Prevalência e gravidade da apneia nas crianças em programação de adenotonsilectomia com identificação de fatores de risco para complicações respiratórias após cirurgia
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/152074 |
Resumo: | Objetivo: Identificar preditores de risco para complicações respiratórias após adenotonsilectomia (AT) em crianças menores que 12 anos com AOS que aguardam cirurgia, bem como a prevalência e gravidade da AOS. Métodos: Estudo prospectivo em hospital escola da Faculdade de Medicina de Botucatu. Foram incluídas crianças de ambos os gêneros, 2 a 12 anos de idade, com AOS e indicação de AT. Todos realizaram polissonografia de noite inteira no pré- e pós-operatório. Foram utilizados o teste t independente, teste t dependente, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Qui-quadrado para identificação de fatores de risco para morbidade respiratória após AT e estratificação da AOS. Resultados: As 82 crianças que realizaram AT foram divididas em 2 grupos de acordo com presença ou ausência de complicações respiratórias. Dezesseis crianças (20%), com idade média de 8,2 + 2,4 anos, apresentaram complicações respiratórias, sendo 9 gênero masculino. Foram observadas complicações respiratórias menores (SpO2 80 - 90%) e maiores (SpO2 < 80%, broncoespasmos intra- e pós-operatório e depressão respiratória). Asma, rinopatia e déficit de atenção foram preditores independentes de complicações respiratórias após AT. Entre as intervenções médicas, 1 criança realizou NBZ contínuas com broncodilatador, 6 necessitaram de reposicionamento de via aérea e NBZ com O2 suplementar e 1 fez uso de Narcan para reverter depressão respiratória. A prevalência de AOS em crianças de 2 a 12 anos foi de 93% (76 crianças), sendo 35% com AOS leve (26 crianças), 41% AOS moderada (34 crianças) e 20% AOS grave (16 crianças). Apenas 7% (6 crianças) não apresentavam AOS. A avaliação clínica por questionário e o exame otorrinolaringológico não foram capaz de estratificar clinicamente as crianças de acordo com sua gravidade, com exceção da DRGE. Conclusão: Crianças com idade entre 2 a 12 anos diagnosticadas com AOS que apresentam déficit de atenção, asma e rinopatia desenvolveram maiores complicações respiratórias após AT. A prevalência de AOS em crianças que aguardam o procedimento de AT foi de 93%. |
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Prevalência e gravidade da apneia nas crianças em programação de adenotonsilectomia com identificação de fatores de risco para complicações respiratórias após cirurgiaPrevalence and severity of OSA in children randomized to adenotonsilectomy and risk factors identification for respiratory complications after adenotonsillectomyComplicações pós-operatóriasTonsilectomia: apneia do sono tipo obstrutivaCriançasPostoperative complicationsTonsillectomy: obstructive sleep apneaChildrenObjetivo: Identificar preditores de risco para complicações respiratórias após adenotonsilectomia (AT) em crianças menores que 12 anos com AOS que aguardam cirurgia, bem como a prevalência e gravidade da AOS. Métodos: Estudo prospectivo em hospital escola da Faculdade de Medicina de Botucatu. Foram incluídas crianças de ambos os gêneros, 2 a 12 anos de idade, com AOS e indicação de AT. Todos realizaram polissonografia de noite inteira no pré- e pós-operatório. Foram utilizados o teste t independente, teste t dependente, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Qui-quadrado para identificação de fatores de risco para morbidade respiratória após AT e estratificação da AOS. Resultados: As 82 crianças que realizaram AT foram divididas em 2 grupos de acordo com presença ou ausência de complicações respiratórias. Dezesseis crianças (20%), com idade média de 8,2 + 2,4 anos, apresentaram complicações respiratórias, sendo 9 gênero masculino. Foram observadas complicações respiratórias menores (SpO2 80 - 90%) e maiores (SpO2 < 80%, broncoespasmos intra- e pós-operatório e depressão respiratória). Asma, rinopatia e déficit de atenção foram preditores independentes de complicações respiratórias após AT. Entre as intervenções médicas, 1 criança realizou NBZ contínuas com broncodilatador, 6 necessitaram de reposicionamento de via aérea e NBZ com O2 suplementar e 1 fez uso de Narcan para reverter depressão respiratória. A prevalência de AOS em crianças de 2 a 12 anos foi de 93% (76 crianças), sendo 35% com AOS leve (26 crianças), 41% AOS moderada (34 crianças) e 20% AOS grave (16 crianças). Apenas 7% (6 crianças) não apresentavam AOS. A avaliação clínica por questionário e o exame otorrinolaringológico não foram capaz de estratificar clinicamente as crianças de acordo com sua gravidade, com exceção da DRGE. Conclusão: Crianças com idade entre 2 a 12 anos diagnosticadas com AOS que apresentam déficit de atenção, asma e rinopatia desenvolveram maiores complicações respiratórias após AT. A prevalência de AOS em crianças que aguardam o procedimento de AT foi de 93%.Objective: To identify risk factors for respiratory complications after adenotonsillectomy in children ≤ 12 years of age with OSA awaiting AT surgery, as well as identify the prevalence and severity of OSA. Methods: Prospective study in a tertiary level Hospital of Botucatu Medical School. Children of both genders, aged 2 to 12 years old, with complaints of respiratory disorders and indication for adenotonsillectomy were included. All children underwent full-night PSG in the pre- and pos-operative. Independent t-test, t-dependent test, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and Chi-square tests were used to identify risk factors for respiratory morbidity after AT and severity of OSA. Results: Eighty-two children who performed AT were divided into 2 groups according to the presence or absence of respiratory complications. Sixteen children (20%) mean age 8.2 ± 2.4 years presented respiratory complications, (9 male). Minor (SpO2 80-90%) and major respiratory complication (SpO2 < 80%, intra and postoperative bronchospasm and respiratory depression) were observed. Asthma, rhinopathy and attention-deficit were independent predictors of respiratory complications after TA. Among the medical interventions, 1 child performed continuous NBZ with a bronchodilator, 6 required airway repositioning and NBZ with supplemental O2, and 1 used narcan to reverse respiratory depression. The prevalence of OSA in children aged 2 to 12 years was 93% (76 children). Out of these, 35% (26 children) were mild, 41% (34 children) moderate and 20% (16 children) severe OSA. Only 7% (6 children) did not present OSA. Clinical evaluation by questionnaire and otorhinolaryngological examination were not able to clinically stratify children according to their severity, with the exception of GER. Conclusion: Children up to 12 years of age diagnosed with OSA who present attention-deficit, asthma and rhinopathy developed greater respiratory complications after AT. The prevalence rate of OSA in children waiting in the surgical row for the AT procedure was 93%.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Weber, Silke Anna Thereza [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Renato Oliveira [UNESP]2017-11-09T19:23:40Z2017-11-09T19:23:40Z2017-05-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15207400089399733004064006P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-02T17:38:31Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152074Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-02T17:38:31Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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