Hospitalizações no SUS por câncer bucal no Brasil de 2013 a 2017
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202738 |
Resumo: | O câncer é um nome empregado para centenas de doenças, dentre elas o câncer bucal, que se constitui numa neoplasia maligna multifatorial relacionada fortemente com hábitos de vida. É uma doença agressiva, que provoca morbidade e mortalidade, sendo considerada um problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi descrever as características das hospitalizações por câncer bucal e estimar a magnitude das internações, dos óbitos hospitalares e da letalidade no SUS. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A população investigada foi representada pelas hospitalizações por neoplasia maligna de cavidade oral, no SUS, no período de 2013 a 2017, conforme diagnóstico CID-10 (C00-C08). As variáveis empregadas para elaborar o perfil epidemiológico destes pacientes foram: sexo, faixa etária (0-19, 20-29, 30-39, 40-49, 50-59, 60-69, 70-79 e 80 anos ou mais), região de residência, tempo de internação, gasto total médio, tempo de internação em UTI; e ocorrência ou não de óbito hospitalar. Os dados das internações foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e os dados das populações foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estes dados foram inseridos em planilhas no programa Excel, organizados e mostrados em tabelas. Entre os principais resultados mostrou-se que houve 81.669 internações, sendo 46,4% na região Sudeste, os homens representaram 68,0%, as mulheres 31,0% das internações. A língua foi a região anatômica mais afetada, responsável por 38,2% das hospitalizações. A faixa etária mais frequente foi dos 50 aos 59 anos com 22.725 (27,8%) das internações, sendo 17.405 (30,9%) entre os homens e 5.320 (21,0%) entre as mulheres. Do total das hospitalizações 8.501 (10,41%) resultaram em óbito, a região anatômica que gerou o maior número de óbitos foi a neoplasia maligna outras partes e não especificada da língua com 2.085 óbitos (24,5%). A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi utilizada em 8.281 (10,1%) dos casos, destes, 1.623 (19,6%) evoluíram para óbito. Sabe-se que o câncer gera custos pessoais, interpessoais e também sociais como pode-se concluir a partir dos resultados obtidos no presente estudo, assim sendo deve-se enfatizar a importância do diagnóstico precoce, a partir da educação em saúde, não somente para os profissionais, mas também para os cidadãos, com campanhas dirigidas a grupos de risco, tais como, tabagistas, etilistas, usuários de drogas, trabalhadores rurais, da construção civil e pescadores, a fim de reduzir o impacto causado pela doença. |
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