Vitamina D, albumina e comalamina como biomarcadores da doença inflamatória intestinal em cães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rangel, Bibiana Prodes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255092
Resumo: A doença inflamatória intestinal (DII) em cães é uma enfermidade crônica caracterizada pela inflamação da mucosa do trato gastrointestinal e por sinais clínicos persistentes ou recorrentes. Sua origem ainda não está totalmente elucidada; por isso, o diagnóstico é desafiador. A mensuração de biomarcadores séricos é utilizada em humanos e pode ser clinicamente útil em cães para classificar a atividade da doença. O presente trabalho teve como objetivo determinar as concentrações séricas de vitamina D em cães portadores de DII e comparar com a atividade clínica da DII para cães com enteropatias crônica (Canine Chronic Enteropathy Activity Index – CCECAI), o qual classifica a doença clinicamente em insignificante ou discreta (escore 0-3), leve (escore 4-5), moderado (escore 6-8), severa (escore 9-11) ou muito severa (escore >12). Foram incluídos 13 cães com sinais clínicos de DII crônica, confirmada através de endoscopia e histopatologia. Todos os animais participaram do estudo sob consentimento de seus tutores. Amostras de sangue foram coletadas no momento do diagnóstico para a realização de exames laboratoriais como hemograma, albumina, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina, cobalamina, vitamina D. Foram classificados com DII discreta 3/13 (23%,) animais; 5/13 (38,4%) leve, 2/13 moderada (15,3%), 2/13 severa (15,3%) e 1/13 muito severa (7,69%). Destes, 3/13 (23%) tiveram a vitamina D reduzida, os escores desses animais foi leve, severa e muito sevara. A albumina encontrava-se aumentada em 6/13 animais, sendo que destes, um animal apresentava escore severo (escore 10) e o outro muito severo (escore 13). Os leucócitos totais encontraram-se aumentados em 2/13 animais, sendo estes com atividade da DII severa (escore 10) e moderada (escore 8). A proteína C reativa encontrava-se aumentada em 1/3 animal. Em 3/13 animais, foram encontradas lesões endoscópicas, sendo estes com atividade da DII leve (escore 4 e 5) e severa (escore 11). Na histopatologia, 8/10 (80%) animais apresentaram infiltrado inflamatório de linfócitos e plasmócitos, sendo 3/8 (37,5%) associado a infiltrado de neutrófilos e 5/8 (62,5%) não associado a infiltrado de neutrófilos. Um (10%) animal apresentou infiltrado inflamatório de linfócitos e histiócitos e 1/10 (10%) não apresentou alterações evidentes no exame histopatológico. Os 2/9 cães que apresentaram dosagem do calcidiol (22,2%) abaixo dos valores de referência, tiveram escore clínico de atividade da doença severo (10) e muito severa (13). Em 1/5 (20%) cão que apresentou dosagem do calcitriol abaixo dos valores de referência, o escore CCECAI foi leve. A vitamina D apresentou resultados inversamente proporcionais à doença inflamatória intestinal e acredita-se ser um eficiente biomarcador inflamatório para estadiamento da doença em cães.
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Foram incluídos 13 cães com sinais clínicos de DII crônica, confirmada através de endoscopia e histopatologia. Todos os animais participaram do estudo sob consentimento de seus tutores. Amostras de sangue foram coletadas no momento do diagnóstico para a realização de exames laboratoriais como hemograma, albumina, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina, cobalamina, vitamina D. Foram classificados com DII discreta 3/13 (23%,) animais; 5/13 (38,4%) leve, 2/13 moderada (15,3%), 2/13 severa (15,3%) e 1/13 muito severa (7,69%). Destes, 3/13 (23%) tiveram a vitamina D reduzida, os escores desses animais foi leve, severa e muito sevara. A albumina encontrava-se aumentada em 6/13 animais, sendo que destes, um animal apresentava escore severo (escore 10) e o outro muito severo (escore 13). Os leucócitos totais encontraram-se aumentados em 2/13 animais, sendo estes com atividade da DII severa (escore 10) e moderada (escore 8). A proteína C reativa encontrava-se aumentada em 1/3 animal. Em 3/13 animais, foram encontradas lesões endoscópicas, sendo estes com atividade da DII leve (escore 4 e 5) e severa (escore 11). Na histopatologia, 8/10 (80%) animais apresentaram infiltrado inflamatório de linfócitos e plasmócitos, sendo 3/8 (37,5%) associado a infiltrado de neutrófilos e 5/8 (62,5%) não associado a infiltrado de neutrófilos. Um (10%) animal apresentou infiltrado inflamatório de linfócitos e histiócitos e 1/10 (10%) não apresentou alterações evidentes no exame histopatológico. Os 2/9 cães que apresentaram dosagem do calcidiol (22,2%) abaixo dos valores de referência, tiveram escore clínico de atividade da doença severo (10) e muito severa (13). Em 1/5 (20%) cão que apresentou dosagem do calcitriol abaixo dos valores de referência, o escore CCECAI foi leve. A vitamina D apresentou resultados inversamente proporcionais à doença inflamatória intestinal e acredita-se ser um eficiente biomarcador inflamatório para estadiamento da doença em cães.Inflammatory bowel disease (IBD) in dogs is a chronic disease characterized by inflammation of the gastrointestinal tract mucosa and persistent or recurrent clinical signs. Its origin is not yet fully elucidated; therefore, the diagnosis is challenging. The measurement of serum biomarkers is used in humans and can be clinically useful in dogs to classify disease activity. The present study aimed to determine serum vitamin D concentrations in dogs with IBD and to compare it with the clinical activity of IBD for dogs with chronic enteropathies (Canine Chronic Enteropathy Activity Index – CCECAI), which classifies the disease clinically as insignificant or mild (score 0-3), mild (score 4-5), moderate (score 6-8), severe (score 9-11) or very severe (score> 12). Thirteen dogs with clinical signs of chronic IBD, confirmed by endoscopy and histopathology, were included. All animals participated in the study with the consent of their guardians. Blood samples were collected at the time of diagnosis for laboratory tests such as blood count, albumin, alanine aminotransferase, alkaline phosphatase, cobalamin, vitamin D. 3/13 (23%) of the animals were classified with discrete IBD; 5/13 (38.4%) mild, 2/13 moderate (15.3%), 2/13 severe (15.3%) and 1/13 very severe (7.69%). Of these, 3/13 (23%) had vitamin D reduced, the scores of these animals were mild, severe and very severe. Albumin was increased in 6/13 animals, and of these, two animals had severe scores (score 10) and very severe (score 13). The total leukocytes were found to be increased in 2/13 animals, with severe (score 10) and moderate (score 8) activity. C-reactive protein was increased by 1/3 animal. In 3/13 animals, endoscopic lesions were found, with mild (score 4 and 5) and severe (score 11) IBD activity. In histopathology, 8/10 (80%) animals showed inflammatory infiltrate of lymphocytes and plasma cells, with 3/8 (37.5%) associated with neutrophil infiltrate and 5/8 (62.5%) not associated with neutrophil infiltrate. One (10%) animal presented inflammatory infiltrate of lymphocytes and histiocytes and 1/10 (10%) did not present evident changes in histopathological examination. The 2/9 dogs that presented calcidiol dosage (22.2%) below the reference values, had clinical score of severe (10) and very severe (13) disease activity. In 1/5 (20%) dog that presented calcitriol dosage below the reference values, the CCECAI score was mild. Vitamin D showed results inversely proportional to inflammatory bowel disease and is believed to be an efficient inflammatory biomarker for disease staging in dogs.application/pdfporBiomarcadoresVitamina DDoença inflamatória intestinalCãesChronic enteropathyInflammatory biomarkersClinical score of enteropathiesCholecalciferolVitamina D, albumina e comalamina como biomarcadores da doença inflamatória intestinal em cãesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2020/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001162051.pdf.txt001162051.pdf.txtExtracted Texttext/plain39832http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255092/2/001162051.pdf.txt638607dcae9372db75e54d523b20530eMD52ORIGINAL001162051.pdfTexto completoapplication/pdf566529http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255092/1/001162051.pdfa657b474290fab9721efb08ae161831cMD5110183/2550922023-02-26 03:20:16.816703oai:www.lume.ufrgs.br:10183/255092Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-02-26T06:20:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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