Análise multicritério na restituição multitemporal de áreas suscetíveis à escorregamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sant Ana, William de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Back, Alvaro Jose, Michel, Gean Paulo
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/259149
Resumo: Movimentos de massa em encostas, a exemplo dos escorregamentos, podem resultar em impactos socioeconômicos e ambientais. O estado de Santa Catarina é periodicamente afetado por estes fenômenos, portanto, há registro histórico de escorregamentos no território, que nem sempre estão mapeados com assertividade espacial, o que dificulta adoção de medidas preventivas. A Análise Multicritério, que pode ser aplicada pela Análise Hierárquica de Processos AHP, é ferramental reconhecido em geociências e no geoprocessamento, oportunizando hierarquizar diferentes fatores (mapas temáticos) pela opinião de especialistas, como uma medida de probabilidade para avaliação de riscos. Em adição, se a Análise Multicritério for balizada por informações multitemporais de cicatrizes de escorregamentos, poder-se-á, por álgebra de mapas, obter modelos restituídos de eventos pretéritos. Este trabalho objetiva aplicar Análise Multicritério, pela AHP, para restituição de áreas suscetíveis à escorregamentos nas cabeceiras do rio Mãe Luzia, município de Treviso, estado de Santa Catarina. Para atingir o objetivo, sete fatores predisponentes aos escorregamentos foram hierarquizados compondo uma equação de suscetibilidade aos escorregamentos na área de estudo, além disso, suas classes componentes receberam pesos orientados por inventários de cicatrizes de escorregamentos, para o ano de 1957 e 1978. A partir de fotografias aéreas antigas permitiu-se efetuar observações que considerem a relação da abrangência de escorregamentos do passado sobre classes componentes de um mapa temático. A aplicação da equação ponderada pela incidência das cicatrizes, nas diferentes datas, resultou num mapa final de restituição de áreas suscetíveis aos escorregamentos, para 1957 e, também, para 1978. Como ferramentas de validação dos modelos, averiguando sua especificidade e sua sensibilidade, adotou-se Índices de Acerto e Erro, bem como, as Curvas ROC - Receiver Operating Characteristic, que permitem informar a capacidade discriminante do modelo de predição, pelo exame da Area Under the Curve – AUC. Para o modelo validado por cicatrizes de 1957 a AUC totalizou 0,78 e para 1978, 0,80, indicando modelos de restituição de alta capacidade discriminante, ou seja, locais zoneados como de alta suscetibilidade aos escorregamentos, de fato, já escorregaram no passado. Outro resultado é que os eventos registrados para 1957 diferem espacialemente daqueles registrados nas fotografias de 1978, ou seja, ocorreram em setores distintos das vertentes, denotando que no intervalo temporal entre 1957-78 não há tempo suficiente para que haja formação de manto de intemperismo passível de escorregar no mesmos locais das encostas. Conclui-se que restituir modelos elucida o passado e serve como dados de calibração ou treinamento para modelagens preditivas. Ademais, a curva ROC é um excelente recurso para validar a capacidade discriminante de modelos de restituição pretérita de escorregamentos.
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