva AntesTTR em classe Baixa (motilidade progressiva ≤70%), Média (>70% - <80%) e Alta (≥80%). Doses da classe Baixa apresentam menor motilidade total e progressiva em todos os momentos do TTR do que a classe Média e Alta (P ≤ 0,05), além de maior queda de motilidade ao longo do TTR. Houve interação entre classe de machos e momento para o pH (P = 0,03), em que doses da classe Baixa apresentaram aumento de pH no momento 30min (P < 0,05), enquanto doses Média e Alta apresentaram aumento em 300min (P < 0,05). A integridade de membrana plasmática foi influenciada pelo momento do TTR e classe. Houve diminuição das células com membrana íntegra em 300min para todas as classes (P = 0,03). Machos da classe Baixa apresentaram menor integridade de membrana plasmática do que machos da classe Média e Alta (P < 0,01). A integridade de acrossoma sofreu influência do momento (P = 0,04), sem efeito de classe ou interação dos fatores. A gravidade das aglutinações aumentou após 300 min de TTR (P < 0,05) e foi maior na classe de Baixa (P < 0,01). Dessa forma, os resultados sugerem que o TTR tem um papel fundamental na diminuição da qualidade espermática e no aumento do pH; porém, com diferença entre classes de machos. |
id |
UFRGS-2_e14b9656d31839bfcfe7d2c24d6976ee |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/272091 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Letsch, Flávia Giovana da SilvaMellagi, Ana Paula GonçalvesChrist, Thaís Spohr2024-02-22T05:00:46Z2022http://hdl.handle.net/10183/272091001196155A capacidade fecundante dos espermatozoides pode ser avaliada, em parte, pelo teste de termorresistência (TTR), por meio da submissão de uma alíquota da dose a um período de incubação pré-estabelecido, a temperatura de 38ºC, no intuito de mimetizar as condições do trato reprodutivo da fêmea. No entanto, a escassez de estudos que avaliem as condições ao longo do TTR dificulta a elucidação das alterações sofridas pela dose inseminante logo após a inseminação até o momento da fusão com o oócito. Dessa forma, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar as oscilações de pH de doses inseminantes ao longo do TTR, a fim de correlacioná-las com alterações de motilidade, integridade de membrana plasmática, integridade de acrossoma e presença de aglutinações. Trinta e três ejaculados foram diluídos em Androstar Plus®, armazenados a 17ºC e avaliados 48h após o envase (AntesTTR), após 30 min e 300 min de incubação a 38°C. No geral, houve decréscimo da motilidade total no momento 300 min (P < 0,01) e da motilidade progressiva no momento 30 min (P < 0,01). O pH das doses teve aumento ao longo do TTR (P < 0,01). Além disso, os machos foram classificados, de acordo com a motilidade progressiva AntesTTR em classe Baixa (motilidade progressiva ≤70%), Média (>70% - <80%) e Alta (≥80%). Doses da classe Baixa apresentam menor motilidade total e progressiva em todos os momentos do TTR do que a classe Média e Alta (P ≤ 0,05), além de maior queda de motilidade ao longo do TTR. Houve interação entre classe de machos e momento para o pH (P = 0,03), em que doses da classe Baixa apresentaram aumento de pH no momento 30min (P < 0,05), enquanto doses Média e Alta apresentaram aumento em 300min (P < 0,05). A integridade de membrana plasmática foi influenciada pelo momento do TTR e classe. Houve diminuição das células com membrana íntegra em 300min para todas as classes (P = 0,03). Machos da classe Baixa apresentaram menor integridade de membrana plasmática do que machos da classe Média e Alta (P < 0,01). A integridade de acrossoma sofreu influência do momento (P = 0,04), sem efeito de classe ou interação dos fatores. A gravidade das aglutinações aumentou após 300 min de TTR (P < 0,05) e foi maior na classe de Baixa (P < 0,01). Dessa forma, os resultados sugerem que o TTR tem um papel fundamental na diminuição da qualidade espermática e no aumento do pH; porém, com diferença entre classes de machos.The fertilizing capacity of spermatozoa can be evaluated, at least in part, by the thermoresistance test (TRT), by submitting an aliquot of the sperm dose to a pre-established incubation period, at 38ºC, to simulate the conditions of the female reproductive tract. However, limited studies evaluating the conditions during the TRT make it difficult to elucidate the alterations suffered by the semen dose right after insemination until the moment of fusion with the oocyte. Thus, the present study aimed to evaluate the pH oscillations of semen doses throughout the TRT, to correlate them with changes in motility, plasma membrane integrity, acrosome integrity, and the presence of agglutinations. Thirty-three ejaculates were diluted in Androstar Plus®, stored at 17ºC, and evaluated 48h after filling (pre-TRT), after 30 min and 300 min of incubation at 38°C. Overall, there was a decrease in total motility at time 300 min (P < 0.01) and progressive motility at time 30 min (P < 0.01). The pH of the doses increased along the TRT (P < 0.01). Furthermore, males were classified, according to the pre-TRT progressive motility into Low (progressive motility ≤70%), Medium (>70% - <80%) and High (≥80%). Doses from the class Low showed lower total and progressive motility at all times of the TRT than the classes Medium and High (P ≤ 0.05), in addition to a greater drop in motility throughout the TRT. There was an interaction between the class of boars and TRT time for pH (P = 0.03), in which doses from the class Low showed an increase in pH at the 30min time (P < 0.05), while classes Medium and High showed an increase in 300min (P < 0.05). Plasma membrane integrity was influenced by TRT timing and class. There was a decrease in cells with intact membranes at 300min for all classes (P = 0.03). Class Low had lower plasma membrane integrity than classes Medium and High (P < 0.01). Acrosome integrity was influenced by TRT timing (P = 0.04), without significant effect of class or the interaction between the main factors. The severity of agglutinations increased after 300 min of TRT (P < 0.05) and was greater in the class Low (P < 0.01). Thus, the results suggested that TRT plays a key role in decreasing sperm quality and increasing pH; however, with differences between classes of boars.application/pdfporEficiência reprodutivaPhMembrana celularSêmenSuínosSemen doses qualityPlasma membraneAcrosomeBoar semenAlterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2022Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001196155.pdf.txt001196155.pdf.txtExtracted Texttext/plain70081http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272091/2/001196155.pdf.txt4d64ecd578aabef023f5a4dc47839fa8MD52ORIGINAL001196155.pdfTexto completoapplication/pdf495856http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272091/1/001196155.pdfdf4c584adfa802a91bcb7365e052cb69MD5110183/2720912024-02-23 05:03:19.980549oai:www.lume.ufrgs.br:10183/272091Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-02-23T08:03:19Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
title |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
spellingShingle |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência Letsch, Flávia Giovana da Silva Eficiência reprodutiva Ph Membrana celular Sêmen Suínos Semen doses quality Plasma membrane Acrosome Boar semen |
title_short |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
title_full |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
title_fullStr |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
title_full_unstemmed |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
title_sort |
Alterações de pH e do espermatozoide suíno durante o teste de termorresistência |
author |
Letsch, Flávia Giovana da Silva |
author_facet |
Letsch, Flávia Giovana da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Letsch, Flávia Giovana da Silva |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Mellagi, Ana Paula Gonçalves |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Christ, Thaís Spohr |
contributor_str_mv |
Mellagi, Ana Paula Gonçalves Christ, Thaís Spohr |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Eficiência reprodutiva Ph Membrana celular Sêmen Suínos |
topic |
Eficiência reprodutiva Ph Membrana celular Sêmen Suínos Semen doses quality Plasma membrane Acrosome Boar semen |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Semen doses quality Plasma membrane Acrosome Boar semen |
description |
A capacidade fecundante dos espermatozoides pode ser avaliada, em parte, pelo teste de termorresistência (TTR), por meio da submissão de uma alíquota da dose a um período de incubação pré-estabelecido, a temperatura de 38ºC, no intuito de mimetizar as condições do trato reprodutivo da fêmea. No entanto, a escassez de estudos que avaliem as condições ao longo do TTR dificulta a elucidação das alterações sofridas pela dose inseminante logo após a inseminação até o momento da fusão com o oócito. Dessa forma, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar as oscilações de pH de doses inseminantes ao longo do TTR, a fim de correlacioná-las com alterações de motilidade, integridade de membrana plasmática, integridade de acrossoma e presença de aglutinações. Trinta e três ejaculados foram diluídos em Androstar Plus®, armazenados a 17ºC e avaliados 48h após o envase (AntesTTR), após 30 min e 300 min de incubação a 38°C. No geral, houve decréscimo da motilidade total no momento 300 min (P < 0,01) e da motilidade progressiva no momento 30 min (P < 0,01). O pH das doses teve aumento ao longo do TTR (P < 0,01). Além disso, os machos foram classificados, de acordo com a motilidade progressiva AntesTTR em classe Baixa (motilidade progressiva ≤70%), Média (>70% - <80%) e Alta (≥80%). Doses da classe Baixa apresentam menor motilidade total e progressiva em todos os momentos do TTR do que a classe Média e Alta (P ≤ 0,05), além de maior queda de motilidade ao longo do TTR. Houve interação entre classe de machos e momento para o pH (P = 0,03), em que doses da classe Baixa apresentaram aumento de pH no momento 30min (P < 0,05), enquanto doses Média e Alta apresentaram aumento em 300min (P < 0,05). A integridade de membrana plasmática foi influenciada pelo momento do TTR e classe. Houve diminuição das células com membrana íntegra em 300min para todas as classes (P = 0,03). Machos da classe Baixa apresentaram menor integridade de membrana plasmática do que machos da classe Média e Alta (P < 0,01). A integridade de acrossoma sofreu influência do momento (P = 0,04), sem efeito de classe ou interação dos fatores. A gravidade das aglutinações aumentou após 300 min de TTR (P < 0,05) e foi maior na classe de Baixa (P < 0,01). Dessa forma, os resultados sugerem que o TTR tem um papel fundamental na diminuição da qualidade espermática e no aumento do pH; porém, com diferença entre classes de machos. |
publishDate |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2024-02-22T05:00:46Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/272091 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001196155 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/272091 |
identifier_str_mv |
001196155 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272091/2/001196155.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272091/1/001196155.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4d64ecd578aabef023f5a4dc47839fa8 df4c584adfa802a91bcb7365e052cb69 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447358929895424 |