"De frente pro crime" : cultura organizacional e socialização dos peritos ingressantes no departamento de criminalística do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/193827 |
Resumo: | A pesquisa objetivou verificar como determinados aspectos da cultura organizacional do Departamento de Criminalística são transmitidos aos neófitos, por meio do curso de formação de peritos; quem são esses ingressantes; qual a significação que o curso e as futuras atividades a serem desenvolvidas possuem para eles. Os dados foram obtidos mediante o fazer etnográfico, tendo por técnicas a observação participante, realizada com a presença da pesquisadora no módulo Local de Crime contra a Vida, realizado de maio a junho de 2009, além de consulta a materiais documentais e aplicação de um questionário de perguntas abertas a 29 alunos. A análise dos dados seguiu os preceitos da etnografia, que preconiza o diálogo entre o êmico, o ético e os teóricos referenciados. Os resultados apontam ênfase em determinados aspectos presentes na atuação dos peritos, a saber: responsabilidade, dedicação, impossibilidade de cometer erros, que, se por um lado, traz uma contribuição positiva, ao reforçar a importância do papel a ser desempenhado, por outro, gera angústia e medo nos ingressantes, em razão da inexperiência deles, levando a uma tensão que pode ser prejudicial ao exercício profissional. Contudo, o estigma inerente à atuação dos peritos ficou entre os não ditos e só será verificado pelos ingressantes quando de suas atuações no dia a dia. |
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Cavedon, Neusa Rolita2019-05-04T02:35:46Z20101518-6776http://hdl.handle.net/10183/193827000757695A pesquisa objetivou verificar como determinados aspectos da cultura organizacional do Departamento de Criminalística são transmitidos aos neófitos, por meio do curso de formação de peritos; quem são esses ingressantes; qual a significação que o curso e as futuras atividades a serem desenvolvidas possuem para eles. Os dados foram obtidos mediante o fazer etnográfico, tendo por técnicas a observação participante, realizada com a presença da pesquisadora no módulo Local de Crime contra a Vida, realizado de maio a junho de 2009, além de consulta a materiais documentais e aplicação de um questionário de perguntas abertas a 29 alunos. A análise dos dados seguiu os preceitos da etnografia, que preconiza o diálogo entre o êmico, o ético e os teóricos referenciados. Os resultados apontam ênfase em determinados aspectos presentes na atuação dos peritos, a saber: responsabilidade, dedicação, impossibilidade de cometer erros, que, se por um lado, traz uma contribuição positiva, ao reforçar a importância do papel a ser desempenhado, por outro, gera angústia e medo nos ingressantes, em razão da inexperiência deles, levando a uma tensão que pode ser prejudicial ao exercício profissional. Contudo, o estigma inerente à atuação dos peritos ficou entre os não ditos e só será verificado pelos ingressantes quando de suas atuações no dia a dia.The goal of the research was to investigate how certain aspects of the organizational culture of the Department of Criminalistics are passed on to neophytes through the training course for experts, as well as who these new servants are and what the training and future activities to be developed mean to them. The data was ethnographically obtained, using techniques such as the participative observation carried out through the researcher’s participation in the Place of Crime Against Life module – which took place from May to June 2009. Consultation to documentary materials and a questionnaire of open questions submitted to 29 students were also employed. The data analysis followed ethnography rules that dictate the dialogue between the emic and ethical aspects and the referred theorists. The results indicate an emphasis on certain aspects present in the experts’ performance, such as: responsibility, dedication, and the impossibility to make mistakes. These aspects represent a positive contribution as they reinforce the importance of the role to be played but, on the other hand, they produce anxiety and fear in the beginners due to their inexperience. This leads to a tension that may affect professional performance. However, the stigma that is inherent to the experts’ performance was not addressed and will only be known by the beginners in the course of their daily activities.application/pdfporRam. São Paulo. Vol. 11, n. 4, (jul./ago. 2010), p. 38-65Cultura organizacionalSocializaçãoServidor públicoSignificaçãoForensicsOrganizational cultureSocializationEthnographyConcourse"De frente pro crime" : cultura organizacional e socialização dos peritos ingressantes no departamento de criminalística do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000757695.pdf.txt000757695.pdf.txtExtracted Texttext/plain68738http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193827/2/000757695.pdf.txtfd920b630885e2af19770495c48a04c6MD52ORIGINAL000757695.pdfTexto completoapplication/pdf708700http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193827/1/000757695.pdfef7013beebe7bc1be6dde80668b8e249MD5110183/1938272019-05-05 02:33:23.257815oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193827Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-05-05T05:33:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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