As dimensões antropológicas do aborto
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/177559 |
Resumo: | Baseado na literatura que mapeia o que a pesquisa antropológica registrou sobre o aborto em diferentes sociedades, Luc Boltanski estabelece um conjunto de características invariáveis. Não há sociedade humana que não conheça a possibilidade de interrupção voluntária da gravidez. Embora seja alvo de uma condenação geral, a prática é tolerada, sendo identificada como algo em relação ao que cabe “fechar os olhos”. E, em especial, o aborto sofre de um “déficit de representação”. Raras vezes aparece em narrativas ou em imagens, ao contrário, por exemplo, do nascimento, da morte ou mesmo do suicídio. O aborto também não está associado a qualquer forma de ritual ou simbolismo. Essa característica é essencial para o autor explicar sua posição no processo de engendramento de novos seres humanos singulares, que é um processo tanto biológico quanto simbólico. |
id |
UFRGS-2_7d7bcfd58eae0c343de06bec5622a615 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/177559 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Boltanski, LucReuillard, Patrícia Chittoni RamosMiguel, Luis Felipe2018-05-05T03:15:54Z20120103-3352http://hdl.handle.net/10183/177559000835742Baseado na literatura que mapeia o que a pesquisa antropológica registrou sobre o aborto em diferentes sociedades, Luc Boltanski estabelece um conjunto de características invariáveis. Não há sociedade humana que não conheça a possibilidade de interrupção voluntária da gravidez. Embora seja alvo de uma condenação geral, a prática é tolerada, sendo identificada como algo em relação ao que cabe “fechar os olhos”. E, em especial, o aborto sofre de um “déficit de representação”. Raras vezes aparece em narrativas ou em imagens, ao contrário, por exemplo, do nascimento, da morte ou mesmo do suicídio. O aborto também não está associado a qualquer forma de ritual ou simbolismo. Essa característica é essencial para o autor explicar sua posição no processo de engendramento de novos seres humanos singulares, que é um processo tanto biológico quanto simbólico.Based on literature mapping out what anthropological research has recorded about abortion in different societies, Luc Boltanski establishes a set of unchanging characteristics. There is no human society unaware of the possibility of voluntarily interrupting pregnancy. Although it is the target of general condemnation, the practice is tolerated, being identified as something on which to “turn a blind eye.” Particularly, abortion suffers from a representational “deficit”. It rarely appears in narratives or images – differently from, for instance, birth, death or even suicide. Furthermore, abortion is not associated to any form of ritual or symbolism. Such trait is essential for the author to explain his stance on the process of engendering new unique human beings, which is both a biological and s symbolic process.application/pdfporRevista brasileira de ciência política. Brasília, DF. N. 7 (jan./abr. 2012), p. 205-245AbortoRepresentaçãoAbortionEngenderingRepresentationsAs dimensões antropológicas do abortoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000835742.pdf000835742.pdfTexto completoapplication/pdf453814http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177559/1/000835742.pdfb8718006dd3e66dcd9fe007839ece1b7MD51TEXT000835742.pdf.txt000835742.pdf.txtExtracted Texttext/plain114775http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177559/2/000835742.pdf.txt4d0f58d1c0e293384b8547335749dbdbMD5210183/1775592023-04-27 03:29:47.088075oai:www.lume.ufrgs.br:10183/177559Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-27T06:29:47Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
As dimensões antropológicas do aborto |
title |
As dimensões antropológicas do aborto |
spellingShingle |
As dimensões antropológicas do aborto Boltanski, Luc Aborto Representação Abortion Engendering Representations |
title_short |
As dimensões antropológicas do aborto |
title_full |
As dimensões antropológicas do aborto |
title_fullStr |
As dimensões antropológicas do aborto |
title_full_unstemmed |
As dimensões antropológicas do aborto |
title_sort |
As dimensões antropológicas do aborto |
author |
Boltanski, Luc |
author_facet |
Boltanski, Luc Reuillard, Patrícia Chittoni Ramos Miguel, Luis Felipe |
author_role |
author |
author2 |
Reuillard, Patrícia Chittoni Ramos Miguel, Luis Felipe |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Boltanski, Luc Reuillard, Patrícia Chittoni Ramos Miguel, Luis Felipe |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Aborto Representação |
topic |
Aborto Representação Abortion Engendering Representations |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Abortion Engendering Representations |
description |
Baseado na literatura que mapeia o que a pesquisa antropológica registrou sobre o aborto em diferentes sociedades, Luc Boltanski estabelece um conjunto de características invariáveis. Não há sociedade humana que não conheça a possibilidade de interrupção voluntária da gravidez. Embora seja alvo de uma condenação geral, a prática é tolerada, sendo identificada como algo em relação ao que cabe “fechar os olhos”. E, em especial, o aborto sofre de um “déficit de representação”. Raras vezes aparece em narrativas ou em imagens, ao contrário, por exemplo, do nascimento, da morte ou mesmo do suicídio. O aborto também não está associado a qualquer forma de ritual ou simbolismo. Essa característica é essencial para o autor explicar sua posição no processo de engendramento de novos seres humanos singulares, que é um processo tanto biológico quanto simbólico. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-05-05T03:15:54Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/177559 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0103-3352 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000835742 |
identifier_str_mv |
0103-3352 000835742 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/177559 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista brasileira de ciência política. Brasília, DF. N. 7 (jan./abr. 2012), p. 205-245 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177559/1/000835742.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177559/2/000835742.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b8718006dd3e66dcd9fe007839ece1b7 4d0f58d1c0e293384b8547335749dbdb |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224943351889920 |