Prevalência de má oclusão na primeira infância e seus fatores associados em um serviço de atenção primária do sul do país

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pegoraro, Natalia de Abreu
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/238799
Resumo: A má oclusão é qualquer alteração no padrão de normalidade da oclusão/ arco dentário e que tem na sua etiologia fatores hereditários e ambientais. Há evidências que em fase precoce a abordagem será menos complexa e menos onerosa. É nesse contexto que a Atenção Primária à Saúde torna-se essencial, pois ela é referenciada como capaz de suprir mais de 80% dos problemas em saúde. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de má oclusão e seus fatores associados na primeira infância de crianças atendidas por um Serviço de Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Estudo transversal aninhado a uma coorte, realizado em 12 unidades básicas de saúde, do Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil em 2016. A amostra foi composta por 268 crianças nascidas entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014 que tiveram consulta odontológica no primeiro ano de vida. Avaliou-se a presença de mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e anterior na dentição decídua, pelos critérios de Foster e Hamilton. A análise dos dados foi realizada por meio de abordagem hierárquica em quatro blocos distintos, relativos a características individuais, contexto familiar, rede de apoio e hábitos de sucção. Análises das frequências absolutas e relativas foram calculadas. Foram avaliadas 268 crianças, sendo 135 (50,4%) meninos. A média de idade foi de 28,6 (±11,9) meses. Dos 143 (53,4%) casos de má oclusão, 113 eram mordida aberta anterior, 16 mordida cruzada anterior, 27 mordida cruzada posterior e 38 overjet aumentado. Na análise final, observou-se que há maior prevalência de má oclusão em crianças que nunca mamaram (RP=1,44; IC95 %1,002-2,08) e que sempre usam chupeta para dormir (RP=1,81; IC95 % 1,14-2,86). A prevalência de má oclusão nessa população foi alta (53,4%), sendo essa condição associada à hábitos comportamentais, como o uso de chupeta. Esses hábitos são passíveis de modificações, através da promoção de saúde, com abordagens educativas e interceptativas na Atenção Primária à Saúde. Dessa forma, permitindo que a má oclusão tenha menor prevalência e severidade na população
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A amostra foi composta por 268 crianças nascidas entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014 que tiveram consulta odontológica no primeiro ano de vida. Avaliou-se a presença de mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e anterior na dentição decídua, pelos critérios de Foster e Hamilton. A análise dos dados foi realizada por meio de abordagem hierárquica em quatro blocos distintos, relativos a características individuais, contexto familiar, rede de apoio e hábitos de sucção. Análises das frequências absolutas e relativas foram calculadas. Foram avaliadas 268 crianças, sendo 135 (50,4%) meninos. A média de idade foi de 28,6 (±11,9) meses. Dos 143 (53,4%) casos de má oclusão, 113 eram mordida aberta anterior, 16 mordida cruzada anterior, 27 mordida cruzada posterior e 38 overjet aumentado. Na análise final, observou-se que há maior prevalência de má oclusão em crianças que nunca mamaram (RP=1,44; IC95 %1,002-2,08) e que sempre usam chupeta para dormir (RP=1,81; IC95 % 1,14-2,86). A prevalência de má oclusão nessa população foi alta (53,4%), sendo essa condição associada à hábitos comportamentais, como o uso de chupeta. Esses hábitos são passíveis de modificações, através da promoção de saúde, com abordagens educativas e interceptativas na Atenção Primária à Saúde. Dessa forma, permitindo que a má oclusão tenha menor prevalência e severidade na populaçãoMalocclusion is any change in the occlusion / dental arch normality pattern and its etiology includes hereditary and environmental factors. There is evidence that at an early stage the approach will be less complex and less costly. It is in this context that Primary Health Care becomes essential, because it is referred to as able to supply more than 80% of health problems. The aim of the present study was to evaluate the prevalence of malocclusion and its associated factors in early childhood in children attended by a Primary Health Care Service in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. Cross-sectional study nested in a cohort, conducted in 12 basic health units (BHU) of the Conceição Hospitalar Group, Porto Alegre, RS, Brazil in 2016. The sample consisted of 268 children born between January 2012 and December 2014 who had dental appointments in the first year of life. The presence of anterior open bite, posterior and anterior crossbite in the deciduous dentition was evaluated by the criteria of Foster and Hamilton. Data analysis was performed through a hierarchical approach in four distinct blocks, related to individual characteristics, family context, support network and sucking habits. Absolute and relative frequency analyzes were calculated. A total of 268 children were evaluated, 135 (50.4%) boys. The average age was 28.6 (±11.9) months. Of the 143 (53.4%) cases of malocclusion, 113 were anterior open bite, 16 anterior crossbite, 27 posterior crossbite and 38 enlarged overjet. In the final analysis (sucking habits) it was observed that there was a higher prevalence of malocclusion in children who never breastfed (RP=1.44; IC95 % 1.002–2.08) and who always used a pacifier to sleep (RP=1.81; IC95%1.14-2.86). The prevalence of malocclusion was high in this population, and this condition was associated with behavioral habits that could be modified through educational and interceptive approaches in Primary Health Care. The prevalence of malocclusion in this population was high (53.4 %), and this condition was associated with behavioral habits, such as pacifier use. These habits are subject to change through health promotion, with educational and interceptive approaches in Primary Health Care. Thus, allowing malocclusion to have lower prevalence and severity in the populationapplication/pdfporMá oclusãoAtenção primária à saúdeOdontopediatriaMalocclusionPrimary Health CarePediatric DentistryPrevalência de má oclusão na primeira infância e seus fatores associados em um serviço de atenção primária do sul do paísinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2019Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001112370.pdf.txt001112370.pdf.txtExtracted Texttext/plain48646http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238799/2/001112370.pdf.txt289457b86b3742a294db2ee70888dfe2MD52ORIGINAL001112370.pdfTexto completoapplication/pdf804019http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238799/1/001112370.pdf72b65195476863d37f2da27502ac29ffMD5110183/2387992022-05-24 04:46:27.326613oai:www.lume.ufrgs.br:10183/238799Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-24T07:46:27Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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