O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/231238 |
Resumo: | Os procedimentos hidrológicos extensivamente utilizados no cálculo de eventos com período de retorno de T anos em dados com distribuição Gumbel, supõem que a seqüência dos dados usados para ajustar a distribuição permanece estacionária pelo tempo. Quando se suspeita nãoestacionaridade, seja como conseqüência de mudanças no uso do solo ou no clima, a abordagem comum é testar a significância da tendência por um de dois métodos: regressão linear, que supõe que os dados no registro seguem distribuição Normal cuja média possivelmente varia com tempo; ou um teste não-paramétrico como o de Mann-Kendall, que nada supõe sobre a distribuição populacional. Isto é, a hipótese de distribuição Gumbel para os dados é abandonada temporariamente enquanto se faz o teste de tendência, mas é adotada novamente nos casos em que se constata a tendência não ser significativa. Na seqüência, os eventos de período de retorno T anos são calculados. Isto não parece lógico. O presente trabalho descreve um modelo alternativo no qual a média da distribuição Gumbel possivelmente varia em tempo; supõe-se que a tendência temporal, se existir, pode ser descrita adequadamente por um único parâmetro ß, o qual é estimado a partir de Máxima Verossimilhança (MV). A variância assintótica da estimativa MV, ßMV , é comparada com a variância da tendência ßRL calculada a partir de regressão linear (RL); constatou-se que a variância da estimativa RL é 64% maior. Amostras simuladas por uma distribuição Gumbel padronizada e selecionadas aleatoriamente, foram modificadas pela superposição de tendências lineares e conhecidas de diferentes gradientes, e em seguida foram comparadas às potências de três testes da significância da tendência (Máxima Verossimilhança, Regressão Linear, e o teste não-paramétrico de Mann-Kendall). O teste MV revelou-se sempre mais potente do que os outros dois testes, para qualquer valor da tendência (positiva) ß. A potência do teste Mann-Kendall foi sempre menor. |
id |
UFRGS-2_79a1c2b5783eb57eb130055e35c171b2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/231238 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Clarke, Robin Thomas2021-10-26T04:27:02Z20031414-381Xhttp://hdl.handle.net/10183/231238000381149Os procedimentos hidrológicos extensivamente utilizados no cálculo de eventos com período de retorno de T anos em dados com distribuição Gumbel, supõem que a seqüência dos dados usados para ajustar a distribuição permanece estacionária pelo tempo. Quando se suspeita nãoestacionaridade, seja como conseqüência de mudanças no uso do solo ou no clima, a abordagem comum é testar a significância da tendência por um de dois métodos: regressão linear, que supõe que os dados no registro seguem distribuição Normal cuja média possivelmente varia com tempo; ou um teste não-paramétrico como o de Mann-Kendall, que nada supõe sobre a distribuição populacional. Isto é, a hipótese de distribuição Gumbel para os dados é abandonada temporariamente enquanto se faz o teste de tendência, mas é adotada novamente nos casos em que se constata a tendência não ser significativa. Na seqüência, os eventos de período de retorno T anos são calculados. Isto não parece lógico. O presente trabalho descreve um modelo alternativo no qual a média da distribuição Gumbel possivelmente varia em tempo; supõe-se que a tendência temporal, se existir, pode ser descrita adequadamente por um único parâmetro ß, o qual é estimado a partir de Máxima Verossimilhança (MV). A variância assintótica da estimativa MV, ßMV , é comparada com a variância da tendência ßRL calculada a partir de regressão linear (RL); constatou-se que a variância da estimativa RL é 64% maior. Amostras simuladas por uma distribuição Gumbel padronizada e selecionadas aleatoriamente, foram modificadas pela superposição de tendências lineares e conhecidas de diferentes gradientes, e em seguida foram comparadas às potências de três testes da significância da tendência (Máxima Verossimilhança, Regressão Linear, e o teste não-paramétrico de Mann-Kendall). O teste MV revelou-se sempre mais potente do que os outros dois testes, para qualquer valor da tendência (positiva) ß. A potência do teste Mann-Kendall foi sempre menor.The widely-used hydrological procedures for calculating events with T-year return periods from data that follow a Gumbel distribution assume that the data sequence from which the Gumbel distribution is fitted remains stationary in time. If non-stationarity is suspected, whether as a consequence of changes in land-use practices or climate, it is common practice to test the significance of trend by either of two methods: linear regression, which assumes that data in the record have a Normal distribution with mean value that possibly varies with time; or a non-parametric test such as that of Mann-Kendall, which makes no assumption about the distribution of the data. Thus, the hypothesis that the data are Gumbel-distributed is temporarily abandoned while testing for trend, but is re-adopted if the trend proves to be not significant, when events with T-year return periods are then calculated. This is illogical. The paper describes an alternative model in which the Gumbel distribution has a (possibly) time-variant mean, the time-trend in mean value being determined, for the present purpose, by a single parameter b estimated by Maximum Likelihood (ML). The large-sample variance of the ML estimate MLˆb is compared with the variance of the trend LRˆb calculated by linear regression; the latter is found to be 64% greater. Simulated samples from a standard Gumbel distribution were given superimposed linear trend of different magnitudes, and the power of each of three trend-testing procedures (Maxi- mum Likelihood, Linear Regression, and the non-parametric Mann- Kendall test) were compared. The ML test was always more powerful than either the Linear Regression test, or Mann-Kendall, whatever the (positive) value of the trend b; the power of the MK test was always least, for all values of b.application/pdfporRbrh: revista brasileira de recursos hídricos. Porto Alegre,RS: ABRH. Vol. 8, n. 1(jan./mar. 2003), p. 71-79Dados hidrológicosRegressão linearMaxima verossimilhancaTrendGumbel distributionSignificance testO ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição GumbelFitting and festing the significance of linear trends in Gumbel-distributed data info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000381149.pdf.txt000381149.pdf.txtExtracted Texttext/plain37236http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231238/2/000381149.pdf.txtf39d98e3cbfc85ea2a6aac6b9fd38b78MD52ORIGINAL000381149.pdfTexto completoapplication/pdf253822http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231238/1/000381149.pdf712f5f00735478c9befb4972c23ed2c5MD5110183/2312382021-11-20 05:46:00.887414oai:www.lume.ufrgs.br:10183/231238Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-11-20T07:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
Fitting and festing the significance of linear trends in Gumbel-distributed data |
title |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
spellingShingle |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel Clarke, Robin Thomas Dados hidrológicos Regressão linear Maxima verossimilhanca Trend Gumbel distribution Significance test |
title_short |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
title_full |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
title_fullStr |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
title_full_unstemmed |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
title_sort |
O ajuste e teste da sigificância de tendências lineares em dados com distribuição Gumbel |
author |
Clarke, Robin Thomas |
author_facet |
Clarke, Robin Thomas |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Clarke, Robin Thomas |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dados hidrológicos Regressão linear Maxima verossimilhanca |
topic |
Dados hidrológicos Regressão linear Maxima verossimilhanca Trend Gumbel distribution Significance test |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Trend Gumbel distribution Significance test |
description |
Os procedimentos hidrológicos extensivamente utilizados no cálculo de eventos com período de retorno de T anos em dados com distribuição Gumbel, supõem que a seqüência dos dados usados para ajustar a distribuição permanece estacionária pelo tempo. Quando se suspeita nãoestacionaridade, seja como conseqüência de mudanças no uso do solo ou no clima, a abordagem comum é testar a significância da tendência por um de dois métodos: regressão linear, que supõe que os dados no registro seguem distribuição Normal cuja média possivelmente varia com tempo; ou um teste não-paramétrico como o de Mann-Kendall, que nada supõe sobre a distribuição populacional. Isto é, a hipótese de distribuição Gumbel para os dados é abandonada temporariamente enquanto se faz o teste de tendência, mas é adotada novamente nos casos em que se constata a tendência não ser significativa. Na seqüência, os eventos de período de retorno T anos são calculados. Isto não parece lógico. O presente trabalho descreve um modelo alternativo no qual a média da distribuição Gumbel possivelmente varia em tempo; supõe-se que a tendência temporal, se existir, pode ser descrita adequadamente por um único parâmetro ß, o qual é estimado a partir de Máxima Verossimilhança (MV). A variância assintótica da estimativa MV, ßMV , é comparada com a variância da tendência ßRL calculada a partir de regressão linear (RL); constatou-se que a variância da estimativa RL é 64% maior. Amostras simuladas por uma distribuição Gumbel padronizada e selecionadas aleatoriamente, foram modificadas pela superposição de tendências lineares e conhecidas de diferentes gradientes, e em seguida foram comparadas às potências de três testes da significância da tendência (Máxima Verossimilhança, Regressão Linear, e o teste não-paramétrico de Mann-Kendall). O teste MV revelou-se sempre mais potente do que os outros dois testes, para qualquer valor da tendência (positiva) ß. A potência do teste Mann-Kendall foi sempre menor. |
publishDate |
2003 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2003 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-10-26T04:27:02Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/231238 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1414-381X |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000381149 |
identifier_str_mv |
1414-381X 000381149 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/231238 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Rbrh: revista brasileira de recursos hídricos. Porto Alegre,RS: ABRH. Vol. 8, n. 1(jan./mar. 2003), p. 71-79 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231238/2/000381149.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231238/1/000381149.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f39d98e3cbfc85ea2a6aac6b9fd38b78 712f5f00735478c9befb4972c23ed2c5 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447771968176128 |