Análise do conteúdo palinológico da Formação Morro do Chaves, Bacia de Sergipe-Alagoas e seu significado bioestratigráfico e paleoambiental.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132375 |
Resumo: | A Bacia de Sergipe-Alagoas tem sido amplamente estudada no âmbito das pesquisas sobre rochas geradoras e reservatório de hidrocarbonetos, por possuir uma das mais completas sequências estratigráficas expostas das bacias da margem continental brasileira. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo a análise do contexto bioestratigráfico e paleoambiental das litologias pertencentes à Formação Morro do Chaves (Cretáceo Inferior), na sub-bacia de Alagoas, que faz parte da seção representante do intervalo de transição entre a fase rifte e marinha restrita. O material analisado, do ponto de vista palinológico, foi coletado na Formação Morro do Chaves, particularmente da pedreira CIMPOR (ex-Atol), localizada no município de São Miguel dos Campos, Estado de Alagoas. Das 17 amostras coletadas, oito amostras se mostraram estéreis e nove amostras apresentaram conteúdo palinológico, dentre as quais somente seis foram consideradas para a análise bioestratigráfica. As considerações paleoambientais foram realizadas com base no conteúdo palinológico e nas informações paleontológicas e geológicas disponíveis. A pacote sedimentar estudado corresponde a parte carbonática da Formação Morro do Chaves, que possui aproximadamente 70,0 m de espessura na localidade descrita acima. A unidade em questão é formada por rochas carbonáticas coquinóides intercaladas com níveis de folhelhos de coloração verde escura. Foram recuperadas associações palinoflorísticas entre os 5,0 m a 70,0 m do perfil. O material palinológico recuperado não apresenta boa resolução para a esta técnica, mas foi possível a identificação de 9 gêneros de esporos e 8 gêneros de grãos de pólen. Dentre os esporos podemos observar os gêneros Biretisporites, Deltoidospora, Cyathidites, Verrucosisporites, Pilosisporites, Cicatricosisporites, Appendicisporites, Densoisporites, Aequitriradites. Já dentre os grãos de pólen podemos identificar os gêneros Equisetosporites, Gnetaceaepollenites, Eucommiidites, Retimonocolpites, Monocolpopollenites, Inaperturopollenites, Circulina e Dicheiropollis, além de duas espécies dois gêneros de fungos. Em decorrência do grau de preservação do material, a idade foi estabelecida pela presença da ocorrência da espécie Dicheiropollis etruscus, identificado com o auxilio da bibliografia existente. Assim caracterizou-se a palinozona Dicheiropollis etruscus, que compreende os andares Rio da Serra até Jiquiá Superior, contudo, com base em outros dados paleontológicos e geológicos, determina-se a idade Barremiana para o intervalo. Em observações microscópicas sob luz fluorescente foram identificadas algumas vesículas algálicas indeterminadas, classificadas como possíveis ficomas de algas da classe Prasinophyceae, assim estabelecendo uma possível origem marinha para os depósitos devido ao fato de que a classe destas algas ser predominantemente de ambientes marinhos, contudo também há registros em ambientes de água doce ou salobra. A matéria orgânica amorfa presente no material analisado mostrou um alto grau de fluorescência em alguns níveis. Através do material analisado neste trabalho foi possível posicionar a Formação Morro do Chaves em um ambiente aquático (grande lago/ laguna) situado em uma zona costeira sujeita condições de clima quente com pouca disponibilidade de água doce e potencialmente sofrendo esporádicas incursões marinhas. |
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Garcia, Gustavo GonçalvesSouza, Paulo Alves de2016-01-28T02:48:53Z2012http://hdl.handle.net/10183/132375000870930A Bacia de Sergipe-Alagoas tem sido amplamente estudada no âmbito das pesquisas sobre rochas geradoras e reservatório de hidrocarbonetos, por possuir uma das mais completas sequências estratigráficas expostas das bacias da margem continental brasileira. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo a análise do contexto bioestratigráfico e paleoambiental das litologias pertencentes à Formação Morro do Chaves (Cretáceo Inferior), na sub-bacia de Alagoas, que faz parte da seção representante do intervalo de transição entre a fase rifte e marinha restrita. O material analisado, do ponto de vista palinológico, foi coletado na Formação Morro do Chaves, particularmente da pedreira CIMPOR (ex-Atol), localizada no município de São Miguel dos Campos, Estado de Alagoas. Das 17 amostras coletadas, oito amostras se mostraram estéreis e nove amostras apresentaram conteúdo palinológico, dentre as quais somente seis foram consideradas para a análise bioestratigráfica. As considerações paleoambientais foram realizadas com base no conteúdo palinológico e nas informações paleontológicas e geológicas disponíveis. A pacote sedimentar estudado corresponde a parte carbonática da Formação Morro do Chaves, que possui aproximadamente 70,0 m de espessura na localidade descrita acima. A unidade em questão é formada por rochas carbonáticas coquinóides intercaladas com níveis de folhelhos de coloração verde escura. Foram recuperadas associações palinoflorísticas entre os 5,0 m a 70,0 m do perfil. O material palinológico recuperado não apresenta boa resolução para a esta técnica, mas foi possível a identificação de 9 gêneros de esporos e 8 gêneros de grãos de pólen. Dentre os esporos podemos observar os gêneros Biretisporites, Deltoidospora, Cyathidites, Verrucosisporites, Pilosisporites, Cicatricosisporites, Appendicisporites, Densoisporites, Aequitriradites. Já dentre os grãos de pólen podemos identificar os gêneros Equisetosporites, Gnetaceaepollenites, Eucommiidites, Retimonocolpites, Monocolpopollenites, Inaperturopollenites, Circulina e Dicheiropollis, além de duas espécies dois gêneros de fungos. Em decorrência do grau de preservação do material, a idade foi estabelecida pela presença da ocorrência da espécie Dicheiropollis etruscus, identificado com o auxilio da bibliografia existente. Assim caracterizou-se a palinozona Dicheiropollis etruscus, que compreende os andares Rio da Serra até Jiquiá Superior, contudo, com base em outros dados paleontológicos e geológicos, determina-se a idade Barremiana para o intervalo. Em observações microscópicas sob luz fluorescente foram identificadas algumas vesículas algálicas indeterminadas, classificadas como possíveis ficomas de algas da classe Prasinophyceae, assim estabelecendo uma possível origem marinha para os depósitos devido ao fato de que a classe destas algas ser predominantemente de ambientes marinhos, contudo também há registros em ambientes de água doce ou salobra. A matéria orgânica amorfa presente no material analisado mostrou um alto grau de fluorescência em alguns níveis. Através do material analisado neste trabalho foi possível posicionar a Formação Morro do Chaves em um ambiente aquático (grande lago/ laguna) situado em uma zona costeira sujeita condições de clima quente com pouca disponibilidade de água doce e potencialmente sofrendo esporádicas incursões marinhas.The Sergipe-Alagoas has been widely studied in the context of research on source rocks and reservoir hydrocarbons, for possessing one of the most complete stratigraphic sequences exposed among the Brazilian continental margin. In this offshoot, this work aims at the analysis of biostratigraphic and paleoenvironmental based on palynology, context of the Morro do Chaves Formation (Lower Cretaceous), in Alagoas Sub-basin, which is part of the section representing the transition interval between the rift and restricted marine phases. The material analyzed was collected in Morro do Chaves Formation, particularly at the Quarry CIMPOR (former Atol), located in the municipality of São Miguel dos Campos, State of Alagoas. Among 17 samples collected, eight resulted sterile for palynology and nine showed palynologycal content, of which only six were considered for biostratigraphic analysis. The studied sedimentary carbonate corresponds to part of the Morro do Chaves Formation, which owns approximately 70.0 m thick at the location described above. The unit in question is composed of carbonate rocks “coquinóides” shales interspersed with dark green. Floristic palynology associations were recovered between 5.0 m 70.0 m profile. At total of 9 genera of spores and 8 genera of pollen grains were recognized. Among the spores: Biretisporites, Deltoidospora, Cyathidites, Verrucosisporites, Pilosisporites, Cicatricosisporites, Appendicisporites, Densoisporites and Aequitriradites were indetified. Equisetosporites, Gnetaceaepollenites, Eucommiidites, Retimonocolpites, Monocolpopollenites, Inaperturopollenites, Circulina and Dicheiropollis represent pollen grains. Two indeterminated fungi spores. The age was established by the presence of Dicheiropollis etruscus characterizing the Dicheiropollis etruscus palinozone, comprising Rio da Serra to Uper Jiquiá series. However, based on other paleontological and geological data, a Barremian age was determined for the interval. In microscopic observations were identified under fluorescent technique were indentified probably Prasinophyceae vesicules, thus establishing a possible marine origin for the deposits due to the fact that the class of these algae is predominantly of marine environments, yet there records in freshwater environments or brackish. The amorphous organic matter present in the analyzed material showed a high degree of fluorescence at some levels. Through the material analyzed in this study it was possible to position the Morro do Chaves Formation in an aquatic environment (large lake / lagoon) located in a coastal area subject to hot weather conditions with little freshwater availability and potentially suffering sporadic marine incursions.application/pdfporPalinologiaBioestratigrafiaFormação Morro do ChavesSergipe-Alagoas, Bacia sedimentar de (SE e AL)PalynologyBiostratigraphyPaleoenvironmentLower cretaceousSergipe-Alagoas basinAnálise do conteúdo palinológico da Formação Morro do Chaves, Bacia de Sergipe-Alagoas e seu significado bioestratigráfico e paleoambiental.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2012Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000870930.pdf000870930.pdfTexto completoapplication/pdf6235846http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132375/1/000870930.pdfb95a9fb90b59f9bc2eda30e0beda0c6bMD51TEXT000870930.pdf.txt000870930.pdf.txtExtracted Texttext/plain143449http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132375/2/000870930.pdf.txtb8e483e17d1e2e9678837e0ab24b5c81MD52THUMBNAIL000870930.pdf.jpg000870930.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1161http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132375/3/000870930.pdf.jpg4ff2f1315601cd78db2cf655b410f664MD5310183/1323752018-10-26 09:38:20.155oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132375Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-26T12:38:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A Bacia de Sergipe-Alagoas tem sido amplamente estudada no âmbito das pesquisas sobre rochas geradoras e reservatório de hidrocarbonetos, por possuir uma das mais completas sequências estratigráficas expostas das bacias da margem continental brasileira. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo a análise do contexto bioestratigráfico e paleoambiental das litologias pertencentes à Formação Morro do Chaves (Cretáceo Inferior), na sub-bacia de Alagoas, que faz parte da seção representante do intervalo de transição entre a fase rifte e marinha restrita. O material analisado, do ponto de vista palinológico, foi coletado na Formação Morro do Chaves, particularmente da pedreira CIMPOR (ex-Atol), localizada no município de São Miguel dos Campos, Estado de Alagoas. Das 17 amostras coletadas, oito amostras se mostraram estéreis e nove amostras apresentaram conteúdo palinológico, dentre as quais somente seis foram consideradas para a análise bioestratigráfica. As considerações paleoambientais foram realizadas com base no conteúdo palinológico e nas informações paleontológicas e geológicas disponíveis. A pacote sedimentar estudado corresponde a parte carbonática da Formação Morro do Chaves, que possui aproximadamente 70,0 m de espessura na localidade descrita acima. A unidade em questão é formada por rochas carbonáticas coquinóides intercaladas com níveis de folhelhos de coloração verde escura. Foram recuperadas associações palinoflorísticas entre os 5,0 m a 70,0 m do perfil. O material palinológico recuperado não apresenta boa resolução para a esta técnica, mas foi possível a identificação de 9 gêneros de esporos e 8 gêneros de grãos de pólen. Dentre os esporos podemos observar os gêneros Biretisporites, Deltoidospora, Cyathidites, Verrucosisporites, Pilosisporites, Cicatricosisporites, Appendicisporites, Densoisporites, Aequitriradites. Já dentre os grãos de pólen podemos identificar os gêneros Equisetosporites, Gnetaceaepollenites, Eucommiidites, Retimonocolpites, Monocolpopollenites, Inaperturopollenites, Circulina e Dicheiropollis, além de duas espécies dois gêneros de fungos. Em decorrência do grau de preservação do material, a idade foi estabelecida pela presença da ocorrência da espécie Dicheiropollis etruscus, identificado com o auxilio da bibliografia existente. Assim caracterizou-se a palinozona Dicheiropollis etruscus, que compreende os andares Rio da Serra até Jiquiá Superior, contudo, com base em outros dados paleontológicos e geológicos, determina-se a idade Barremiana para o intervalo. Em observações microscópicas sob luz fluorescente foram identificadas algumas vesículas algálicas indeterminadas, classificadas como possíveis ficomas de algas da classe Prasinophyceae, assim estabelecendo uma possível origem marinha para os depósitos devido ao fato de que a classe destas algas ser predominantemente de ambientes marinhos, contudo também há registros em ambientes de água doce ou salobra. A matéria orgânica amorfa presente no material analisado mostrou um alto grau de fluorescência em alguns níveis. Através do material analisado neste trabalho foi possível posicionar a Formação Morro do Chaves em um ambiente aquático (grande lago/ laguna) situado em uma zona costeira sujeita condições de clima quente com pouca disponibilidade de água doce e potencialmente sofrendo esporádicas incursões marinhas. |
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