Avaliação da imunoexpressão das metaloproteinases 1, 2 e 9 em tumores odontogênicos ceratocísticos associados ou não a síndrome do carcinoma nevóide de células basais e cistos odontogênicos ortoceratinizados
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/183692 |
Resumo: | O tumor odontogênico ceratocístico (TOC) é um tumor de comportamento agressivo e com altas taxas de recidiva. Pode apresentar-se solitário ou múltiplo, sendo esse último muitas vezes relacionado com a Síndrome do Carcinoma Nevóide de Células Basais. Existe ainda uma variante, denominada de cisto odontogênico ortoceratinizado (COO) que não é considerada um tumor por ter comportamento menos agressivo. As metaloproteinases (MMPs) são enzimas envolvidas na degradação da matriz extracelular e com comprovada participação em processos patológicos invasivos. O objetivo desse trabalho foi avaliar comparativamente as propriedades recidivantes de TOCs isolados, associados à síndrome e COOs por meio da expressão imunoistoquímica das metaloproteinases de matriz (MMP-1, MMP-2 e MMP-9) bem como descrever o perfil demográfico das amostras. Foram selecionados 53 casos de TOCs isolados, 20 casos de TOCs associados a Síndrome de Gorlin-Goltz, e 10 casos de COOs e realizadas as marcações imunoistoquímicas para MMP-1, MMP-2 e MMP-9. As lâminas foram analisadas de acordo com o seguinte escore: para as células epiteliais: negativo (-): menos de 5% das células positivas; fraca (+): de 5 a 50% das células positivas e forte (++): mais de 50% das células positivas. Para o estroma: negativo (-): de 0 a 10% das células positivas e positivo (+) para mais de 10% das células positivas. Com relação às marcações imunoistoquímicas, observamos que em células epiteliais a MMP1 e a MMP2 demonstraram marcação forte nas três lesões estudadas, enquanto que a MMP9 mostrou diferença estatisticamente significativa para os escores entre os grupos, sendo associado ao resultado forte em TOCs associados à síndrome e negativo em TOCs isolados. No estroma, a MMP1 foi negativa em TOCs isolados, e positiva em TOCs associados a síndrome e COOs, a MMP2 foi positiva para todas as lesões porém sem diferença estatística, e a MMP9 foi negativa em TOCs isolados e positiva em TOCs associados à síndrome, apresentando diferença estatística entre os grupos estudados. Não houve diferença estatística para as amostras de COO para os 3 marcadores. Com relação aos dados clínicos, observamos que a faixa de idade mais acometida foi de 21-40 anos para TOCs isolados e a faixa de 0-20 anos para TOCs associados a síndrome. A localização mais frequente nas três lesões foi a mandíbula. O TOC associado à Síndrome do Carcinoma de Células Basais apresenta indícios de comportamento mais recidivante se comparado ao TOC isolado ou ao Cisto Odontogênico Ortoceratinizado. Esta observação é reforçada pela análise da imunomarcação de MMP-9 nas três lesões. |
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Moraes, Carolini Morais deSant'Ana Filho, Manoel2018-10-20T03:15:33Z2014http://hdl.handle.net/10183/183692000965824O tumor odontogênico ceratocístico (TOC) é um tumor de comportamento agressivo e com altas taxas de recidiva. Pode apresentar-se solitário ou múltiplo, sendo esse último muitas vezes relacionado com a Síndrome do Carcinoma Nevóide de Células Basais. Existe ainda uma variante, denominada de cisto odontogênico ortoceratinizado (COO) que não é considerada um tumor por ter comportamento menos agressivo. As metaloproteinases (MMPs) são enzimas envolvidas na degradação da matriz extracelular e com comprovada participação em processos patológicos invasivos. O objetivo desse trabalho foi avaliar comparativamente as propriedades recidivantes de TOCs isolados, associados à síndrome e COOs por meio da expressão imunoistoquímica das metaloproteinases de matriz (MMP-1, MMP-2 e MMP-9) bem como descrever o perfil demográfico das amostras. Foram selecionados 53 casos de TOCs isolados, 20 casos de TOCs associados a Síndrome de Gorlin-Goltz, e 10 casos de COOs e realizadas as marcações imunoistoquímicas para MMP-1, MMP-2 e MMP-9. As lâminas foram analisadas de acordo com o seguinte escore: para as células epiteliais: negativo (-): menos de 5% das células positivas; fraca (+): de 5 a 50% das células positivas e forte (++): mais de 50% das células positivas. Para o estroma: negativo (-): de 0 a 10% das células positivas e positivo (+) para mais de 10% das células positivas. Com relação às marcações imunoistoquímicas, observamos que em células epiteliais a MMP1 e a MMP2 demonstraram marcação forte nas três lesões estudadas, enquanto que a MMP9 mostrou diferença estatisticamente significativa para os escores entre os grupos, sendo associado ao resultado forte em TOCs associados à síndrome e negativo em TOCs isolados. No estroma, a MMP1 foi negativa em TOCs isolados, e positiva em TOCs associados a síndrome e COOs, a MMP2 foi positiva para todas as lesões porém sem diferença estatística, e a MMP9 foi negativa em TOCs isolados e positiva em TOCs associados à síndrome, apresentando diferença estatística entre os grupos estudados. Não houve diferença estatística para as amostras de COO para os 3 marcadores. Com relação aos dados clínicos, observamos que a faixa de idade mais acometida foi de 21-40 anos para TOCs isolados e a faixa de 0-20 anos para TOCs associados a síndrome. A localização mais frequente nas três lesões foi a mandíbula. O TOC associado à Síndrome do Carcinoma de Células Basais apresenta indícios de comportamento mais recidivante se comparado ao TOC isolado ou ao Cisto Odontogênico Ortoceratinizado. Esta observação é reforçada pela análise da imunomarcação de MMP-9 nas três lesões.The keratocystic odontogenic tumor (KOT) is an aggressive tumor with high recurrence rates. It can appear as a solitary or a multiple lesion, the latter often being associated with the nevoid basal cell carcinoma syndrome or Gorlin-Goltz Syndrome. There is also a variant called orthokeratinized odontogenic cyst (OOC) that is not a tumor because its less aggressive. The matrix metalloproteinases (MMPs) are enzymes involved in degradation of extracellular matrix with proven involvement in invasive pathologic processes. The aim of this study was to comparatively evaluate recurrent properties of TOCs isolates or associated with the syndrome and COOs through immunohistochemical expression of matrix metalloproteinases (MMP-1, MMP-2 and MMP-9) as well as to profile sample population. 53 cases of isolated TOCs, 20 cases of TOCs associated with Gorlin-Goltz syndrome, and 10 cases of COOs of Oral Pathology Laboratory FO-UFRGS and the University de La Republic (Montevideo, Uruguay). The immunohistochemical makers for MMP-1, MMP-2 and MMP-9 were perfomed. Slides were analysed by two examiners according to the following score: for the epithelial cells: negative (-): less than 5% of positive cells, Weak (+) 5 to 50% of positive cells, and strong (++): more than 50% of positive cells. For stromal: negative (-): 0 to 10% of positive cells and positive (+): more than 10% of positive cells. We found that epithelial cells in the MMP1 and MMP2 had strong staining in three lesions studied, whereas MMP9 showed statistical significance between the groups, it was associated to the strong result in syndromic TOCs and negative result in isolated TOCs.In the stroma, the MMP1 was negative in isolated TOCs, and positive in syndromic TOCs and COOs, MMP2 was positive for all lesions but it was not statistically significant, and MMP9 was negative in isolated TOCs and positive in syndromic TOCs with a significant difference between the groups. There was no statistical difference for samples of COO for the three markers. About the clinical data, we observed that the most affected age range was 21-40 years for isolated TOCs and the range of 0-20 years for syndromic ones. The lesions most frequent location in the three lesions were the lower jaw. The TOC syndromic shows signs of more recurrent behavior compared to isolated TOC or orthokeratinized odontogenic cyst. This observation is reinforced by the analysis of immunostaining of MMP-9 in all three lesions.application/pdfporPatologia bucalCistosTumores : OdontogenicosMetaloproteinases da matrizKeratocystic odontogenic tumorSyndrome of basal cell carcinomaMatrix metalloproteinasesAvaliação da imunoexpressão das metaloproteinases 1, 2 e 9 em tumores odontogênicos ceratocísticos associados ou não a síndrome do carcinoma nevóide de células basais e cistos odontogênicos ortoceratinizadosImmunoexpression evaluation of matrix metalloproteinases 1, 2 and 9 in keratocyst odontogenic tumor associated or not with nevoid basak cekk carcinoma syndrome and orthokeratinized odontogenic cyst info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2014Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000965824.pdfTexto completoapplication/pdf951680http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183692/1/000965824.pdfb81756114d0f536b48042d80094032cfMD51TEXT000965824.pdf.txt000965824.pdf.txtExtracted Texttext/plain68733http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183692/2/000965824.pdf.txtf660c5456dd2d85e8a51d7287b31afb4MD52THUMBNAIL000965824.pdf.jpg000965824.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1060http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183692/3/000965824.pdf.jpgf831c0a2d870f23d93f4e59025f18647MD5310183/1836922018-10-22 07:18:03.285oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183692Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T10:18:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O tumor odontogênico ceratocístico (TOC) é um tumor de comportamento agressivo e com altas taxas de recidiva. Pode apresentar-se solitário ou múltiplo, sendo esse último muitas vezes relacionado com a Síndrome do Carcinoma Nevóide de Células Basais. Existe ainda uma variante, denominada de cisto odontogênico ortoceratinizado (COO) que não é considerada um tumor por ter comportamento menos agressivo. As metaloproteinases (MMPs) são enzimas envolvidas na degradação da matriz extracelular e com comprovada participação em processos patológicos invasivos. O objetivo desse trabalho foi avaliar comparativamente as propriedades recidivantes de TOCs isolados, associados à síndrome e COOs por meio da expressão imunoistoquímica das metaloproteinases de matriz (MMP-1, MMP-2 e MMP-9) bem como descrever o perfil demográfico das amostras. Foram selecionados 53 casos de TOCs isolados, 20 casos de TOCs associados a Síndrome de Gorlin-Goltz, e 10 casos de COOs e realizadas as marcações imunoistoquímicas para MMP-1, MMP-2 e MMP-9. As lâminas foram analisadas de acordo com o seguinte escore: para as células epiteliais: negativo (-): menos de 5% das células positivas; fraca (+): de 5 a 50% das células positivas e forte (++): mais de 50% das células positivas. Para o estroma: negativo (-): de 0 a 10% das células positivas e positivo (+) para mais de 10% das células positivas. Com relação às marcações imunoistoquímicas, observamos que em células epiteliais a MMP1 e a MMP2 demonstraram marcação forte nas três lesões estudadas, enquanto que a MMP9 mostrou diferença estatisticamente significativa para os escores entre os grupos, sendo associado ao resultado forte em TOCs associados à síndrome e negativo em TOCs isolados. No estroma, a MMP1 foi negativa em TOCs isolados, e positiva em TOCs associados a síndrome e COOs, a MMP2 foi positiva para todas as lesões porém sem diferença estatística, e a MMP9 foi negativa em TOCs isolados e positiva em TOCs associados à síndrome, apresentando diferença estatística entre os grupos estudados. Não houve diferença estatística para as amostras de COO para os 3 marcadores. Com relação aos dados clínicos, observamos que a faixa de idade mais acometida foi de 21-40 anos para TOCs isolados e a faixa de 0-20 anos para TOCs associados a síndrome. A localização mais frequente nas três lesões foi a mandíbula. O TOC associado à Síndrome do Carcinoma de Células Basais apresenta indícios de comportamento mais recidivante se comparado ao TOC isolado ou ao Cisto Odontogênico Ortoceratinizado. Esta observação é reforçada pela análise da imunomarcação de MMP-9 nas três lesões. |
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