Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/193800 |
Resumo: | O artigo faz uma análise comparativa entre o significado do trabalho prisional e o significado do trabalho realizado por homens livres. Para tanto, traz a experiência do DETRAN-RS na aplicação de ferramentas gerenciais ao trabalho de sentenciados oriundos dos regimes aberto e semi-aberto, uma iniciativa pioneira no Estado. Tal experiência buscou aproximar a realidade laboral dos apenados da realidade dos demais trabalhadores da instituição. Foi realizada uma pesquisa-ação e uma revisão da literatura crítica sobre o tema. Conclui-se que o mundo corporativo da nova economia não favorece a criação de vínculos e de identidade entre os membros, não sendo um modelo adequado de reinserção social pelo trabalho estável e aderência a rotinas. A estrutura oferecida pelo DETRANRS, mais próxima das burocracias tradicionais, oferece estas possibilidades. A submissão a controles, avaliações e normas preestabelecidas, típica dos modelos clássicos de administração e imprescindível no sistema carcerário, foi avaliada positivamente pelos sentenciados e considerada como forma de valorização profissional. |
id |
UFRGS-2_80f366c7bf6a9ee5be2370d68e58efb8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193800 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Costa, Silvia Generali daBratkowski, Pedro Luiz da Silva2019-05-04T02:35:29Z20071415-6555http://hdl.handle.net/10183/193800000599792O artigo faz uma análise comparativa entre o significado do trabalho prisional e o significado do trabalho realizado por homens livres. Para tanto, traz a experiência do DETRAN-RS na aplicação de ferramentas gerenciais ao trabalho de sentenciados oriundos dos regimes aberto e semi-aberto, uma iniciativa pioneira no Estado. Tal experiência buscou aproximar a realidade laboral dos apenados da realidade dos demais trabalhadores da instituição. Foi realizada uma pesquisa-ação e uma revisão da literatura crítica sobre o tema. Conclui-se que o mundo corporativo da nova economia não favorece a criação de vínculos e de identidade entre os membros, não sendo um modelo adequado de reinserção social pelo trabalho estável e aderência a rotinas. A estrutura oferecida pelo DETRANRS, mais próxima das burocracias tradicionais, oferece estas possibilidades. A submissão a controles, avaliações e normas preestabelecidas, típica dos modelos clássicos de administração e imprescindível no sistema carcerário, foi avaliada positivamente pelos sentenciados e considerada como forma de valorização profissional.The article makes a comparative analysis between the meanings of prison work and free work. For that purpose, it brings the experience of DETRAN-RS at applying management tools to the work of prison inmates serving sentences in open and semi-open regime. This is a pioneer initiative in the state. Such experience sought to approximate the labor reality of prison inmates to the reality of other workers in the institution. An action survey and a review of critical literature on the subject were performed. The conclusion is that the corporate world of the new economy does not favor the creation of links and identity among members, thus not being an adequate model of social reinsertion via stable work and adoption of a routine. Being closer to traditional bureaucracies, the DETRANRS structure offers such possibilities. The submission to control, assessment and pre-established norms, typical of classical management models and essential in the prison system, was positively evaluated by convicts and seen as a way of professional valorization.application/pdfporRevista de administração contemporânea. Rio de Janeiro. Vol. 11, n. 3 (jul./set. 2007), p. 127-147Trabalho prisionalCapitalismo flexívelTrabalho : SignificadoPreso : TrabalhoInclusão socialSentido do trabalhoPrison workFlexible capitalismMeaning of workParadoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RSPrison work paradoxes in the era of flexible capitalism : the case of Detran-RSinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000599792.pdf.txt000599792.pdf.txtExtracted Texttext/plain55774http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193800/2/000599792.pdf.txt9bc18e5f48dd024e7dc7392980fd5819MD52ORIGINAL000599792.pdfTexto completoapplication/pdf99558http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193800/1/000599792.pdf043556d70390058e3573d2d8a57dfc20MD5110183/1938002019-05-05 02:33:15.954815oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193800Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-05-05T05:33:15Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Prison work paradoxes in the era of flexible capitalism : the case of Detran-RS |
title |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
spellingShingle |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS Costa, Silvia Generali da Trabalho prisional Capitalismo flexível Trabalho : Significado Preso : Trabalho Inclusão social Sentido do trabalho Prison work Flexible capitalism Meaning of work |
title_short |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
title_full |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
title_fullStr |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
title_full_unstemmed |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
title_sort |
Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível : o caso do Detran-RS |
author |
Costa, Silvia Generali da |
author_facet |
Costa, Silvia Generali da Bratkowski, Pedro Luiz da Silva |
author_role |
author |
author2 |
Bratkowski, Pedro Luiz da Silva |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Silvia Generali da Bratkowski, Pedro Luiz da Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trabalho prisional Capitalismo flexível Trabalho : Significado Preso : Trabalho Inclusão social Sentido do trabalho |
topic |
Trabalho prisional Capitalismo flexível Trabalho : Significado Preso : Trabalho Inclusão social Sentido do trabalho Prison work Flexible capitalism Meaning of work |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Prison work Flexible capitalism Meaning of work |
description |
O artigo faz uma análise comparativa entre o significado do trabalho prisional e o significado do trabalho realizado por homens livres. Para tanto, traz a experiência do DETRAN-RS na aplicação de ferramentas gerenciais ao trabalho de sentenciados oriundos dos regimes aberto e semi-aberto, uma iniciativa pioneira no Estado. Tal experiência buscou aproximar a realidade laboral dos apenados da realidade dos demais trabalhadores da instituição. Foi realizada uma pesquisa-ação e uma revisão da literatura crítica sobre o tema. Conclui-se que o mundo corporativo da nova economia não favorece a criação de vínculos e de identidade entre os membros, não sendo um modelo adequado de reinserção social pelo trabalho estável e aderência a rotinas. A estrutura oferecida pelo DETRANRS, mais próxima das burocracias tradicionais, oferece estas possibilidades. A submissão a controles, avaliações e normas preestabelecidas, típica dos modelos clássicos de administração e imprescindível no sistema carcerário, foi avaliada positivamente pelos sentenciados e considerada como forma de valorização profissional. |
publishDate |
2007 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2007 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-05-04T02:35:29Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/193800 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1415-6555 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000599792 |
identifier_str_mv |
1415-6555 000599792 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/193800 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista de administração contemporânea. Rio de Janeiro. Vol. 11, n. 3 (jul./set. 2007), p. 127-147 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193800/2/000599792.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193800/1/000599792.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9bc18e5f48dd024e7dc7392980fd5819 043556d70390058e3573d2d8a57dfc20 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224964862377984 |