Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/193713 |
Resumo: | A eletroencefalografia (EEG) é uma técnica de eletrodiagnóstico que registra a atividade elétrica encefálica através da colocação de eletrodos em determinadas regiões do crânio. A fim de compreender este exame, é importante um conhecimento prévio de conceitos básicos de eletrofisiologia cerebral. Existem diversas formas de realizar um EEG, variações incluem o tipo e o número de eletrodos, a sua localização e a forma de contenção do paciente, por exemplo. A interpretação do traçado eletroencefalográfico é, naturalmente, subjetiva. Para que a mesma seja confiável e completa, é necessário um avaliador experiente e que conheça as variáveis que podem influenciar no registro, como o estado de consciência, o uso de fármacos e a idade do animal. Apesar de ser menos utilizada hoje em dia, principalmente devido ao acesso crescente a métodos de diagnóstico por imagem avançados como a Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM), esta técnica é a única que avalia a função cerebral e, por isso, continua sendo uma ferramenta importante e útil na rotina do neurologista veterinário. Dentre as suas aplicações, pode-se ressaltar que é um exame complementar no diagnóstico da epilepsia, enfermidade bastante comum na clínica de pequenos animais. Crises epilépticas podem se apresentar de formas bastante distintas, por esta razão, diferenciá-las de outros eventos de natureza paroxística pode ser um verdadeiro desafio e, muitas vezes, é possível apenas com o auxílio do eletroencefalograma. Outras aplicações incluem o diagnóstico e o tratamento de status epilepticus (SE), monitoração anestésica e de pacientes comatosos, a determinação de morte cerebral e a investigação diagnóstica de afecções como a hidrocefalia, encefalites, encefalopatias metabólicas e neoplasias. Como qualquer outra, esta técnica apresenta limitações, principalmente referentes à falta de padronização da mesma e à sua interpretação, que é avaliador-dependente. Este trabalho tem o objetivo de realizar uma revisão da literatura disponível no que tange à eletroencefalografia na Medicina Veterinária visando expor um panorama básico a respeito da técnica, de forma a fomentar o seu uso como ferramenta auxiliar no diagnóstico e tratamento de diferentes enfermidades neurológicas. |
id |
UFRGS-2_8081d23e7f3cf08f79eec56767a8e81a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193713 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Vieira, Gabriela PatuléDalto, André Gustavo Cabrera2019-05-03T02:34:25Z2018http://hdl.handle.net/10183/193713001092160A eletroencefalografia (EEG) é uma técnica de eletrodiagnóstico que registra a atividade elétrica encefálica através da colocação de eletrodos em determinadas regiões do crânio. A fim de compreender este exame, é importante um conhecimento prévio de conceitos básicos de eletrofisiologia cerebral. Existem diversas formas de realizar um EEG, variações incluem o tipo e o número de eletrodos, a sua localização e a forma de contenção do paciente, por exemplo. A interpretação do traçado eletroencefalográfico é, naturalmente, subjetiva. Para que a mesma seja confiável e completa, é necessário um avaliador experiente e que conheça as variáveis que podem influenciar no registro, como o estado de consciência, o uso de fármacos e a idade do animal. Apesar de ser menos utilizada hoje em dia, principalmente devido ao acesso crescente a métodos de diagnóstico por imagem avançados como a Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM), esta técnica é a única que avalia a função cerebral e, por isso, continua sendo uma ferramenta importante e útil na rotina do neurologista veterinário. Dentre as suas aplicações, pode-se ressaltar que é um exame complementar no diagnóstico da epilepsia, enfermidade bastante comum na clínica de pequenos animais. Crises epilépticas podem se apresentar de formas bastante distintas, por esta razão, diferenciá-las de outros eventos de natureza paroxística pode ser um verdadeiro desafio e, muitas vezes, é possível apenas com o auxílio do eletroencefalograma. Outras aplicações incluem o diagnóstico e o tratamento de status epilepticus (SE), monitoração anestésica e de pacientes comatosos, a determinação de morte cerebral e a investigação diagnóstica de afecções como a hidrocefalia, encefalites, encefalopatias metabólicas e neoplasias. Como qualquer outra, esta técnica apresenta limitações, principalmente referentes à falta de padronização da mesma e à sua interpretação, que é avaliador-dependente. Este trabalho tem o objetivo de realizar uma revisão da literatura disponível no que tange à eletroencefalografia na Medicina Veterinária visando expor um panorama básico a respeito da técnica, de forma a fomentar o seu uso como ferramenta auxiliar no diagnóstico e tratamento de diferentes enfermidades neurológicas.Electroencephalography (EEG) is an electrodiagnostic technique which registers brain’s electrical activity through the application of electrodes in certain areas of the skull. In order to understand this exam, a previous knowledge of basic electrophysiology concepts is needed. There are several ways of performing an EEG, variations include the type and number of electrodes, their localization and method of patient handling, for example. The interpretation of the electroencephalographic tracing is, inherently, subjective. A reliable and complete result requires experience and comprehension of the factors that might affect the register, such as the vigilance state, the drugs administered and the age of the animal. Despite being less employed nowadays, mostly due to the growing access to advanced diagnostic imaging techniques such as the Computed Tomography and the Magnetic Resonance Imaging, this technique is the only one capable of evaluating brain function and, therefore, remains an important and useful tool for the veterinary neurologist. Among its applications, it is worth highlighting that it is a complimentary exam in the diagnosis of epilepsy, a very common disease in the small animal clinical practice. Epileptic seizures may present in many distinct ways, for that reason, distinguishing them from other events of paroxystic nature may be a real challenge and, sometimes, only possible through the encephalogram. Other applications comprise the diagnosis and treatment of status epilepticus, anesthetic and coma monitoring, determination of brain death and the diagnostic investigation of affections like hydrocephalus, encephalitis, metabolic encephalopathies and neoplasia. As any other, this technique has some limitations, particularly referring to its lack of standardization and its evaluator-dependent interpretation. The objective of this is study is to conduct a review of the available literature in the topic of electroencephalography in veterinary medicine aiming to provide a basic overview of the subject, so that this technique can be more applied as an ancillary tool on the diagnosis and treatment of many neurological affections.application/pdfporEletroencefalografiaEletrodiagnosticoElectrodiagnosticElectrical brain activityVeterinary neurologyEpilepsyEEGEletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográficainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2018/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001092160.pdf.txt001092160.pdf.txtExtracted Texttext/plain122408http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193713/2/001092160.pdf.txt0d18acfeae4604ddb3cb1c3265510f0eMD52ORIGINAL001092160.pdfTexto completoapplication/pdf820140http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193713/1/001092160.pdf77527c8cfeed1f924bf4cfea1675543cMD5110183/1937132019-05-04 02:36:06.365982oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193713Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-05-04T05:36:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
title |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
spellingShingle |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica Vieira, Gabriela Patulé Eletroencefalografia Eletrodiagnostico Electrodiagnostic Electrical brain activity Veterinary neurology Epilepsy EEG |
title_short |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
title_full |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
title_fullStr |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
title_full_unstemmed |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
title_sort |
Eletroencefalografia na medicina veterinária : revisão bibliográfica |
author |
Vieira, Gabriela Patulé |
author_facet |
Vieira, Gabriela Patulé |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vieira, Gabriela Patulé |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Dalto, André Gustavo Cabrera |
contributor_str_mv |
Dalto, André Gustavo Cabrera |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Eletroencefalografia Eletrodiagnostico |
topic |
Eletroencefalografia Eletrodiagnostico Electrodiagnostic Electrical brain activity Veterinary neurology Epilepsy EEG |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Electrodiagnostic Electrical brain activity Veterinary neurology Epilepsy EEG |
description |
A eletroencefalografia (EEG) é uma técnica de eletrodiagnóstico que registra a atividade elétrica encefálica através da colocação de eletrodos em determinadas regiões do crânio. A fim de compreender este exame, é importante um conhecimento prévio de conceitos básicos de eletrofisiologia cerebral. Existem diversas formas de realizar um EEG, variações incluem o tipo e o número de eletrodos, a sua localização e a forma de contenção do paciente, por exemplo. A interpretação do traçado eletroencefalográfico é, naturalmente, subjetiva. Para que a mesma seja confiável e completa, é necessário um avaliador experiente e que conheça as variáveis que podem influenciar no registro, como o estado de consciência, o uso de fármacos e a idade do animal. Apesar de ser menos utilizada hoje em dia, principalmente devido ao acesso crescente a métodos de diagnóstico por imagem avançados como a Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM), esta técnica é a única que avalia a função cerebral e, por isso, continua sendo uma ferramenta importante e útil na rotina do neurologista veterinário. Dentre as suas aplicações, pode-se ressaltar que é um exame complementar no diagnóstico da epilepsia, enfermidade bastante comum na clínica de pequenos animais. Crises epilépticas podem se apresentar de formas bastante distintas, por esta razão, diferenciá-las de outros eventos de natureza paroxística pode ser um verdadeiro desafio e, muitas vezes, é possível apenas com o auxílio do eletroencefalograma. Outras aplicações incluem o diagnóstico e o tratamento de status epilepticus (SE), monitoração anestésica e de pacientes comatosos, a determinação de morte cerebral e a investigação diagnóstica de afecções como a hidrocefalia, encefalites, encefalopatias metabólicas e neoplasias. Como qualquer outra, esta técnica apresenta limitações, principalmente referentes à falta de padronização da mesma e à sua interpretação, que é avaliador-dependente. Este trabalho tem o objetivo de realizar uma revisão da literatura disponível no que tange à eletroencefalografia na Medicina Veterinária visando expor um panorama básico a respeito da técnica, de forma a fomentar o seu uso como ferramenta auxiliar no diagnóstico e tratamento de diferentes enfermidades neurológicas. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-05-03T02:34:25Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/193713 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001092160 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/193713 |
identifier_str_mv |
001092160 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193713/2/001092160.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193713/1/001092160.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0d18acfeae4604ddb3cb1c3265510f0e 77527c8cfeed1f924bf4cfea1675543c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447241424371712 |