Efetividade de estatinas em dose alta, moderada e baixa na prevenção de eventos vasculares no SUS
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/118036 |
Resumo: | Fundamento: Estatinas tem eficácia comprovada na redução de eventos cardiovasculares, mas o impacto financeiro de seu uso disseminado pode ser substancial. Objetivo: Conduzir análise de custo-efetividade de três esquemas de doses de estatinas na perspectiva do SUS. Métodos: Foi desenvolvido modelo de Markov para avaliar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) de regimes de dose baixa, intermediária e alta, em prevenção secundária e quatro cenários de prevenção primária (risco em 10 anos de 5%, 10%, 15% e 20%). Regimes com redução de LDL abaixo de 30% (ex: sinvastatina 10 mg) foram considerados dose baixa; entre 30-40% (atorvastatina 10 mg, sinvastatina 40 mg), dose intermediária; e acima de 40% (atorvastatina 20-80 mg, rosuvastatina 20 mg), dose alta. Dados de efetividade foram obtidos de revisão sistemática com aproximadamente 136.000 pacientes. Dados nacionais foram usados para estimar utilidades e custos (expressos em dólares internacionais – Int$). Um limiar de disposição a pagar (LDP) igual ao produto interno bruto per capita nacional (aproximadamente Int$11.770) foi utilizado. Resultados: A dose baixa foi dominada por extensão nos cenários de prevenção primária. Nos cinco cenários, a RCEI da dose intermediária ficou abaixo de Int$10.000 por QALY. A RCEI de dose alta ficou acima de Int$27.000 por QALY em todos os cenários. Nas curvas de aceitabilidade de custo-efetividade, dose intermediária teve probabilidade de ser custo-efetiva acima de 50% com RCEIs entre Int$9.000-20.000 por QALY em todos os cenários. Conclusões: Considerando um LDP razoável, uso de estatinas em doses intermediárias é economicamente atrativo, e deveria ser intervenção prioritária na redução de eventos cardiovasculares no Brasil. |
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Ribeiro, Rodrigo AntoniniDuncan, Bruce BartholowZiegelmann, Patricia KlarmannStella, Steffan FrosiVieira, Jose Luiz da CostaRestelatto, Luciane Maria FabianPolanczyk, Carisi Anne2015-06-20T02:01:17Z20150066-782Xhttp://hdl.handle.net/10183/118036000956640Fundamento: Estatinas tem eficácia comprovada na redução de eventos cardiovasculares, mas o impacto financeiro de seu uso disseminado pode ser substancial. Objetivo: Conduzir análise de custo-efetividade de três esquemas de doses de estatinas na perspectiva do SUS. Métodos: Foi desenvolvido modelo de Markov para avaliar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) de regimes de dose baixa, intermediária e alta, em prevenção secundária e quatro cenários de prevenção primária (risco em 10 anos de 5%, 10%, 15% e 20%). Regimes com redução de LDL abaixo de 30% (ex: sinvastatina 10 mg) foram considerados dose baixa; entre 30-40% (atorvastatina 10 mg, sinvastatina 40 mg), dose intermediária; e acima de 40% (atorvastatina 20-80 mg, rosuvastatina 20 mg), dose alta. Dados de efetividade foram obtidos de revisão sistemática com aproximadamente 136.000 pacientes. Dados nacionais foram usados para estimar utilidades e custos (expressos em dólares internacionais – Int$). Um limiar de disposição a pagar (LDP) igual ao produto interno bruto per capita nacional (aproximadamente Int$11.770) foi utilizado. Resultados: A dose baixa foi dominada por extensão nos cenários de prevenção primária. Nos cinco cenários, a RCEI da dose intermediária ficou abaixo de Int$10.000 por QALY. A RCEI de dose alta ficou acima de Int$27.000 por QALY em todos os cenários. Nas curvas de aceitabilidade de custo-efetividade, dose intermediária teve probabilidade de ser custo-efetiva acima de 50% com RCEIs entre Int$9.000-20.000 por QALY em todos os cenários. Conclusões: Considerando um LDP razoável, uso de estatinas em doses intermediárias é economicamente atrativo, e deveria ser intervenção prioritária na redução de eventos cardiovasculares no Brasil.Background: Statins have proven efficacy in the reduction of cardiovascular events, but the financial impact of its widespread use can be substantial. Objective: To conduct a cost-effectiveness analysis of three statin dosing schemes in the Brazilian Unified National Health System (SUS) perspective. Methods: We developed a Markov model to evaluate the incremental cost-effectiveness ratios (ICERs) of low, intermediate and high intensity dose regimens in secondary and four primary scenarios (5%, 10%, 15% and 20% ten-year risk) of prevention of cardiovascular events. Regimens with expected low-density lipoprotein cholesterol reduction below 30% (e.g. simvastatin 10 mg) were considered as low dose; between 30-40%, (atorvastatin 10mg, simvastatin 40 mg), intermediate dose; and above 40% (atorvastatin 20-80 mg, rosuvastatin 20 mg), high-dose statins. Effectiveness data were obtained from a systematic review with 136,000 patients. National data were used to estimate utilities and costs (expressed as International Dollars – Int$). A willingness-to-pay (WTP) threshold equal to the Brazilian gross domestic product per capita (circa Int$11,770) was applied. Results: Low dose was dominated by extension in the primary prevention scenarios. In the five scenarios, the ICER of intermediate dose was below Int$10,000 per QALY. The ICER of the high versus intermediate dose comparison was above Int$27,000 per QALY in all scenarios. In the costeffectiveness acceptability curves, intermediate dose had a probability above 50% of being cost-effective with ICERs between Int$ 9,000-20,000 per QALY in all scenarios. Conclusions: Considering a reasonable WTP threshold, intermediate dose statin therapy is economically attractive, and should be a priority intervention in prevention of cardiovascular events in Brazil.application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 104, n. 1 (2015), p. 32-44Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA RedutasesDoenças cardiovascularesAnálise custo-benefícioSistema Único de SaúdeHydroxymethylglutaryl-CoA reductase inhibitorsCardiovascular diseasesPreventionCost-benefit analysisUnified health systemEfetividade de estatinas em dose alta, moderada e baixa na prevenção de eventos vasculares no SUSCost-effectiveness of high, moderate and low-dose statins in the prevention of vascular events in the Brazilian Public Health System info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000956640.pdf000956640.pdfTexto completoapplication/pdf1108932http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/118036/1/000956640.pdf0f466430789018de7bde9ed3318f7b6aMD51TEXT000956640.pdf.txt000956640.pdf.txtExtracted Texttext/plain59375http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/118036/2/000956640.pdf.txt0973f689362b5148c3407d6be44adb04MD52THUMBNAIL000956640.pdf.jpg000956640.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1840http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/118036/3/000956640.pdf.jpga583d029146f5eebdaba0537d962fda4MD5310183/1180362023-08-24 03:35:46.76401oai:www.lume.ufrgs.br:10183/118036Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2023-08-24T06:35:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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