Violência contra criança : perfil das notificações no município de Porto Alegre-RS no período de 2010 a 2016

• Autor(a) principal: Rocha, Rossana Malmaceda da
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235533
• topic: Maus-tratos infantis; Notificação compulsória; Agressão; Odontologia; Child abuse; Dentistry; Aggression; Mandatory reporting

Porto Alegre, sendo a capital do estado do Rio Grande do Sul, possui recursos e locais para que sejam notificadas as ocorrências de violência contra crianças, gerando assim um número significativo de casos, inclusive abrangendo as cidades da região metropolitana. Deste modo, o presente trabalho objetivou realizar uma pesquisa exploratória descritiva sobre as principais características e variantes de violência contra crianças de 0 a 12 anos incompletos, notificados na Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde de Porto Alegre no período de 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2016, sendo um estudo descritivo, com enfoque no paradigma quantitativo, onde foram levantados 6.493 casos e analisados os dados referentes às notificações compulsórias do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), publicados no site da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Como resultado, foi constatado que 2015 foi o ano de maior prevalência da violência; 57,46% das vítimas foram do sexo feminino e 42,54% do sexo masculino, a faixa etária que obteve mais notificações foi a de 0 a 3 anos (39,64%) de cor branca (74,78%,) seguida da parda (10,09 %) e preta (9,75%). Os tipos de violência mais prevalentes nas notificações foram a negligência (36,25%), violência sexual (32,28%) psicológica (19,48%) e física (10,88%), ocorridos na residência da criança (71,07%). A mãe, foi a maior responsável pelas agressões (38,63%), seguida do pai (19,86%) amigo (12,24%) e padrasto (7,36%). Concluiu-se que a violência infantil em Porto Alegre é alta e, para garantir uma adequada abordagem dos profissionais da área da saúde, em especial do cirurgião dentista com as crianças vítimas de violência, é necessário que sejam incluídas abordagens de casos de violência infantil iniciando já na sua formação acadêmica.