Influência do tamanho corporal de cães na fisiologia do trato gastrointestinal e na microbiota fecal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/156581 |
Resumo: | A grande diversidade de raças caninas encontradas atualmente é decorrente da domesticação e seleção natural realizada pelo homem. A necessidade de cães com características específicas para certas atividades, ou simplesmente a busca de um fenótipo desejado pela população, fizeram com que o homem se utilizasse das ferramentas do melhoramento genético e cruzamentos programados para criação de novas raças. Apesar de todas pertencerem a mesma espécie, Canis familiaris, o peso e tamanho corporal entre as raças é de extrema variabilidade, com pesos variando de 1kg para um Chihuahua até 100kg para um São Bernardo (Weber et al., 2004). Estas diferenças são acompanhadas também por particularidades na fisiologia do trato gastrointestinal, resultando em produção fecal com maior teor de umidade e maior frequência de defecação em raças de grande porte comparado com raças de pequeno porte. Nesses cães, o tempo de permanência do conteúdo alimentar no intestino grosso é maior, o que leva a uma maior fermentação do material proveniente do intestino delgado. A fermentação tem como um dos seus principais produtos os ácidos graxos de cadeira curta, os quais possuem propriedades osmóticas que atraem água e sódio para luz intestinal, resultando em uma maior umidade fecal. Além disso, os cães de grande porte apresentam maior permeabilidade intestinal e menor digestibilidade dos íons sódio e potássio, levando a maior concentração dos mesmos no lúmen intestinal e maior atração de água para as fezes. A adição de fibras de baixa fermentabilidade, o controle da quantidade e qualidade dos ingredientes proteicos e de carboidratos são essenciais para formulação de dietas completas e balanceadas para cães de grande porte afim de minimizar a pior qualidade fecal observada nesses animais. |
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Pezzali, Julia GuazzelliTrevizan, Luciano2017-04-08T02:42:13Z2016http://hdl.handle.net/10183/156581001013948A grande diversidade de raças caninas encontradas atualmente é decorrente da domesticação e seleção natural realizada pelo homem. A necessidade de cães com características específicas para certas atividades, ou simplesmente a busca de um fenótipo desejado pela população, fizeram com que o homem se utilizasse das ferramentas do melhoramento genético e cruzamentos programados para criação de novas raças. Apesar de todas pertencerem a mesma espécie, Canis familiaris, o peso e tamanho corporal entre as raças é de extrema variabilidade, com pesos variando de 1kg para um Chihuahua até 100kg para um São Bernardo (Weber et al., 2004). Estas diferenças são acompanhadas também por particularidades na fisiologia do trato gastrointestinal, resultando em produção fecal com maior teor de umidade e maior frequência de defecação em raças de grande porte comparado com raças de pequeno porte. Nesses cães, o tempo de permanência do conteúdo alimentar no intestino grosso é maior, o que leva a uma maior fermentação do material proveniente do intestino delgado. A fermentação tem como um dos seus principais produtos os ácidos graxos de cadeira curta, os quais possuem propriedades osmóticas que atraem água e sódio para luz intestinal, resultando em uma maior umidade fecal. Além disso, os cães de grande porte apresentam maior permeabilidade intestinal e menor digestibilidade dos íons sódio e potássio, levando a maior concentração dos mesmos no lúmen intestinal e maior atração de água para as fezes. A adição de fibras de baixa fermentabilidade, o controle da quantidade e qualidade dos ingredientes proteicos e de carboidratos são essenciais para formulação de dietas completas e balanceadas para cães de grande porte afim de minimizar a pior qualidade fecal observada nesses animais.The great diversity of canine breeds currently found is due to the domestication and natural selection performed by the man. The need for dogs with specific characteristics for certain activities, or simply the search for a desired phenotype by the population, made the man use genetic tools and programmed crosses to create new breeds. Although they all belong to the same species, Canis familiaris, the weight and body size between the breeds is extremely variable, with weights ranging from 1kg for a Chihuahua to 100kg for a São Bernardo (Weber et al., 2004). These differences are followed by particularities in the physiology of the gastrointestinal tract, resulting in fecal production with higher moisture content and higher frequency of defecation in large breeds compared to small breeds. In these dogs, the time that the food remains in the large intestine is longer, which leads to a greater fermentation of the material coming from the small intestine. The fermentation has as one of its main products the short-chain fatty acids, which have osmotic properties that attract water and sodium to the intestinal lumen, resulting in a greater fecal humidity. In addition, large breed dogs show greater intestinal permeability and lower digestibility of sodium and potassium ions, leading to their higher concentration in the intestinal lumen and greater water attraction to feces. The addition of low fermentable fibers, control of the quantity and quality of protein and carbohydrate ingredients are essential to formulate complete and balanced diets for large dogs in order to minimize the poor fecal quality observed in these animals.application/pdfporCãesTrato gastrointestinalFisiologiaDieta balanceadaMicrobiota intestinalDogsLarge breed dogsFecal qualityInfluência do tamanho corporal de cães na fisiologia do trato gastrointestinal e na microbiota fecalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2016/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001013948.pdf001013948.pdfTexto completoapplication/pdf349856http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/156581/1/001013948.pdf576f7556931c800a05d0e500f53e620eMD51TEXT001013948.pdf.txt001013948.pdf.txtExtracted Texttext/plain58436http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/156581/2/001013948.pdf.txt8c27cd329be20229fb8df6631cc88042MD52THUMBNAIL001013948.pdf.jpg001013948.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1046http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/156581/3/001013948.pdf.jpg34b1223667a038de7d074fc6bfa75578MD5310183/1565812018-10-25 09:30:37.627oai:www.lume.ufrgs.br:10183/156581Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T12:30:37Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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