O consumo de agrotóxicos e a ocorrência de prematuridade e baixo peso ao nascer no estado do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/239524 |
Resumo: | A produção agrícola tem papel fundamental na economia do Brasil, porém o consumo de agrotóxicos esteja cada vez maior em todas as regiões do país, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. A exposição a essas substâncias, tanto no período de pré-concepção, quanto gestacional, pode ocasionar eventos adversos à saúde materno-infantil. Este estudo teve por objetivo analisar a associação entre o uso de agrotóxicos e a ocorrência de prematuridade e baixo peso ao nascer em municípios do estado do Rio Grande do Sul. Estudo epidemiológico, do tipo ecológico, selecionou-se 496 municípios do estado Rio Grande do Sul e classificaram-se os 40 municípios com maior e menor comercialização de agrotóxicos em litros per capita. A população foram os nascidos vivos por residência materna, notificados no Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos no ano de 2017. A comercialização de agrotóxicos foi obtida no Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxicos em 2018. Para análise, classificaram-se os municípios em quatro grupos de ordem crescente de comercialização, em litros per capita, com base em quartis, realizada por meio do programa estatístico SPSS, sendo considerado um nível de significância de 5% (p<0,05). Realizou-se o teste de Kruskall Wallis devido à assimetria dos dados e o teste de Dun em caso de significância estatística. Em relação às características maternas, a maioria das mães tinha idade entre 20-39 anos (83,3%), escolaridade 8-11 anos (57,9%), etnia branca (90,9%), estado civil solteira (50,9%) e realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal (81,2%). Em relação às taxas de prematuridade e o baixo peso ao nascer e os quartis de comercialização de agrotóxicos, em litros per capita, não foi evidenciado diferença significante entre os grupos (p>0,05). Já em relação às características socioeconômicas, houve associação significativa para o Índice de Gini e Índice de Desenvolvimento Humano (p<0,001). Nos vintes municípios com maior comercialização de agrotóxicos, cerca de 63% da área em hectares foram destinadas para o cultivo de soja, trigo e milho, enquanto que aqueles que menos comercializam utilizaram apenas 14% da área em hectares destinada a produção agrícola. Desta maneira, fazem-se necessárias novas pesquisas sobre o tema, com o objetivo de verificar as consequências da exposição aos agrotóxicos no desenvolvimento embrionário, no feto e no recém-nascido. |
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