Determinação seriada do tempo de apnéia inspiratória máximo (TAIM) no pós-operatório

• Autor(a) principal: Pinheiro, Cleovaldo Tadeu dos Santos
• Data de Publicação: 1994
• Outros Autores: Menna Barreto, Sérgio Saldanha, Gottschall, Carlos Antonio de Mascia
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/247408
• topic: Testes de função respiratória; Apnéia; Complicações pós-operatórias; Pulmonary function; Postoperative period; Voluntary apnea; Postoperative complications; Voluntary inspiratory breath holding time

Objetivo: Avaliar a medida do tempo de suspensão voluntária máximo da ventilação, pela técnica do tempo de apnéia in spiratória máximo (TAIM), como teste de função pulmonar no período pós-operatório . Delineamento: Estudo de coorte contemporâneo. Local: Unidades de cirurgia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pacientes: Noventa e sete pacientes submetidos a cirurgias eletivas. Intervenção: Os pacientes foram avaliados no dia anterior da cirurgia, com a mensuraçâo do valor pré-operatório do TAIM. No período pós-operatório a avaliação foi repetida duas vezes por dia, por sete dias, exceto naqueles que saíram do estudo por a lta ou por necessidade médica . Medidas e resultados: O valor do TAIM pré-operatório (em segundos e centésimos de segundo) de um determinado paciente era considerado IOOOJo para aquele paciente. Os demais valores eram calculados em percentuais do valor pré-operatório. Considerava-se um paciente com TAIM recuperado quando ele atingia ou ultrapassava IOOOJo do valor pré-cirúrgico. Tanto os pacientes com evolução pós-operatória normal (Grupo I; n = 85), como os pacientes com intercorrências pósoperatórias (Grupo 2; n = 12) apresentaram redução significativa dos valores do TAIM na primeira determinação pós-operatória (p < 0,05). O Grupo I reduziu a níveis médios de 64,40Jo (DP = 28,5), e o Grupo 2, 26,40Jo (DP = 15,7), sendo significativa a maior redução no Grupo 2 (p < 0,001) . A recuperação do TAIM no Grupo 2 foi mais lenta e sujeita a novos declínios quando comparada à dos pacientes do grupo controle. O teste mostrou boa sensibil idade e boa especificidade em todo o período estudado. Conclusões: O teste do TAIM se mostrou de fácil execução e de boa aceitação por parte dos pacientes, mostrando-se um elemento útil para acompanhamento clínico no pós-operatório, para detecção e seguimento de complicações desse período.