Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roitman, Alice
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239246
Resumo: Os Campos Sulinos são formações campestres cuja conservação está ameaçada pela crescente conversão de áreas e por invasão de espécies exóticas. Dentre as invasoras, destaca-se a gramínea cespitosa Eragrostis plana, com alta produção e viabilidade de sementes. Entretanto, ainda são poucos os estudos sobre restauração ecológica nestes ecossistemas. Este estudo objetivou avaliar o potencial de espécies campestres nativas quanto à germinação e estabelecimento inicial em competição com E. plana, visando o uso em projetos de restauração. Foram utilizadas seis espécies nativas (Aristida laevis, Aristida jubata, Paspalum plicatulum, Panicum olyroides, Anthaenantia lanata, Chamaecrista repens) para o experimento com semeadura direta. Cada espécie foi colocada isoladamente em vasos contendo 20 sementes, e em vasos acompanhadas da exótica E. plana (10 sementes de cada), com cinco réplicas por tratamento. Os vasos ficaram em casa de vegetação por 3 meses. Taxa de germinação, taxa de sobrevivência, índice da taxa de germinação (GRI) e biomassa foliar e radicular por indivíduo de cada espécie e a biomassa de E. plana isolada (controle) e com cada espécie nativa foram analisados com ANOVA e GLM. As espécies A. laevis e A. jubata tiveram maior taxa de germinação (0,9±0,09 e 0,76±0,06) e alto GRI, porém baixa sobrevivência (0,37±0,08 e 0,52±0,18). As menores taxas de germinação foram para P. olyroides (0,17±0,16) e C. repens (0,24±0,13). A. lanata obteve GRI, taxa de germinação (0,77±0,12) e sobrevivência (0,66±0,114) medianos. P. plicatulum teve alta sobrevivência (0,91±0,09), com GRI e germinação (0,67±0,16) medianos. Esses dados evidenciam a importância de considerar a sobrevivência para avaliar o potencial uso em restauração. Quanto à biomassa, P. plicatulum teve os maiores valores, similares à E. plana, enquanto as demais espécies tiveram valores muito baixos. Nenhuma espécie nativa afetou a biomassa de E. plana, porém P. plicatulum se mostrou a espécie com maior potencial para competir com a invasora.
id UFRGS-2_91995ee64e5470cab7f8347e6b1cfa3a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/239246
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Roitman, AliceMuller, Sandra CristinaThomas, Pedro Augusto2022-05-25T04:41:59Z2021http://hdl.handle.net/10183/239246001141434Os Campos Sulinos são formações campestres cuja conservação está ameaçada pela crescente conversão de áreas e por invasão de espécies exóticas. Dentre as invasoras, destaca-se a gramínea cespitosa Eragrostis plana, com alta produção e viabilidade de sementes. Entretanto, ainda são poucos os estudos sobre restauração ecológica nestes ecossistemas. Este estudo objetivou avaliar o potencial de espécies campestres nativas quanto à germinação e estabelecimento inicial em competição com E. plana, visando o uso em projetos de restauração. Foram utilizadas seis espécies nativas (Aristida laevis, Aristida jubata, Paspalum plicatulum, Panicum olyroides, Anthaenantia lanata, Chamaecrista repens) para o experimento com semeadura direta. Cada espécie foi colocada isoladamente em vasos contendo 20 sementes, e em vasos acompanhadas da exótica E. plana (10 sementes de cada), com cinco réplicas por tratamento. Os vasos ficaram em casa de vegetação por 3 meses. Taxa de germinação, taxa de sobrevivência, índice da taxa de germinação (GRI) e biomassa foliar e radicular por indivíduo de cada espécie e a biomassa de E. plana isolada (controle) e com cada espécie nativa foram analisados com ANOVA e GLM. As espécies A. laevis e A. jubata tiveram maior taxa de germinação (0,9±0,09 e 0,76±0,06) e alto GRI, porém baixa sobrevivência (0,37±0,08 e 0,52±0,18). As menores taxas de germinação foram para P. olyroides (0,17±0,16) e C. repens (0,24±0,13). A. lanata obteve GRI, taxa de germinação (0,77±0,12) e sobrevivência (0,66±0,114) medianos. P. plicatulum teve alta sobrevivência (0,91±0,09), com GRI e germinação (0,67±0,16) medianos. Esses dados evidenciam a importância de considerar a sobrevivência para avaliar o potencial uso em restauração. Quanto à biomassa, P. plicatulum teve os maiores valores, similares à E. plana, enquanto as demais espécies tiveram valores muito baixos. Nenhuma espécie nativa afetou a biomassa de E. plana, porém P. plicatulum se mostrou a espécie com maior potencial para competir com a invasora.application/pdfporInvasão biológicaGerminaçãoRestauração ecológicaPampa, RegiãoIdentificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2021Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001141434.pdf.txt001141434.pdf.txtExtracted Texttext/plain48499http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239246/2/001141434.pdf.txt588687bf7a9bab689aebfce61bfa5d8bMD52ORIGINAL001141434.pdfTexto completoapplication/pdf9769679http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239246/1/001141434.pdfe0be167d54846cefdaa1837cacaee7a8MD5110183/2392462022-05-26 04:38:46.199987oai:www.lume.ufrgs.br:10183/239246Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-26T07:38:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
title Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
spellingShingle Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
Roitman, Alice
Invasão biológica
Germinação
Restauração ecológica
Pampa, Região
title_short Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
title_full Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
title_fullStr Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
title_full_unstemmed Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
title_sort Identificação do potencial de espécies campestres nativas para uso na recuperação de áreas degradadas via semeadura direta nos Campos Sulinos
author Roitman, Alice
author_facet Roitman, Alice
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Roitman, Alice
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Muller, Sandra Cristina
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Thomas, Pedro Augusto
contributor_str_mv Muller, Sandra Cristina
Thomas, Pedro Augusto
dc.subject.por.fl_str_mv Invasão biológica
Germinação
Restauração ecológica
Pampa, Região
topic Invasão biológica
Germinação
Restauração ecológica
Pampa, Região
description Os Campos Sulinos são formações campestres cuja conservação está ameaçada pela crescente conversão de áreas e por invasão de espécies exóticas. Dentre as invasoras, destaca-se a gramínea cespitosa Eragrostis plana, com alta produção e viabilidade de sementes. Entretanto, ainda são poucos os estudos sobre restauração ecológica nestes ecossistemas. Este estudo objetivou avaliar o potencial de espécies campestres nativas quanto à germinação e estabelecimento inicial em competição com E. plana, visando o uso em projetos de restauração. Foram utilizadas seis espécies nativas (Aristida laevis, Aristida jubata, Paspalum plicatulum, Panicum olyroides, Anthaenantia lanata, Chamaecrista repens) para o experimento com semeadura direta. Cada espécie foi colocada isoladamente em vasos contendo 20 sementes, e em vasos acompanhadas da exótica E. plana (10 sementes de cada), com cinco réplicas por tratamento. Os vasos ficaram em casa de vegetação por 3 meses. Taxa de germinação, taxa de sobrevivência, índice da taxa de germinação (GRI) e biomassa foliar e radicular por indivíduo de cada espécie e a biomassa de E. plana isolada (controle) e com cada espécie nativa foram analisados com ANOVA e GLM. As espécies A. laevis e A. jubata tiveram maior taxa de germinação (0,9±0,09 e 0,76±0,06) e alto GRI, porém baixa sobrevivência (0,37±0,08 e 0,52±0,18). As menores taxas de germinação foram para P. olyroides (0,17±0,16) e C. repens (0,24±0,13). A. lanata obteve GRI, taxa de germinação (0,77±0,12) e sobrevivência (0,66±0,114) medianos. P. plicatulum teve alta sobrevivência (0,91±0,09), com GRI e germinação (0,67±0,16) medianos. Esses dados evidenciam a importância de considerar a sobrevivência para avaliar o potencial uso em restauração. Quanto à biomassa, P. plicatulum teve os maiores valores, similares à E. plana, enquanto as demais espécies tiveram valores muito baixos. Nenhuma espécie nativa afetou a biomassa de E. plana, porém P. plicatulum se mostrou a espécie com maior potencial para competir com a invasora.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-05-25T04:41:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/239246
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001141434
url http://hdl.handle.net/10183/239246
identifier_str_mv 001141434
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239246/2/001141434.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239246/1/001141434.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 588687bf7a9bab689aebfce61bfa5d8b
e0be167d54846cefdaa1837cacaee7a8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447310672330752