Linfoma alimentar em gatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Botelho, Laura Silveira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/200159
Resumo: O linfoma alimentar é a neoplasia intestinal que mais acomete os felinos domésticos. Afeta, na sua maioria, gatos idosos e negativos para infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV) quando realizado teste de detecção de antígeno viral. Não há predileção sexual ou racial. Alguns fatores de risco estão associados com maior ocorrência da doença, como a doença inflamatória intestinal, exposição ambiental à fumaça de tabaco e infecção por bactérias do gênero Helicobacter spp. Gatos acometidos pela doença apresentam sinais clínicos gastrointestinais crônicos, como vômitos esporádicos, emagrecimento progressivo, diarreia e anorexia, comuns a outras enfermidades e cabe ao médico veterinário solicitar exames complementares a fim de excluir outros diagnósticos diferenciais. O linfoma alimentar é classificado histologicamente em baixo, intermediário ou alto grau e linfoma de grandes células granulares de acordo com National Cancer Institute Working Formulation. Além disso, atualmente os linfomas são classificados pelo sistema REAL/WHO, que se baseia em critérios morfológicos, imunofenotípicos e clínicos. Existe uma variação grande entre as classificações de linfoma em relação à apresentação, tratamento e prognóstico da neoplasia, sendo importante o diagnóstico correto da doença através de laparotomia exploratória. A quimioterapia é o tratamento de escolha para o linfoma alimentar, com protocolos diferentes de acordo com o grau do tumor. Conclui-se que o linfoma alimentar é uma importante afecção na medicina felina e deve ser um diagnóstico diferencial em gatos idosos com sinais gastrointestinais. O padrão ouro para diagnóstico da afecção é a biópsia por laparotomia exploratória de intestino em três segmentos, fígado, pâncreas e linfonodos mesentéricos. Com relação à terapêutica, para linfoma de baixo grau, a associação de clorambucil e prednisolona se mostra eficaz e com um prognóstico favorável; enquanto, para as demais classificações de linfoma, o protocolo CHOP é a primeira escolha, com um prognóstico reservado. O suporte ao paciente em quimioterapia é importante para melhor qualidade de vida. Devido ao aumento no número de casos relatados e a importância atual do linfoma alimentar na rotina de atendimentos na medicina felina, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura abrangendo a etiologia e epidemiologia, fatores de risco para o desenvolvimento da afecção, forma de classificação, métodos diagnósticos e tratamento, trazendo uma atualização sobre os principais aspectos da doença.
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O linfoma alimentar é classificado histologicamente em baixo, intermediário ou alto grau e linfoma de grandes células granulares de acordo com National Cancer Institute Working Formulation. Além disso, atualmente os linfomas são classificados pelo sistema REAL/WHO, que se baseia em critérios morfológicos, imunofenotípicos e clínicos. Existe uma variação grande entre as classificações de linfoma em relação à apresentação, tratamento e prognóstico da neoplasia, sendo importante o diagnóstico correto da doença através de laparotomia exploratória. A quimioterapia é o tratamento de escolha para o linfoma alimentar, com protocolos diferentes de acordo com o grau do tumor. Conclui-se que o linfoma alimentar é uma importante afecção na medicina felina e deve ser um diagnóstico diferencial em gatos idosos com sinais gastrointestinais. O padrão ouro para diagnóstico da afecção é a biópsia por laparotomia exploratória de intestino em três segmentos, fígado, pâncreas e linfonodos mesentéricos. Com relação à terapêutica, para linfoma de baixo grau, a associação de clorambucil e prednisolona se mostra eficaz e com um prognóstico favorável; enquanto, para as demais classificações de linfoma, o protocolo CHOP é a primeira escolha, com um prognóstico reservado. O suporte ao paciente em quimioterapia é importante para melhor qualidade de vida. Devido ao aumento no número de casos relatados e a importância atual do linfoma alimentar na rotina de atendimentos na medicina felina, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura abrangendo a etiologia e epidemiologia, fatores de risco para o desenvolvimento da afecção, forma de classificação, métodos diagnósticos e tratamento, trazendo uma atualização sobre os principais aspectos da doença.Alimentary lymphoma is the intestinal neoplasm that most affects domestic cats. It affects mostly elderly and negative for feline leukemia virus (FeLV) infection cats when the viral antigen test is performed. There is no sexual or racial predilection. Some risk factors are associated with higher disease occurrence, such as inflammatory bowel disease, environmental exposure to tobacco smoke and infections with bacteria of the genus Helicobacter spp. Cats affected with the disease show chronic gastrointestinal clinical signs, like sporadic vomiting, progressive weight loss, diarrhea, and anorexia, common to other diseases and it is up to the veterinarian to request exams in order to exclude differential diagnoses. Alimentary lymphoma is histologically classified in low, intermediate or high grade and large granular cell lymphoma according to the National Cancer Institute Working Formulation. Besides, currently lymphomas are classified by the REAL/WHO, based on morphological, immunophenotype and clinical criteria. There is great variation among the lymphoma classifications regarding presentation, treatment and prognosis, with the correct disease diagnosis through exploratory laparotomy. Chemotherapy is the treatment of choice for alimentary lymphoma, with different protocols according to tumor grade. Due to the current importance of feline lymphoma in the routine care of feline medicine, the goal of this paper was to perform a literature review including etiology and epidemiology, risk factor for disease development, classification forms, diagnostic methods and treatment, bringing an update on the main aspects of the disease. It is possible to conclude that the gold standard to diagnose the disease is the exploratory laparotomy biopsy of three intestinal segments, liver, pancreas and mesenteric lymphonodes. Regarding the therapeutics to low grade lymphoma, the chlorambucil and prednisolone association proves effective and with a favorable prognosis; while to the other lymphoma classifications, the CHOP protocol is the first choice, with a reserved prognosis. 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