“Né que quando a gente morre a gente não vira estrela?”: a temática da morte na literatura infantil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/88138 |
Resumo: | A presente pesquisa emerge a partir de inquietações pessoais acerca da temática da morte. Com ênfase na literatura infantil, o objetivo é analisar a produção literária para crianças,notadamente,materiais que abordam a morte. O referencial teórico da pesquisa está sustentado em discussões de três conceitos fundamentais: literatura infantil, criança e imagem – sobretudo, a partir de autores como Zilberman (1985), Paiva (2008), Corazza (1996) e Cunha (2004). Metodologicamente, foram selecionados dois livros da literatura infantil para comporem o corpus da pesquisa: O coração e a garrafa, de Oliver Jeffers (2012) e Lino,de André Neves (2011).O critério de escolha das obras assumiu materiais que visavam romper com estereótipos mais recorrentes na literatura infantil em relação ao tratamento do tema. Ou seja, o critério foi o de livros que apresentassem narrativas que escapassem de abordagens com ênfase em fórmulas convencionais (“virou estrelinha”) ou que tomavam a morte como exclusivo da velhice (PAIVA, 2008). A análise das obras aponta para a potencialidade de materiais que compõem as histórias por meio de certos elementos: primeiro, o uso metafórico-lírico do tema, operando com uma linguagem que conduz o leitor à imaginação, convidando-o a exercer outra relação texto-imagem – que não aquela da ordem do previsível; segundo, o (não) silenciamento da morte, pois estas obras não abordam a morte explicitamente, mas potencializam o uso metafórico do tema; terceiro, a ênfase num final não “consolador”, mas que, antes, abre-se em direção a outras conclusões por meio de uma tessitura texto-imagem que sugere conclusões para além do previsível e, assim, investe no lugar incerto instalado pela ausência. |
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