Perfil sociodemográfico de casos de violência autoprovocada no Rio Grande do Sul no período de 2014 a 2017
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/240019 |
Resumo: | A violência autoprovocada caracteriza-se por lesões intencionais que uma pessoa inflige em si mesma e engloba comportamentos de autoagressões, tentativa de suicídio e suicídio. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2011 a 2016, foram notificados 176.226 casos de lesão autoprovocada no Brasil, com maior concentração nas regiões Sudeste e Sul para ambos os sexos. Autoagressão e tentativa(s) prévia(s) de suicídio são consideradas grandes fatores de risco para o suicídio consumado. Em 2015, no Brasil, o suicídio foi considerado a quarta maior causa de mortalidade por fatores externos, apresentando tendência de crescimento para os próximos anos. Por ser um grave problema de saúde pública mundial e por apresentar altas taxas de prevalência no Rio Grande do Sul, o artigo tem como objetivo analisar o perfil sociodemográfico de casos de violência autoprovocada no RS, no período de 2014 a 2017, além de avaliar os meios de violência predominantes e características associadas. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, em que foram realizadas análises descritivas (frequências) e de associação (qui-quadrado). Participaram deste estudo 13.820 casos de violência autoprovocada, com média de idade de 34,27 anos (DP=16,12), sendo 64,78% do sexo feminino. Os dados foram extraídos do SINAN, a partir das fichas de notificação individual de violência interpessoal/autoprovocada (FIN-SINAN). Os resultados indicaram maior prevalência de casos de lesão autoprovocada em mulheres, solteiras, de ensino fundamental incompleto, na faixa etária do início da adolescência até a vida adulta, de zona urbana, em que a maior parte das ocorrências aconteceram na residência e apresentaram caráter repetitivo. Casos de violência autoprovocada ainda são subnotificados, o que faz com que o acesso aos dados populacionais seja limitado. Estudos sobre violência autoprovocada ainda são incipientes no Brasil. O registro desses eventos é necessário para compreender a sua prevalência, magnitude e gravidade. Os resultados obtidos, em sua maioria, corroboram com os dados encontrados na literatura. A notificação imediata desses eventos pode ser pensada como uma estratégia de prevenção para novas lesões, tentativas ou concretização do suicídio. |
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