Cada qual com sua dança : impressões sobre dança contemporânea a partir de leituras de alunos do ensino fundamental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/71622 |
Resumo: | O presente estudo busca conhecer impressões e relações de alunos do Ensino Fundamental sobre dança contemporânea, a partir da apreciação de alguns trabalhos dessa vertente de dança, exibidos em vídeo. O trabalho começa a se configurar a partir da pergunta "o que é dança contemporânea?" e da inserção do pesquisador no meio artístico, como bailarino e no ambiente escolar, como professor de Educação Física. A coleta das informações acontece em duas escolas públicas da cidade de Porto Alegre, durante quatro encontros, sendo dois encontros em cada escola. A pesquisa é de caráter qualitativo, e visa levantar alguns aspectos sobre a prática pessoal de dança desses sujeitos, e refletir sobre as leituras que os mesmo fazem sobre dança contemporânea. Para tanto se utilizou dez vídeos contendo obras da alemã Pina Bausch, dos belgas Wim Vandekeybus e Anne Teresa de Keersmaeker e do inglês Lloyd Newson, que buscaram contemplar um pouco da estranheza e familiaridade contida na dança contemporânea, no que diz respeito a corpos, trilha sonora, espaços e figurino. Além disso, realizaram-se dois questionários, o primeiro investigando as práticas de dança dos sujeitos e o segundo problematizando a dança contemporânea. Realizar essa pesquisa me possibilitou enxergar a importância e a dimensão do espaço que a dança tem dentro da escola. Primeiramente, percebe-se com relação às práticas de dança dos alunos, que com exceção de um pequeno grupo que só dançava coreografias embaladas por músicas do estilo Teen Pop, gênero musical característico de algumas bandas como Rebeldes e Restart, a grande maioria tinha como preferência o funk carioca, o pagode e o free step, estilos de dança da atualidade, comum entre grande parte dos jovens com esse perfil. Com relação ao conhecimento que os mesmo possuíam sobre a dança contemporânea, não havia qualquer referência sobre o assunto, e nenhum dos alunos fazia a menor idéia do que se tratava, mostrando que essa prática é ainda é algo muito distante desse publico. Com base na análise dos questionários constatou-se, além do estranhamento para com o desconhecido, que aparece no início dessa investigação, que a música e os movimentos reconhecidos por esses sujeitos, aparecem como critérios de aproximação, e que boa parte desse estranhamento deve-se a falta de conhecimento sobre o tema. Sugere-se, contudo, que sejam feitos outros estudos sobre os gostos e estranhezas desses alunos em relação à dança, principalmente, com alunos não praticantes e em outros contextos sociais, para que a dança realmente possa fazer parte efetivamente, dos currículos escolares. Concluindo, respondo a uma interrogação de Analice Dutra Pillar - Podese educar o olhar dentro da escola? - pode-se sim educar o olhar dentro da escola, permitindo a entrada de outras imagens, outras músicas e outras danças para que a arte possa cumprir o seu papel, ampliando as possibilidades de expressão, de comunicação, e as múltiplas formas de se ver e pensar o mundo. |
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