Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rimolo, Maitê Larini
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/35932
Resumo: A episiotomia é um procedimento realizado durante o nascimento, desde o século XVIII, com objetivo de ampliar a dimensão da vagina. Tem sido usada de forma rotineira, sem o consentimento da parturiente, ainda que existam evidências científicas comprovando seu malefício. Objetivou-se conhecer os critérios para a realização da episiotomia descritos na literatura. Este estudo é realizado por meio de uma revisão integrativa baseada em Cooper (1982), definida como um método que agrupa os resultados obtidos de pesquisas sobre o mesmo assunto. O estudo contou com a amostra de 21 artigos inseridos nas bases de dados LILACS e MEDLINE, publicados entre os anos de 2006 e 2010 nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram encontrados como critérios para realização da episiotomia o sofrimento fetal, a macrossomia, a expulsão fetal lenta, a prematuridade, a variedade de posição occiptosacra, a necessidade abreviar o período expulsivo, a distócia de ombro, o parto com fórceps, o risco de laceração perineal, a primiparidade, a exaustão materna, o períneo curto, a episiotomia anterior, a leucorréia, a falta de colaboração materna, a pouca elasticidade perineal e a progressão insuficiente do trabalho de parto. Constatou-se que não há concordância entre os critérios encontrados neste estudo e os estabelecidos pela OMS (1996) e Ministério da Saúde (2001). Será que os profissionais desconhecem os critérios estabelecidos pela OMS (1966) e Ministério da Saúde (2001)? Se eles conhecem os critérios, por que não os utilizam? Será que os critérios descritos pelas fontes incluídas nesta revisão visam somente o benefício da mãe e do feto/recém-nascido? Para responder tais questionamentos novos estudos são necessários mais estudos. É necessário que os profissionais revejam os antigos conceitos através da educação continuada, além disso, as mulheres devem ser empoderadas do conhecimento acerca do assunto para que possam questionar e recusar a episiotomia quando esta não for necessária. Acredito que há mulheres que se beneficiam da episiotomia, motivo pelo qual não deve ser totalmente abolida, contudo esta tecnologia deve ser utilizada seletivamente de acordo com os critérios preconizados pela OMS (1996) e Ministério da Saúde (2001).
id UFRGS-2_7073cad1fe2fdba84557e6d4556270bb
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/35932
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Rimolo, Maitê LariniArmellini, Claudia Junqueira2012-01-03T01:18:41Z2011http://hdl.handle.net/10183/35932000816637A episiotomia é um procedimento realizado durante o nascimento, desde o século XVIII, com objetivo de ampliar a dimensão da vagina. Tem sido usada de forma rotineira, sem o consentimento da parturiente, ainda que existam evidências científicas comprovando seu malefício. Objetivou-se conhecer os critérios para a realização da episiotomia descritos na literatura. Este estudo é realizado por meio de uma revisão integrativa baseada em Cooper (1982), definida como um método que agrupa os resultados obtidos de pesquisas sobre o mesmo assunto. O estudo contou com a amostra de 21 artigos inseridos nas bases de dados LILACS e MEDLINE, publicados entre os anos de 2006 e 2010 nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram encontrados como critérios para realização da episiotomia o sofrimento fetal, a macrossomia, a expulsão fetal lenta, a prematuridade, a variedade de posição occiptosacra, a necessidade abreviar o período expulsivo, a distócia de ombro, o parto com fórceps, o risco de laceração perineal, a primiparidade, a exaustão materna, o períneo curto, a episiotomia anterior, a leucorréia, a falta de colaboração materna, a pouca elasticidade perineal e a progressão insuficiente do trabalho de parto. Constatou-se que não há concordância entre os critérios encontrados neste estudo e os estabelecidos pela OMS (1996) e Ministério da Saúde (2001). Será que os profissionais desconhecem os critérios estabelecidos pela OMS (1966) e Ministério da Saúde (2001)? Se eles conhecem os critérios, por que não os utilizam? Será que os critérios descritos pelas fontes incluídas nesta revisão visam somente o benefício da mãe e do feto/recém-nascido? Para responder tais questionamentos novos estudos são necessários mais estudos. É necessário que os profissionais revejam os antigos conceitos através da educação continuada, além disso, as mulheres devem ser empoderadas do conhecimento acerca do assunto para que possam questionar e recusar a episiotomia quando esta não for necessária. Acredito que há mulheres que se beneficiam da episiotomia, motivo pelo qual não deve ser totalmente abolida, contudo esta tecnologia deve ser utilizada seletivamente de acordo com os critérios preconizados pela OMS (1996) e Ministério da Saúde (2001).application/pdfporEpisiotomiaParto humanizadoCritérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2011Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000816637.pdf000816637.pdfTexto completoapplication/pdf877948http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35932/1/000816637.pdfbf1d2d1e9573acd7f89fdd9700ee6193MD51TEXT000816637.pdf.txt000816637.pdf.txtExtracted Texttext/plain78628http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35932/2/000816637.pdf.txtc83f70c6bbf4da48c3b1404b81774c52MD52THUMBNAIL000816637.pdf.jpg000816637.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg940http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35932/3/000816637.pdf.jpg067c9e26d18181b129c04ec0b98c0402MD5310183/359322018-10-11 08:44:31.25oai:www.lume.ufrgs.br:10183/35932Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-11T11:44:31Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
title Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
spellingShingle Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
Rimolo, Maitê Larini
Episiotomia
Parto humanizado
title_short Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
title_full Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
title_fullStr Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
title_full_unstemmed Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
title_sort Critérios para realização da episiotomia : uma revisão integrativa
author Rimolo, Maitê Larini
author_facet Rimolo, Maitê Larini
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rimolo, Maitê Larini
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Armellini, Claudia Junqueira
contributor_str_mv Armellini, Claudia Junqueira
dc.subject.por.fl_str_mv Episiotomia
Parto humanizado
topic Episiotomia
Parto humanizado
description A episiotomia é um procedimento realizado durante o nascimento, desde o século XVIII, com objetivo de ampliar a dimensão da vagina. Tem sido usada de forma rotineira, sem o consentimento da parturiente, ainda que existam evidências científicas comprovando seu malefício. Objetivou-se conhecer os critérios para a realização da episiotomia descritos na literatura. Este estudo é realizado por meio de uma revisão integrativa baseada em Cooper (1982), definida como um método que agrupa os resultados obtidos de pesquisas sobre o mesmo assunto. O estudo contou com a amostra de 21 artigos inseridos nas bases de dados LILACS e MEDLINE, publicados entre os anos de 2006 e 2010 nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram encontrados como critérios para realização da episiotomia o sofrimento fetal, a macrossomia, a expulsão fetal lenta, a prematuridade, a variedade de posição occiptosacra, a necessidade abreviar o período expulsivo, a distócia de ombro, o parto com fórceps, o risco de laceração perineal, a primiparidade, a exaustão materna, o períneo curto, a episiotomia anterior, a leucorréia, a falta de colaboração materna, a pouca elasticidade perineal e a progressão insuficiente do trabalho de parto. Constatou-se que não há concordância entre os critérios encontrados neste estudo e os estabelecidos pela OMS (1996) e Ministério da Saúde (2001). Será que os profissionais desconhecem os critérios estabelecidos pela OMS (1966) e Ministério da Saúde (2001)? Se eles conhecem os critérios, por que não os utilizam? Será que os critérios descritos pelas fontes incluídas nesta revisão visam somente o benefício da mãe e do feto/recém-nascido? Para responder tais questionamentos novos estudos são necessários mais estudos. É necessário que os profissionais revejam os antigos conceitos através da educação continuada, além disso, as mulheres devem ser empoderadas do conhecimento acerca do assunto para que possam questionar e recusar a episiotomia quando esta não for necessária. Acredito que há mulheres que se beneficiam da episiotomia, motivo pelo qual não deve ser totalmente abolida, contudo esta tecnologia deve ser utilizada seletivamente de acordo com os critérios preconizados pela OMS (1996) e Ministério da Saúde (2001).
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-01-03T01:18:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/35932
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000816637
url http://hdl.handle.net/10183/35932
identifier_str_mv 000816637
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35932/1/000816637.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35932/2/000816637.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35932/3/000816637.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv bf1d2d1e9573acd7f89fdd9700ee6193
c83f70c6bbf4da48c3b1404b81774c52
067c9e26d18181b129c04ec0b98c0402
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224419732881408