Efeito protetivo do fluoreto de estanho no desgaste dentário erosivo : estudo pré-clínico de erosão-abrasão em simulador de boca artificial

• Autor(a) principal: Fedatto, Fernanda
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/275152
• topic: Erosão dentária; Desgaste dos dentes; Estanho; Dentifricios; Antissépticos bucais; Dental erosion; Tooth wear; Tin; Toothpaste; Rinse

O desgaste dentário erosivo (DEE) se caracteriza como a perda de tecido mineral dentário, com etiologia principalmente relacionada a erosão dentária. A remineralização do tecido amolecido em casos de erosão dentária dificilmente é alcançada, mas produtos contendo fluoreto de estanho têm sido preconizados para a prevenção e controle do desgaste. O íon metálico atua protegendo o tecido dentário por meio da formação de uma camada protetora sobre o dente. Este estudo avaliou o efeito protetivo do dentifrício e/ou enxaguante bucal contendo fluoreto de estanho no DDE. Realizou-se um estudo in vitro em um simulador de boca artificial constituindo-se de 54 espécimes (27 de dentina e 27 de esmalte) os quais foram divididos em 3 grupos de tratamento para DDE. O grupo NaFD (controle) recebeu tratamento com dentifrício de fluoreto de sódio, no Grupo NaFD+ESnF houve associação de NaFD com enxaguante bucal contendo fluoreto de estanho (SnF) e no Grupo SnFD foi utilizado apenas o dentifrício à base de SnF. Os espécimes foram submetidos a ciclos de desmineralização erosiva intermitente em refrigerante de cola (10 min/ 3x/ dia), e remineralização constante em saliva artificial, durante 5 dias A variável de desfecho primária foi o perfil médio de desgaste erosivo, e a rugosidade superficial foi avaliada como variável de desfecho secundária, ambas através de perfilometria de contato. Os dados coletados foram estatisticamente analisados por ANOVA seguido do teste post-hoc de Tukey e por regressão linear (p < 0,05). Para esmalte, o grupo SnFD demonstrou maior desgaste dentário comparado ao grupo NaFD +ESnF (P < 0,05). Não houve diferença entre o grupo NaFD +ESnF e o uso de dentifrício convencional. O uso do dentifrício de estanho aumentou em 1.618 vezes o perfil de desgaste em relação ao dentifrício de NaF. Em relação à rugosidade, houve diferença estatística entre os grupos NaFD+ ESnF e SnFD, com maior rugosidade para o grupo SnFD em esmalte. Para dentina, não houve diferença significativa entre os grupos. Assim, este estudo demonstrou que o fluoreto de estanho em forma de enxaguatório bucal ou dentifrício com alta abrasividade não foi efetivo como adjuvantes no tratamento da DDE.