Os retalhos da memória e intertextualidade em Vulgo Grace de Margaret Atwood

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Jéssica
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/156989
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo discutir questões sobre memória e intertextualidade, a partir dos diferentes textos constituintes da obra Vulgo Grace da autora canadense Margaret Atwood. A autora recupera a trajetória verídica de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ser cúmplice no assassinato do patrão e da governanta da casa em que trabalhava. Grace apresenta sinais de amnésia sobre os fatos ocorridos nos assassinatos e, nessa situação, um comitê que acredita na sua inocência convida o jovem médico americano Simon Jordan para descobrir a verdadeira causa dessa aparente amnésia. Dentro desse contexto, foi observada a presença significativa da memória e da intertextualidade como itens essenciais na obra. O método utilizado na análise foi o enfoque de três partes: a narração em primeira pessoa de Grace, a narração em terceira pessoa sobre Simon e os paratextos. A análise se deu por meio do cotejo entre os diferentes tipos de texto, tendo como base os conceitos de intertextualidade de Júlia Kristeva e Tiphaine Samoyault e memória de Márcio Seligmann-Silva, Michael Pollak e Alba Olmi Outros conceitos como o significado dos sonhos de Sigmund Freud e a metaficção historiográfica de Linda Hutcheon também se fazem presentes na análise. Esse estudo comparativo resultou na descoberta de diferentes relações entre os textos sendo que conceitos além das questões de memória e intertextualidade foram descobertos. A memória te grande significado na construção das relações humanas e na relação do ser com o passado. O presente trabalho mostra-se relevante em relação aos estudos de memória pelo fato de discutir e apresentar outros meios e outras ligações entre os intertextos como também se insere nos estudos da autora Margaret Atwood no Brasil.
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