Caracterização do Corpo aurífero Mangaba, estrutura IV, Greenstone Belt de Crixás - GO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Renan Guilherme de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189167
Resumo: O corpo de minério aurífero Mangaba, ainda em fase de exploração, está situado no Greenstone Belt de Crixás, também denominado Grupo Crixás, porção noroeste do Estado de Goiás. O Greenstone Belt de Crixás corresponde a uma faixa alongada segundo a direção NNW-SSE compartimentada no bloco arqueano-paleoproterozóico, que compõem o Maciço de Goiás. A sequência metavulcano-sedimentar foi definida por Sabóia et al. (1981), da base para o topo pelas formações Córrego Alagadinho (metakomatiitos), Rio Vermelho (metabasaltos toleíticos) e Ribeirão das Antas (metassedimentares químicas e siliciclásticas). Massucato (2004) & Carvalho (2005) descreveram eventos deformacionais que foram agrupados em diferentes fases, sendo a primeira fase distensiva ligada à instalação da bacia, seguida por três fases compressivas, com as mineralizações de ouro atribuídas a algumas delas. Os esforços deformacionais são heterogêneos e o metamorfismo varia de xisto verde inferior a anfibolito inferior. Os diferentes corpos hospedados no Greenstone Belt de Crixás têm controle estrutural ligado a superfícies de descolamento ao longo de falhas de empurrão com componente oblíqua. As zonas de máxima deformação, de carácter dúctil/rúptil gerada sob estas condições formam um corredor estrutural para a percolação de fluídos hidrotermais. A mineralização aurífera é interpretada como sendo sin a tardi tectônica e relacionada a zonas de alteração hidrotermal. Os fluídos hidrotermais de origem predominantemente metamórficos (FORTES, 1996), geraram majoritariamente quartzo e carbonato, que marcam a presença dos horizontes mineralizados. O corpo Mangaba está inserido na Estrutura IV, que representa uma das estruturas que controlam corpos de minério e que em geral possuem caimento de baixo ângulo para NW. Nos horizontes mineralizados do corpo Mangaba não há ocorrência de veio massivo de quartzo, a mineralização é do tipo minério disseminado associada principalmente a pirrotita e arsenopirita. Os maiores teores de ouro estão presentes principalmente na zona de alteração hidrotermal com silificificação pervasiva e em menor proporção na zona de alteração potássica/fílica adjacente. Os corpos IV, V, Forquilha e Pequizão, também estão hospedados na Estrutura IV. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o corpo aurífero Mangaba em aspectos metalogenéticos como, controle estrutural, halos de alteração hidrotermal, paragênese mineral, indicadores prospectivos, bem como correlacionar com os demais corpos que também estão inseridos na Estrutura IV, visando contribuir para um maior entendimento do sistema mineralizante atuante na região.
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Massucato (2004) & Carvalho (2005) descreveram eventos deformacionais que foram agrupados em diferentes fases, sendo a primeira fase distensiva ligada à instalação da bacia, seguida por três fases compressivas, com as mineralizações de ouro atribuídas a algumas delas. Os esforços deformacionais são heterogêneos e o metamorfismo varia de xisto verde inferior a anfibolito inferior. Os diferentes corpos hospedados no Greenstone Belt de Crixás têm controle estrutural ligado a superfícies de descolamento ao longo de falhas de empurrão com componente oblíqua. As zonas de máxima deformação, de carácter dúctil/rúptil gerada sob estas condições formam um corredor estrutural para a percolação de fluídos hidrotermais. A mineralização aurífera é interpretada como sendo sin a tardi tectônica e relacionada a zonas de alteração hidrotermal. Os fluídos hidrotermais de origem predominantemente metamórficos (FORTES, 1996), geraram majoritariamente quartzo e carbonato, que marcam a presença dos horizontes mineralizados. O corpo Mangaba está inserido na Estrutura IV, que representa uma das estruturas que controlam corpos de minério e que em geral possuem caimento de baixo ângulo para NW. Nos horizontes mineralizados do corpo Mangaba não há ocorrência de veio massivo de quartzo, a mineralização é do tipo minério disseminado associada principalmente a pirrotita e arsenopirita. Os maiores teores de ouro estão presentes principalmente na zona de alteração hidrotermal com silificificação pervasiva e em menor proporção na zona de alteração potássica/fílica adjacente. Os corpos IV, V, Forquilha e Pequizão, também estão hospedados na Estrutura IV. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o corpo aurífero Mangaba em aspectos metalogenéticos como, controle estrutural, halos de alteração hidrotermal, paragênese mineral, indicadores prospectivos, bem como correlacionar com os demais corpos que também estão inseridos na Estrutura IV, visando contribuir para um maior entendimento do sistema mineralizante atuante na região.The Mangaba auriferous orebody, still in exploration, is in the Crixás Greenstone Belt, also known as Crixás Group, in northwestern Goiás. The Crixás Greenstone Belt corresponds to an elongated belt with strike NNW-SSE compartmented in the arquean-paleoproterozoic block that compound the Goiás Massif. The volcano-sedimentary sequence was first defined by Sabóia et al. (1981) from bottom to top by the formations Corrego Alagadinho (metakomatiites), Rio Vermelho (tholeiitic metabasalts) and Ribeirão das Antas (clastic and chemical metasediments). Massucato (2004) & Carvalho (2005) described deformational events that was grouped in different phases, being one of them distensive related with the formation of the basin, followed by three compressive phases with gold mineralization related in some of that. The deformational forces distribution is heterogeneous and varies from lower green schist to upper amphibolite. The different orebodies hosted in the Crixás Greenstone Belt has structural control related with detachment surfaces along thrust-faults with some oblique component. The maximum deformation zones, with ductile-ruptile features, generated in those conditions forms a structural channel for hydrothermal fluids. The auriferous mineralization is comprehended as being sin to late-tectonic and is exclusively related to hydrothermal alteration zones. The hydrothermal fluids have predominantly metamorphic origin (FORTES, 1996), composed by quartz + carbonate, it is responsible for the formation of the mineralized lens. The Mangaba orebody is inserted in the Structure IV, representing one of those structures that in general terms has a NW low-angle plunge. In the mineralized lens there is no occurrences of massive quartz vein, the mineralization occurs as disseminated ore associated mainly with pyrrhotite and arsenopyrite. The greatest gold grades are principally in the pervasive silicification zone of hydrothermal alteration but also, in minor proportions, adjacent potassic/phyllic alteration zone. The orebodies IV, V, Forquilha and Pequizão, are also hosted in the Structure IV. This monography has as objective to characterize the Mangaba orebody in matter of the main metallogenetic aspects, such structural control, hydrothermal alteration haloes, mineral paragenesis, prospective indicators as well as correlate with the other orebodies hosted in the Structure IV, aiming to contribute for a major understanding of the mineralizing system in the region.application/pdfporAlteração hidrotermalGreenstone beltHydrothermal alterationGoldCrixásCaracterização do Corpo aurífero Mangaba, estrutura IV, Greenstone Belt de Crixás - GOinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2018Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001088670.pdf.txt001088670.pdf.txtExtracted Texttext/plain143688http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/189167/2/001088670.pdf.txt24bfd1859dde9e5d5fb4ab519caaf2f2MD52ORIGINAL001088670.pdfTexto completoapplication/pdf6446036http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/189167/1/001088670.pdf20575487d0ac3a9811aa287680099c1fMD5110183/1891672019-03-03 02:28:47.305436oai:www.lume.ufrgs.br:10183/189167Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2019-03-03T05:28:47Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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