O que podemos ler na rotina do maternalzinho : alguns apontamentos sobre a temporalidade na vida das crianças

• Autor(a) principal: Specht, Raquel
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115820
• topic: Educação infantil; Brincadeira; Psicanálise

O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de compreender a influência da rotina das crianças na educação infantil sobre sua disponibilidade de brincar. Para tanto, buscou-se analisar pontos relevantes notados durante a prática pedagógica do estágio obrigatório realizada no primeiro semestre do ano corrente, em uma instituição pública federal. Tal prática deu-se em uma turma de Maternalzinho, com crianças de 1 – 2 anos de idade. A partir de uma perspectiva psicanalítica, embasando-se em autores como Lacan, Dunker e Spitz, buscou-se desvelar a estruturação subjetiva e o desenvolvimento cognitivo das crianças. A temporalidade, como elemento subjetivo da prática pedagógica na educação infantil, a agressividade, as relações com os colegas, a separação dos pais (a chegada e a saída da escola) são elementos que modificam a disponibilidade de brincar da criança. A partir de Winnicott, Barbosa, Freud e Piaget explicou-se a estruturação da rotina e seus enlaces com as demais partes da experiência da criança neste período. Esta é uma pesquisa do tipo etnográfica, na qual os achados sugerem que a criança, em suas múltiplas relações com o mundo a sua volta, objetos e pessoas, cria laços e significados que alteram sua constituição e afinidade consigo e o seu entorno.