Quando o animal dura mais que a estimação
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/163545 |
Resumo: | O estudo das relações humanoanimal tem formado um campo que ganha boa expressão na antropologia contemporânea. Ele se desenvolve a partir de duas frentes de discussão que se complementam – uma política e outra epistemológica. A primeira envolve ativismos e novos movimentos sociais em torno de direitos e de moralidades dos animais, enquanto a outra passa a questionar e a reposicionar qualidades e distinções entre eles e os humanos. Neste trabalho, eu procuro abordar estas questões por meio de um dilema moral que envolve uma cadela velha e doente, que depois de uma vida como parte de uma família humana, foi encaminhada para eutanásia e terminou transformada em estoque de sangue de uma clínica veterinária. Fisicalidade e moralidade são mobilizadas de forma contingente nesse contexto de pesquisa, tanto para equivaler e diferenciar humanos e animais como para compor e decompor um animal de estimação. |
id |
UFRGS-2_882e885f12fe81cd7067ad86d2902c01 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163545 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Segata, Jean2017-06-28T02:28:58Z20160104-9313http://hdl.handle.net/10183/163545001017418O estudo das relações humanoanimal tem formado um campo que ganha boa expressão na antropologia contemporânea. Ele se desenvolve a partir de duas frentes de discussão que se complementam – uma política e outra epistemológica. A primeira envolve ativismos e novos movimentos sociais em torno de direitos e de moralidades dos animais, enquanto a outra passa a questionar e a reposicionar qualidades e distinções entre eles e os humanos. Neste trabalho, eu procuro abordar estas questões por meio de um dilema moral que envolve uma cadela velha e doente, que depois de uma vida como parte de uma família humana, foi encaminhada para eutanásia e terminou transformada em estoque de sangue de uma clínica veterinária. Fisicalidade e moralidade são mobilizadas de forma contingente nesse contexto de pesquisa, tanto para equivaler e diferenciar humanos e animais como para compor e decompor um animal de estimação.The study of human-animal relations has been conspicuous in contemporary anthropology. It has developed along two complementary fields, one political and the other epistemological. The first involves activism and new social movements concerning the rights and moralities of animals, while the other questions and reframes the distinctions between animals and humans. In this article, I address these issues by investigating a moral dilemma involving an old, sick dog that, after spending its life as part of a human family, had to be euthanized and ultimately became blood stock for a veterinary clinic. Physicality and morality are mobilized contingently in this research context, both to identify and differentiate humans and animals and to compose and decompose a pet.El estudio de las relaciones entre humanos y animales se ha conformado como un campo prolífico en la antropología contemporánea. Se desarrolla en dos frentes de discusión que se complementan entre sí - uno político y otro epistemológico. El primero consiste en el activismo y los nuevos movimientos sociales en torno a los derechos y las moralidades de los animales, mientras que el otro va a cuestionar y cambiar la posición de las cualidades y las diferencias entre ellos y los humanos. En este trabajo, trato de abordar estas cuestiones a través de un dilema moral relacionado con una perra vieja y enferma, que después de una vida como parte de una familia humana, fue enviada a la eutanasia y terminó convertida en fuente de suministro de sangre de una clínica veterinaria. Lo físico y lo moral se movilizan de manera contingente en este contexto de investigación, tanto para igualar y diferenciar a los humanos y animales cuanto para componer y descomponer una mascota.application/pdfporMana : estudos de antropologia social. Rio de Janeiro. Vol. 22, n. 3 (set./dez. 2016), p. [831]-856HumanosAnimaisMoralAntropologia socialHuman-animal relationsPetsHumanity/animalityNaturalismRelaciones entre humanos y animalesMascotasHumanidad/ animalidadNaturalismoQuando o animal dura mais que a estimaçãoCuando el animal dura más que la estimación When the pet outlasts companionship info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001017418.pdf001017418.pdfTexto completoapplication/pdf215768http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163545/1/001017418.pdf76a3197145572dea0c54fa38019a6e42MD51TEXT001017418.pdf.txt001017418.pdf.txtExtracted Texttext/plain72565http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163545/2/001017418.pdf.txt3f346edd1f37f1d7d89b8b5b33657149MD52THUMBNAIL001017418.pdf.jpg001017418.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1764http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163545/3/001017418.pdf.jpg47774bdd15ae6aefbe2bd4e369270a83MD5310183/1635452023-10-18 03:34:22.357624oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163545Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-18T06:34:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Quando o animal dura mais que a estimação |
dc.title.alternative.es.fl_str_mv |
Cuando el animal dura más que la estimación |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
When the pet outlasts companionship |
title |
Quando o animal dura mais que a estimação |
spellingShingle |
Quando o animal dura mais que a estimação Segata, Jean Humanos Animais Moral Antropologia social Human-animal relations Pets Humanity/animality Naturalism Relaciones entre humanos y animales Mascotas Humanidad/ animalidad Naturalismo |
title_short |
Quando o animal dura mais que a estimação |
title_full |
Quando o animal dura mais que a estimação |
title_fullStr |
Quando o animal dura mais que a estimação |
title_full_unstemmed |
Quando o animal dura mais que a estimação |
title_sort |
Quando o animal dura mais que a estimação |
author |
Segata, Jean |
author_facet |
Segata, Jean |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Segata, Jean |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Humanos Animais Moral Antropologia social |
topic |
Humanos Animais Moral Antropologia social Human-animal relations Pets Humanity/animality Naturalism Relaciones entre humanos y animales Mascotas Humanidad/ animalidad Naturalismo |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Human-animal relations Pets Humanity/animality Naturalism |
dc.subject.spa.fl_str_mv |
Relaciones entre humanos y animales Mascotas Humanidad/ animalidad Naturalismo |
description |
O estudo das relações humanoanimal tem formado um campo que ganha boa expressão na antropologia contemporânea. Ele se desenvolve a partir de duas frentes de discussão que se complementam – uma política e outra epistemológica. A primeira envolve ativismos e novos movimentos sociais em torno de direitos e de moralidades dos animais, enquanto a outra passa a questionar e a reposicionar qualidades e distinções entre eles e os humanos. Neste trabalho, eu procuro abordar estas questões por meio de um dilema moral que envolve uma cadela velha e doente, que depois de uma vida como parte de uma família humana, foi encaminhada para eutanásia e terminou transformada em estoque de sangue de uma clínica veterinária. Fisicalidade e moralidade são mobilizadas de forma contingente nesse contexto de pesquisa, tanto para equivaler e diferenciar humanos e animais como para compor e decompor um animal de estimação. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-06-28T02:28:58Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/163545 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0104-9313 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001017418 |
identifier_str_mv |
0104-9313 001017418 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/163545 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Mana : estudos de antropologia social. Rio de Janeiro. Vol. 22, n. 3 (set./dez. 2016), p. [831]-856 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163545/1/001017418.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163545/2/001017418.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163545/3/001017418.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
76a3197145572dea0c54fa38019a6e42 3f346edd1f37f1d7d89b8b5b33657149 47774bdd15ae6aefbe2bd4e369270a83 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447635444629504 |