Geografias da fome : uma análise qualitativa das "fomes" das juventudes brasileiras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/273069 |
Resumo: | A fome configura-se como um fenômeno social que tem dimensão política, econômica e espacial. E com o desmonte e descumprimento da Agenda Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional observada desde 2016 até 2022, o Brasil volta a reintegrar o Mapa da Fome da FAO. São mais de 125 milhões de brasileiros inseridos em algum grau de insegurança alimentar, sendo assim, a população em vulnerabilidade social e alimentar buscam maneiras de suprir essa necessidade básica. Dessa forma, buscam apoio nas escolas públicas devido ao fato dessas instituições serem pontos de referência para diversos serviços e ações que caberiam a outros setores. Além disso, a fome caracteriza-se como um estigma para os jovens influenciando seu modo de vida. Entretanto, são juventudes específicas que convivem com a insegurança alimentar. E, é neste momento em que entra ação dos professores e, principalmente, da Educação Geográfica em proporcionar um espaço seguro ao diálogo e ao combate aos estigmas direcionados aos jovens em situação de vulnerabilidade. Dessa maneira, o objetivo geral da pesquisa foi analisar quem são os jovens brasileiros e suas vivências enquanto inseridos em situação de insegurança alimentar. E os seguintes objetivos específicos: a) Levantar dados teóricos em documentos e produção acadêmica, sobre as vivências das juventudes que passam fome no Brasil; b) Verificar as percepções de pesquisadores (as) das juventudes que trabalham a temática da periferia, sobre a questão das juventudes que passam fome e; c) Apresentar pistas pedagógicas para a discussão sobre as Geografias da fome das juventudes em sala de aula. O referencial teórico compreende três eixos: I) Juventudes; II) Geografia da Fome; e III) Educação Geográfica. Para atingir os objetivos foram realizados diferentes procedimentos metodológicos, com levantamento teórico e documental acerca da temática; uso de entrevistas semi estruturadas através de especialistas da área de Juventudes e com os devidos cuidados éticos, os participantes assinaram Termos de Compromisso Livre e Esclarecido (TCLE); e a criação de caminhos pedagógicos para abordar a temática da fome dentro de sala de aula. Em relação a análise de dados foi utilizada análise de conteúdo, A análise documental permitiu compreender a dimensão da fome no cenário brasileiro, principalmente, voltado aos jovens. Em relação ao estado do conhecimento demonstrou-se que é baixo o número de trabalhos ao que a pesquisa se propõe dentro do campo de juventudes. E por meio das entrevistas podemos conhecer o perfil dos jovens em vulnerabilidade social e alimentar, neste caso, os de periferias. Além disso, constatou-se que estes jovens se inserem no trabalho informal como medida de afastamento da fome, mas que não lhe garantem que estejam fora da insegurança nutricional, e também, lidam com estigmas que acabam refletindo no modo de vida destes sujeitos. Esse debate em relação aos jovens em insegurança alimentar coloca a urgência de abordar a temática dentro da escola e, principalmente, nas aulas de Geografia. |
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Silva Junior, José Inácio daOliveira, Victor Hugo Nedel2024-03-08T05:00:20Z2024http://hdl.handle.net/10183/273069001196205A fome configura-se como um fenômeno social que tem dimensão política, econômica e espacial. E com o desmonte e descumprimento da Agenda Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional observada desde 2016 até 2022, o Brasil volta a reintegrar o Mapa da Fome da FAO. São mais de 125 milhões de brasileiros inseridos em algum grau de insegurança alimentar, sendo assim, a população em vulnerabilidade social e alimentar buscam maneiras de suprir essa necessidade básica. Dessa forma, buscam apoio nas escolas públicas devido ao fato dessas instituições serem pontos de referência para diversos serviços e ações que caberiam a outros setores. Além disso, a fome caracteriza-se como um estigma para os jovens influenciando seu modo de vida. Entretanto, são juventudes específicas que convivem com a insegurança alimentar. E, é neste momento em que entra ação dos professores e, principalmente, da Educação Geográfica em proporcionar um espaço seguro ao diálogo e ao combate aos estigmas direcionados aos jovens em situação de vulnerabilidade. Dessa maneira, o objetivo geral da pesquisa foi analisar quem são os jovens brasileiros e suas vivências enquanto inseridos em situação de insegurança alimentar. E os seguintes objetivos específicos: a) Levantar dados teóricos em documentos e produção acadêmica, sobre as vivências das juventudes que passam fome no Brasil; b) Verificar as percepções de pesquisadores (as) das juventudes que trabalham a temática da periferia, sobre a questão das juventudes que passam fome e; c) Apresentar pistas pedagógicas para a discussão sobre as Geografias da fome das juventudes em sala de aula. O referencial teórico compreende três eixos: I) Juventudes; II) Geografia da Fome; e III) Educação Geográfica. Para atingir os objetivos foram realizados diferentes procedimentos metodológicos, com levantamento teórico e documental acerca da temática; uso de entrevistas semi estruturadas através de especialistas da área de Juventudes e com os devidos cuidados éticos, os participantes assinaram Termos de Compromisso Livre e Esclarecido (TCLE); e a criação de caminhos pedagógicos para abordar a temática da fome dentro de sala de aula. Em relação a análise de dados foi utilizada análise de conteúdo, A análise documental permitiu compreender a dimensão da fome no cenário brasileiro, principalmente, voltado aos jovens. Em relação ao estado do conhecimento demonstrou-se que é baixo o número de trabalhos ao que a pesquisa se propõe dentro do campo de juventudes. E por meio das entrevistas podemos conhecer o perfil dos jovens em vulnerabilidade social e alimentar, neste caso, os de periferias. Além disso, constatou-se que estes jovens se inserem no trabalho informal como medida de afastamento da fome, mas que não lhe garantem que estejam fora da insegurança nutricional, e também, lidam com estigmas que acabam refletindo no modo de vida destes sujeitos. Esse debate em relação aos jovens em insegurança alimentar coloca a urgência de abordar a temática dentro da escola e, principalmente, nas aulas de Geografia.Hunger is a social phenomenon that has political, economic and spatial dimensions. And with the dismantling and non-compliance with the National Food and Nutrition Security Agenda observed from 2016 to 2022, Brazil is once again reinstating the FAO Hunger Map. There are more than 125 million Brazilians experiencing some degree of food insecurity, therefore, the socially and food vulnerable population seeks ways to meet this basic need.Therefore, they seek support in public schools due to the fact that these institutions are points of reference for various services and actions that would be the responsibility of other sectors. Furthermore, hunger is characterized as a stigma for young people, influencing their way of life. However, there are specific young people who live with food insecurity. And, it is at this moment that teachers and, mainly, Geographic Education come into action to provide a safe space for dialogue and combating stigmas directed at young people in vulnerable situations. Thus, the general objective of the research was to analyze who young Brazilians are and their experiences while living in a situation of food insecurity. And the following specific objectives: a) Collect theoretical data in documents and academic production, about the experiences of young people who suffer from hunger in Brazil; b) Verify the perceptions of youth researchers who work on peripheral issues, on the issue of youth who suffer from hunger and; c) Present pedagogical clues for discussing the Geographies of youth hunger in the classroom. The theoretical framework comprises three axes: I) Youth; II) Geography of Hunger; and III) Geographic Education. To achieve the objectives, different methodological procedures were carried out, with theoretical and documentary research on the topic; use of semi-structured interviews with specialists in the Youth area and with due ethical care, participants signed Terms of Free and Informed Commitment (TCLE); and the creation of pedagogical paths to address the issue of hunger within the classroom. In relation to data analysis, content analysis was used. Document analysis allowed understanding the dimension of hunger in the Brazilian scenario, mainly aimed at young people. In relation to the state of knowledge, it was demonstrated that there is no significant work on what the research proposes within the field of youth. And through interviews we can learn about the profile of young people in social and nutritional vulnerability, in this case, those from peripheral areas. Furthermore, it was found that these young people engage in informal work as a measure to avoid hunger, but this does not guarantee that they are free from nutritional insecurity, and they also deal with stigmas that end up reflecting on the way of life of these individuals. This debate regarding young people experiencing food insecurity raises the urgency of addressing the issue within schools and, mainly, in Geography classes.application/pdfporGeografia da populaçãoEducação geográficaInsegurança alimentarJuventude periféricaFomeGeography of hungerPeripheral youthFood and nutritional insecurityGeographic educationDailyGeografias da fome : uma análise qualitativa das "fomes" das juventudes brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2024Geografia: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001196205.pdf.txt001196205.pdf.txtExtracted Texttext/plain204468http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273069/2/001196205.pdf.txt3f00a3178fbf78a8851ba8bf4c102679MD52ORIGINAL001196205.pdfTexto completoapplication/pdf1196866http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273069/1/001196205.pdf9c1c259c5e8c3408eb1c2ede5415de83MD5110183/2730692024-03-09 05:02:44.813013oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273069Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-09T08:02:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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