Aspectos metodológicos da revolução keynesiana : uma análise da adequação às revoluções científicas de Thomas Kuhn

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Ricardo Leonam
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/180455
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo realizar uma reflexão sobre os aspectos metodológicos da Revolução Keynesiana, analisando sua adequação à teoria das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn. A economia nasce com os fisiocratas na segunda metade do século 18 e permanece até os dias de hoje sob indefinição metodológica. A questão metodológica não se resume à simples descrição do ferramental analítico de cada escola de pensamento. O método de investigação guarda estreita relação com as premissas e conclusões dos investigadores, o que torna necessária para a sua investigação. Na década de 1930, John Maynard Keynes apresentou uma visão de mundo diferente da de seus predecessores, tendo, talvez em seu método de investigação, o aspecto mais importante da sua ruptura. Análise específica da Revolução Keynesiana, mostra a centralidade dos aspectos metodológicos. Como se já incorporasse as características do mundo pós-moderno, Keynes apresenta em sua obra uma visão de mundo evidentemente dissonante em relação aos seus predecessores. Podemos observar processo semelhante no que tange suas conclusões teóricas, o que valida a hipótese de adequação à teoria kuhniana, ainda que muitos economistas apontem evidências de inadequação da teoria das revoluções científicas de Thomas Kuhn à ciência econômica. Conclui-se que assumindo a centralidade da questão metodológica na Revolução Keynesiana, esta hipótese perde ainda mais força, pois podem ser observadas continuidades, materializadas no seu suposto caráter estruturalista kantiano (de racionalidade com base na observação) entre Keynes e economistas clássicos como David Ricardo.
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