A patchwork of stories : (un)reliability in Margaret Atwood’s Alias Grace
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/242594 |
Resumo: | O romance Vulgo Grace (1996) narra a história de Grace Marks, que, em 1843, foi acusada junto com James McDermott dos assassinatos de Thomas Kinnear, seu patrão, e Nancy Montgomery, a governanta e amante do Sr. Kinnear. Durante o julgamento, muitas histórias diferentes surgiram, e o envolvimento de Grace nos assassinatos foi questionado. Havia muitas opiniões divergentes sobre Grace: algumas pessoas a viam como um monstro, outras argumentavam sua insanidade, e havia aquelas que acreditavam que Grace era uma inocente menina de dezesseis anos, enganada por James McDermott. Grace foi sentenciada à prisão perpétua, mas, quase trinta anos depois do julgamento, ela recebeu o perdão, devido às muitas petições escritas a seu favor. Atwood introduz o personagem ficcional Dr. Jordan, que vai a Toronto investigar Grace e a verdade sobre o que aconteceu. No entanto, Dr. Jordan, como o leitor, encontra muitas versões diferentes sobre os crimes e o caráter de Grace, e a própria Grace não fornece uma resposta definitiva, alegando não lembrar de sua participação nos crimes. Em Vulgo Grace, a questão de (não-)confiabilidade aparece tanto como um tema quanto como um elemento estrutural, visto que o romance é estruturado como um patchwork de vozes conflitantes. Sternberg e Yacobi (2015) propõem uma teoria de (não-)confiabilidade como um mecanismo de integração. Os leitores, confrontados com as incongruências de um texto, podem atribuí-las à perspectiva do mediador (narrador ou focalizador), a fim de resolver as inconsistências e preservar a integridade do texto. No presente estudo, a teoria de Sternberg e Yacobi é aplicada a uma análise do romance, com o intuito de investigar como o leitor pode abordar tantos relatos contraditórios. Como o romance é baseado em uma história real, a relação entre história, adaptação e (não-)confiabilidade é discutida. Enfrentando discursos problemáticos, em narrativas ficcionais ou históricas, os leitores podem aplicar o mecanismo de perspectiva, julgando certos relatos como não-confiáveis. |
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No entanto, Dr. Jordan, como o leitor, encontra muitas versões diferentes sobre os crimes e o caráter de Grace, e a própria Grace não fornece uma resposta definitiva, alegando não lembrar de sua participação nos crimes. Em Vulgo Grace, a questão de (não-)confiabilidade aparece tanto como um tema quanto como um elemento estrutural, visto que o romance é estruturado como um patchwork de vozes conflitantes. Sternberg e Yacobi (2015) propõem uma teoria de (não-)confiabilidade como um mecanismo de integração. Os leitores, confrontados com as incongruências de um texto, podem atribuí-las à perspectiva do mediador (narrador ou focalizador), a fim de resolver as inconsistências e preservar a integridade do texto. No presente estudo, a teoria de Sternberg e Yacobi é aplicada a uma análise do romance, com o intuito de investigar como o leitor pode abordar tantos relatos contraditórios. Como o romance é baseado em uma história real, a relação entre história, adaptação e (não-)confiabilidade é discutida. Enfrentando discursos problemáticos, em narrativas ficcionais ou históricas, os leitores podem aplicar o mecanismo de perspectiva, julgando certos relatos como não-confiáveis.Margaret Atwood‘s novel Alias Grace (1996) tells the story of Grace Marks, who, in 1843, was accused alongside James McDermott of the murders of Mr. Thomas Kinnear, their master, and Nancy Montgomery, his housekeeper and mistress. During the trials, many different stories emerged, and Grace‘s involvement in the murders was questioned. There were many divergent opinions about Grace: some people saw her as a monster, others argued for her insanity, and there were those who believed her to be an innocent sixteen-year-old girl, deceived by James McDermott. Grace was sentenced to life in prison, but, almost thirty years after the trials, she received a pardon, due to many petitions written in her behalf. Atwood introduces the fictional character of Dr. Jordan, who comes to Toronto to investigate Grace and the truth about what happened. However, Dr. Jordan, as the reader, comes across many different versions of the crimes and of Grace‘s character, and Grace herself does not provide a definitive answer, claiming to have no recollection of her participation in the crimes. In Alias Grace, the question of (un)reliability appears as both a theme and a structural element, since the novel is structured as a patchwork of conflicting voices. Sternberg and Yacobi (2015) propose a theory of (un)reliability as a mechanism of integration. Readers, confronted with the incongruities of a text, might attribute them to the perspective of the mediator (narrator or focalizer), in order to solve the inconsistencies and preserve the text‘s integrities. In the present study, Sternberg and Yacobi‘s theory is applied to an analysis of the novel, in order to investigate how the reader might approach the contradictory accounts. As the novel was based on a true story, the relationship between history, adaptation and (un)reliability is discussed. Facing troublesome discourses, either in fictional or historical narratives, readers might apply the perspectival mechanism, deeming certain accounts unreliable.application/pdfengAtwood, Margaret, 1939-. Alias Grace = Vulgo GraceAnálise literáriaLiteratura : FicçãoMargaret AtwoodAlias Grace(Un)reliabilityHistorical fictionA patchwork of stories : (un)reliability in Margaret Atwood’s Alias Graceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto dePorto Alegre, BR-RS2019Letras: Português e Inglês: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001143461.pdf.txt001143461.pdf.txtExtracted Texttext/plain208947http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/242594/2/001143461.pdf.txtecf5f9622e600e63200da1aa215d34acMD52ORIGINAL001143461.pdfTexto completo (inglês)application/pdf872430http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/242594/1/001143461.pdf03022ade1f586aa4b04e5e2613f27684MD5110183/2425942022-08-06 04:55:38.789413oai:www.lume.ufrgs.br:10183/242594Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:55:38Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O romance Vulgo Grace (1996) narra a história de Grace Marks, que, em 1843, foi acusada junto com James McDermott dos assassinatos de Thomas Kinnear, seu patrão, e Nancy Montgomery, a governanta e amante do Sr. Kinnear. Durante o julgamento, muitas histórias diferentes surgiram, e o envolvimento de Grace nos assassinatos foi questionado. Havia muitas opiniões divergentes sobre Grace: algumas pessoas a viam como um monstro, outras argumentavam sua insanidade, e havia aquelas que acreditavam que Grace era uma inocente menina de dezesseis anos, enganada por James McDermott. Grace foi sentenciada à prisão perpétua, mas, quase trinta anos depois do julgamento, ela recebeu o perdão, devido às muitas petições escritas a seu favor. Atwood introduz o personagem ficcional Dr. Jordan, que vai a Toronto investigar Grace e a verdade sobre o que aconteceu. No entanto, Dr. Jordan, como o leitor, encontra muitas versões diferentes sobre os crimes e o caráter de Grace, e a própria Grace não fornece uma resposta definitiva, alegando não lembrar de sua participação nos crimes. Em Vulgo Grace, a questão de (não-)confiabilidade aparece tanto como um tema quanto como um elemento estrutural, visto que o romance é estruturado como um patchwork de vozes conflitantes. Sternberg e Yacobi (2015) propõem uma teoria de (não-)confiabilidade como um mecanismo de integração. Os leitores, confrontados com as incongruências de um texto, podem atribuí-las à perspectiva do mediador (narrador ou focalizador), a fim de resolver as inconsistências e preservar a integridade do texto. No presente estudo, a teoria de Sternberg e Yacobi é aplicada a uma análise do romance, com o intuito de investigar como o leitor pode abordar tantos relatos contraditórios. Como o romance é baseado em uma história real, a relação entre história, adaptação e (não-)confiabilidade é discutida. Enfrentando discursos problemáticos, em narrativas ficcionais ou históricas, os leitores podem aplicar o mecanismo de perspectiva, julgando certos relatos como não-confiáveis. |
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