Comparação entre as características do sêmen humano preservado a +4°C e -196°C por 24 horas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mattos, Ana Luiza Gelpi
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Bos-Mikich, Adriana, Gigante, Luciana Petrucci, Gonçalves, Danielle de Oliveira, Benchaya, Sarah Santos, Ferrari, Arnaldo Nicola
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/62002
Resumo: Objetivos: avaliar as características do sêmen humano preservado a +4oC e a –196oC por 24 h e determinar a técnica ideal para utilização em procedimentos específicos. Métodos: amostras de sêmen de 24 voluntários foram analisadas após a coleta e divididas em duas alíquotas, uma resfriada em a +4oC e outra congelada a -196oC. As amostras foram mantidas em baixas temperaturas por 24 h e então em temperatura ambiente por 30 minutos (T1), capacitadas (T2) e incubadas a +37oC por 90 minutos (T3), sendo avaliadas quanto à concentração e motilidade progressiva em T1, T2 e T3. Para análise dos resultados obtidos com as duas diferentes técnicas foi utilizado o Modelo Linear Geral e para análise dos dados obtidos com a mesma técnica, em dois diferentes momentos de observação, foi utilizado o teste de Wilcoxon (a de 5% e p<0,05). Resultados: houve perda de dados em uma amostra de sêmen fresco, em uma amostra após preservação, em 5 amostras após capacitação e em duas amostras após incubação. A média do número total de espermatozóides móveis/mL (NTEM) nas amostras de sêmen fresco foi 39,7 milhões (1,3-104,0). Após preservação, o NTEM médio no sêmen resfriado foi 9,6 milhões (0-37,4) e no congelado 8,7 milhões (0-41,2). Após capacitação, o NTEM médio foi 5,4 milhões no sêmen resfriado (0-21,7) e no congelado (0-28). Após incubação, o NTEM médio no sêmen resfriado foi 9,8 milhões (0-40,5) e no congelado 4,4 milhões (0-25,6). Não houve diferença significativa (p>0,05) quanto à concentração, motilidade e NTEM entre as técnicas nos três momentos de observação. Tampouco houve diferença entre as variáveis após capacitação e após incubação no sêmen resfriado, mas, no congelado, a concentração foi significativamente superior após capacitação. Conclusões: embora a concentração e a motilidade progressiva não tenham diferido em ambas as técnicas, sugere-se o uso do resfriamento em procedimentos específicos a curto prazo, devido à simplicidade e baixo custo. Quando o sêmen congelado for necessário, recomenda-se a utilização logo após a capacitação para evitar redução da qualidade do mesmo.
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spelling Mattos, Ana Luiza GelpiBos-Mikich, AdrianaGigante, Luciana PetrucciGonçalves, Danielle de OliveiraBenchaya, Sarah SantosFerrari, Arnaldo Nicola2012-12-21T01:35:54Z20030100-7203http://hdl.handle.net/10183/62002000711238Objetivos: avaliar as características do sêmen humano preservado a +4oC e a –196oC por 24 h e determinar a técnica ideal para utilização em procedimentos específicos. Métodos: amostras de sêmen de 24 voluntários foram analisadas após a coleta e divididas em duas alíquotas, uma resfriada em a +4oC e outra congelada a -196oC. As amostras foram mantidas em baixas temperaturas por 24 h e então em temperatura ambiente por 30 minutos (T1), capacitadas (T2) e incubadas a +37oC por 90 minutos (T3), sendo avaliadas quanto à concentração e motilidade progressiva em T1, T2 e T3. Para análise dos resultados obtidos com as duas diferentes técnicas foi utilizado o Modelo Linear Geral e para análise dos dados obtidos com a mesma técnica, em dois diferentes momentos de observação, foi utilizado o teste de Wilcoxon (a de 5% e p<0,05). Resultados: houve perda de dados em uma amostra de sêmen fresco, em uma amostra após preservação, em 5 amostras após capacitação e em duas amostras após incubação. A média do número total de espermatozóides móveis/mL (NTEM) nas amostras de sêmen fresco foi 39,7 milhões (1,3-104,0). Após preservação, o NTEM médio no sêmen resfriado foi 9,6 milhões (0-37,4) e no congelado 8,7 milhões (0-41,2). Após capacitação, o NTEM médio foi 5,4 milhões no sêmen resfriado (0-21,7) e no congelado (0-28). Após incubação, o NTEM médio no sêmen resfriado foi 9,8 milhões (0-40,5) e no congelado 4,4 milhões (0-25,6). Não houve diferença significativa (p>0,05) quanto à concentração, motilidade e NTEM entre as técnicas nos três momentos de observação. Tampouco houve diferença entre as variáveis após capacitação e após incubação no sêmen resfriado, mas, no congelado, a concentração foi significativamente superior após capacitação. Conclusões: embora a concentração e a motilidade progressiva não tenham diferido em ambas as técnicas, sugere-se o uso do resfriamento em procedimentos específicos a curto prazo, devido à simplicidade e baixo custo. Quando o sêmen congelado for necessário, recomenda-se a utilização logo após a capacitação para evitar redução da qualidade do mesmo.Purpose: to compare the characteristics of human semen preserved at +4oC and at –196oC for 24 h and to determine which technique is indicated for use in specific procedures. Methods: semen samples of 24 voluntaries were analyzed after collection and divided into two aliquots, one of them cooled (+4oC) and the other frozen (–196oC). Samples were kept at low temperatures for 24 h and then at room temperature for 30 minutes (T1), capacitated (T2) and kept at +37oC for 90 minutes (T3), being analyzed regarding count and progressive motility at T1, T2 and T3. The General Linear Model was used to analyze results obtained with different techniques, while Wilcoxon’s test was used to compare results obtained in two different moments using the same technique ( a = 5% e p<0,05). Results: data were missed in one fresh semen sample, in one sample after preservation, in five samples after capacitation and in two samples after incubation. The average number of total motile sperm/mL (NTMS) in fresh semen was 39.7 million (1.3-104.0). After preservation, the average NTMS in cooled semen was 9.6 million (0-37.4) and in frozen semen 8.7 million (0-41.2). After capacitation, the average NTMS was 5.4 million either in cooled (0-21.7), or in frozen semen (0-28). After incubation, the average NTMS in cooled semen was 9.8 million (0-40.5) and in frozen 4.4 million (0-25.6). Concerning count, progressive motility and NTMS, there was no significant difference (p>0,05) between techniques in the three moments of observation. In cooled samples, there was no difference between variables after capacitation and after incubation, but, in frozen semen, count was significantly greater after capacitation. Conclusions: although there has been no significant difference between semen count and progressive motility in both techniques, the use of cooled semen is recommended for specific procedures within a short time period due to its simplicity and low cost. When frozen semen is necessary, we recommend its use soon after capacitation in order to avoid loss in quality.application/pdfporRevista brasileira de ginecologia & obstetrícia. Rio de Janeiro. Vol. 25, no.10 (out. 2003), p.711-715SêmenInfertilidadeEspermatozóidesHuman spermInfertilitySpermatozoa CapacitationComparação entre as características do sêmen humano preservado a +4°C e -196°C por 24 horasComparison betwen the characteristics of human semen preserved at +4ºC and - 196°C for 24 hours info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000711238.pdf000711238.pdfTexto completoapplication/pdf370088http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62002/1/000711238.pdf8bcffc72d2248295d22eb67d876ae2a0MD51TEXT000711238.pdf.txt000711238.pdf.txtExtracted Texttext/plain22510http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62002/2/000711238.pdf.txt5a1880f6487467d6536543880f354ea6MD52THUMBNAIL000711238.pdf.jpg000711238.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1671http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62002/3/000711238.pdf.jpgc78f03eef3567cf0d0e2e72028bfb0e4MD5310183/620022019-01-11 04:11:09.639175oai:www.lume.ufrgs.br:10183/62002Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-01-11T06:11:09Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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