Fatores odontológicos associados à disfagia orofaríngea em idosos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/217529 |
Resumo: | O processo do envelhecimento impacta nas funções da mastigação e da deglutição. A deglutição pode estar alterada tanto em idosos com dentes naturais quanto aqueles com próteses ou ausências dentárias, pela influência do envelhecimento. O objetivo do estudo foi verificar a associação das variáveis socioeconômicas, comportamentais e de condições bucais com a presença de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados. Através de um estudo transversal, com avaliação de 115 indivíduos com mais de 60 anos, que residam em três instituições de longa permanência em três cidades do Rio Grande do Sul no ano de 2016. O diagnóstico de disfagia se deu através da avaliação clínica fonoaudiológica, baseada na investigação de sinais e sintomas de alteração durante a deglutição e na avaliação sensório-motora oral. A avaliação clínica odontológica inspecionou a cavidade oral, os elementos dentários e as próteses dentárias, e também um inquérito de xerostomia. A análise estatística utilizada foi a Regressão de Poisson com variância robusta para o cálculo de Razões de Prevalência (RP) brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. A amostra era predominantemente composta por idosos do sexo feminino (67,0%), com mais de 81 anos (44,3%), edêntulos totais (54,3%). E o diagnóstico de disfagia orofaríngea foi verificado em 60,9% dos idosos. Após ajuste do modelo final, idosos com mais de 8 pares oclusais, naturais ou por reabilitação apresentaram menor prevalência de disfagia orofaríngea (RP=0,672 (IC95% 0,473-0,953)), bem como aqueles idosos que apresentavam menos queixas dos sintomas de xerostomia (RP=0,364 (IC95% 0,201-0,661)). Em suma, idosos com uma melhor condição de saúde bucal está associada a uma menor prevalência de disfagia orofaríngea, assim como não apresentar xerostomia. É importante destinar esforços para a investigação de variáveis dentárias e sintomas relacionados às dificuldades de deglutição, visando identificar e avaliar os indivíduos mais suscetíveis à presença de disfagia orofaríngea. |
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Brochier, Cassiane WignerHilgert, Juliana Balbinot2021-01-22T04:12:20Z2017http://hdl.handle.net/10183/217529001052188O processo do envelhecimento impacta nas funções da mastigação e da deglutição. A deglutição pode estar alterada tanto em idosos com dentes naturais quanto aqueles com próteses ou ausências dentárias, pela influência do envelhecimento. O objetivo do estudo foi verificar a associação das variáveis socioeconômicas, comportamentais e de condições bucais com a presença de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados. Através de um estudo transversal, com avaliação de 115 indivíduos com mais de 60 anos, que residam em três instituições de longa permanência em três cidades do Rio Grande do Sul no ano de 2016. O diagnóstico de disfagia se deu através da avaliação clínica fonoaudiológica, baseada na investigação de sinais e sintomas de alteração durante a deglutição e na avaliação sensório-motora oral. A avaliação clínica odontológica inspecionou a cavidade oral, os elementos dentários e as próteses dentárias, e também um inquérito de xerostomia. A análise estatística utilizada foi a Regressão de Poisson com variância robusta para o cálculo de Razões de Prevalência (RP) brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. A amostra era predominantemente composta por idosos do sexo feminino (67,0%), com mais de 81 anos (44,3%), edêntulos totais (54,3%). E o diagnóstico de disfagia orofaríngea foi verificado em 60,9% dos idosos. Após ajuste do modelo final, idosos com mais de 8 pares oclusais, naturais ou por reabilitação apresentaram menor prevalência de disfagia orofaríngea (RP=0,672 (IC95% 0,473-0,953)), bem como aqueles idosos que apresentavam menos queixas dos sintomas de xerostomia (RP=0,364 (IC95% 0,201-0,661)). Em suma, idosos com uma melhor condição de saúde bucal está associada a uma menor prevalência de disfagia orofaríngea, assim como não apresentar xerostomia. É importante destinar esforços para a investigação de variáveis dentárias e sintomas relacionados às dificuldades de deglutição, visando identificar e avaliar os indivíduos mais suscetíveis à presença de disfagia orofaríngea.The aging process impacts on the functions of chewing and swallowing. Swallowing may be altered both in the elderly with natural teeth and those with dental prostheses or absences, due to the influence of aging. The objective of the study was to verify the association of socioeconomic, behavioral and oral variables with the presence of oropharyngeal dysphagia in institutionalized elderly. Through a cross-sectional study, with an evaluation of 115 individuals over 60 years of age, living in three long-term institutions in three cities of Rio Grande do Sul in the year 2016. The diagnosis of dysphagia occurred through clinical speech- Based on The investigation of signs and symptoms of alteration during swallowing and oral sensory-motor evaluation. The dental clinical evaluation inspected the oral cavity, dental elements and dental prostheses, as well as xerostomia survey. The statistical analysis used the Poisson regression with robust variance for the calculation of gross and adjusted Prevalence Ratios (PR) and their respective 95% confidence intervals. The sample was predominantly female (67.0%), over 81 (44.3%), and total edentulous (54.3%). And the diagnosis of oropharyngeal dysphagia was verified in 60.9% of the elderly. After adjusting for the final model, elderly individuals with more than 8 occlusal pairs, either natural or by rehabilitation, had a lower prevalence of oropharyngeal dysphagia (PR = 0.672 (95% CI 0.473-0.953)), as well as those with less complaints of xerostomia symptoms RP = 0.364 (95% CI 0.201- 0.661)). In short, the elderly with a better oral health condition is associated with a lower prevalence of oropharyngeal dysphagia, as well as having xerostomia. It is important to dedicate efforts to the investigation of dental variables and symptoms related to swallowing difficulties, in order to identify and evaluate the most susceptible individuals to the presence of oropharyngeal dysphagia.application/pdfporTranstornos de deglutiçãoIdosoOdontologia geriátricaFatores odontológicos associados à disfagia orofaríngea em idososinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2017Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001052188.pdf.txt001052188.pdf.txtExtracted Texttext/plain73357http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217529/2/001052188.pdf.txtd48a8f49d786ef2b70d691a66b4e2f8cMD52ORIGINAL001052188.pdfTexto completoapplication/pdf1152914http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217529/1/001052188.pdf56688eaa6f2b53c8e62cd68831362bf0MD5110183/2175292021-03-09 04:43:17.715701oai:www.lume.ufrgs.br:10183/217529Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2021-03-09T07:43:17Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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