Doença do disco intervertebral cervical em cães

• Autor(a) principal: Cesca, Patrícia Helena
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/193723
• topic: Neurologia veterinária; Degeneração do disco intervertebral; Cães; Dogs; Clinical Signs; Treatment; Diagnosis; Intervertebral Disk

A Doença do Disco Intervertebral (DDIV) cervical é responsável por 14% a 25% dos distúrbios do disco intervertebral em cães. As raças pequenas e condrodistróficas compõem o maior grupo de risco: dachshund, poodle miniatura e beagle são os mais acometidos e apresentam, na maioria das vezes, a extrusão de disco (Hansen tipo I), onde o núcleo pulposo degenerado precocemente, extrui para o canal medular, causando compressão da medula espinhal ou de raízes nervosas em animais jovens. Já a protrusão discal ocorre quando parte do disco, principalmente do anulo fibroso, adentra o canal medular de forma lenta e progressiva, processo denominado de Hansen tipo II. Há um terceiro tipo de apresentação, na qual a lesão na medula ocorre por concussão e não por compressão. Nesses casos, o núcleo é expelido explosivamente através do anel fibroso podendo ser observado por ressonância magnética e não existe uma degeneração preexistente no disco, sendo denominado de ‘prolapso traumático de disco’. A sintomatologia varia conforme o tipo de lesão, gravidade da contusão, quantidade de material no canal, tempo de início dos sinais clínicos e grau de compressão da medula espinhal. A dor cervical costuma ser o sinal clínico mais significativo em casos de DDIV cervical, e o diagnóstico é baseado no histórico e na sintomatologia apresentados, na avaliação neurológica precisa, bem como em exames complementares de imagem (radiografia, mielografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética). O tratamento pode ser conservador (clínico) ou cirúrgico. No tratamento clínico, o paciente é submetido a um repouso rigoroso, podendo também ser administrados medicamentos anti-inflamatórios e/ou analgésicos. No tratamento cirúrgico, a principal abordagem para a região da coluna cervical é a ventral, sendo técnica de slot ventral, a mais utilizada.