Linfoma mediastinal em um felino : relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sgarioni, Annelise Zabel
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199510
Resumo: O linfoma, também chamado de linfossarcoma, é uma neoplasia hematopoiética comum em felinos e de ocorrência frequente na maioria das clínicas veterinárias. A doença tem origem em células linfoides de órgãos sólidos e possui diversas formas de apresentação, sendo a alimentar e a mediastínica as mais diagnosticadas, atualmente. Além de sua localização anatômica, pode ser classificada de acordo com seu imunofenótipo. Acredita-se que um fator predisponente para o desenvolvimento do linfoma mediastinal seja a presença do vírus da leucemia felina, o qual provoca a transformação maligna dos linfócitos. Comumente, os animais ao apresentarem essa forma da doença manifestam-na primeiramente através de sinais clínicos inespecíficos e, conforme dá-se a evolução do quadro, exibem dispneia e taquipneia, os quais juntamente de uma avaliação clínica detalhada, bem como exame de radiografia torácica, sugerem o diagnóstico da neoplasia. Portanto, salienta-se que exames complementares, como exames sanguíneos, de imagem e citologia da massa tumoral, por exemplo, são importantes para estabelecer a identificação de maneira definitiva. A partir do diagnóstico, torna-se possível realizar o tratamento, por meio de uma escolha individual do protocolo quimioterápico, indicado para a forma mediastínica em felinos. O presente trabalho faz um breve revisão sobre os aspectos relacionados ao linfoma mediastinal e relata um caso, no qual um felino de sete meses de idade foi a óbito devido a um linfoma mediastinal de grande volume. O paciente atendido apresentava sinais clínicos referentes a neoplasia hematopoiética, a qual confirmou-se o diagnóstico posteriormente através da análise do líquido cavitário, bem como soropositividade para o vírus da leucemia felina. Ele foi estabilizado e tratado com quimioterapia antineoplásica visando a remissão da neoplasia. Durante o tratamento foram observados alguns efeitos colaterais, no entanto o animal obteve certa regressão da doença e qualidade de vida, até o momento em que o tutor não compareceu mais às sessões quimioterápicas, resultando na piora do quadro do felino e posteriormente em seu óbito. Sabe-se que com a quimioterapia os animais portadores do linfoma mediastinal adquirem um certo tempo a mais de vida, devido à remissão da massa tumoral, como no caso em questão, no qual o animal obteve quatro meses de sobrevida. Todavia, devido a interrupção do método terapêutico e ao avançado grau da doença, torna-se inviável afirmar que o animal obteria uma sobrevida muito maior, caso houvesse a continuidade do tratamento.
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Comumente, os animais ao apresentarem essa forma da doença manifestam-na primeiramente através de sinais clínicos inespecíficos e, conforme dá-se a evolução do quadro, exibem dispneia e taquipneia, os quais juntamente de uma avaliação clínica detalhada, bem como exame de radiografia torácica, sugerem o diagnóstico da neoplasia. Portanto, salienta-se que exames complementares, como exames sanguíneos, de imagem e citologia da massa tumoral, por exemplo, são importantes para estabelecer a identificação de maneira definitiva. A partir do diagnóstico, torna-se possível realizar o tratamento, por meio de uma escolha individual do protocolo quimioterápico, indicado para a forma mediastínica em felinos. O presente trabalho faz um breve revisão sobre os aspectos relacionados ao linfoma mediastinal e relata um caso, no qual um felino de sete meses de idade foi a óbito devido a um linfoma mediastinal de grande volume. O paciente atendido apresentava sinais clínicos referentes a neoplasia hematopoiética, a qual confirmou-se o diagnóstico posteriormente através da análise do líquido cavitário, bem como soropositividade para o vírus da leucemia felina. Ele foi estabilizado e tratado com quimioterapia antineoplásica visando a remissão da neoplasia. Durante o tratamento foram observados alguns efeitos colaterais, no entanto o animal obteve certa regressão da doença e qualidade de vida, até o momento em que o tutor não compareceu mais às sessões quimioterápicas, resultando na piora do quadro do felino e posteriormente em seu óbito. Sabe-se que com a quimioterapia os animais portadores do linfoma mediastinal adquirem um certo tempo a mais de vida, devido à remissão da massa tumoral, como no caso em questão, no qual o animal obteve quatro meses de sobrevida. Todavia, devido a interrupção do método terapêutico e ao avançado grau da doença, torna-se inviável afirmar que o animal obteria uma sobrevida muito maior, caso houvesse a continuidade do tratamento.Lymphoma, also known as lymphosarcoma, is a common hematopoietic neoplasm in felines with a high occurrence frequency in most veterinary practices. The disease originates in the lymphoid cells of solid organs and presents in different forms, with the alimentary and mediastinal ones being the most diagnosed forms nowadays. Besides its anatomic location, lymphoma can be classified according to its immunophenotype. It is believed that the Feline Leukemia Virus is a predisposing factor for the development of mediastinal lymphoma, since it promotes malignant transformation of lymphocytes. Animals that present this form of the disease often exhibit nonspecific signs at first and, as the disease progresses, they exhibit dyspnea and tachypnea, which combined with a detailed clinical evaluation, as well as chest radiography exam are suggestive of the neoplasm. Nonetheless, it is important to highlight that complementary exams such as blood panel, imaging exams and tumor cytology are necessary in order to establish a precise identification. Once the diagnosis is achieved, treatment is possible through an individual selection of a chemotherapy protocol recommended for feline mediastinal cases. The present work does a brief review on the aspects related to mediastinal lymphoma and reports a case in which a seven month old feline died as a result of a large mediastinal lymphosarcoma mass. The patient in this case report presented with clinical signs consistent with hematopoietic neoplasm, which was later confirmed by cavity fluid analysis, as well as seropositivity for the Feline Leukemia Virus. Patient was stabilized and treated with anticancer chemotherapy so as to obtain neoplasm regression. During treatment, some side effects were observed, however the animal was able to achieve a certain level of tumor regression and quality of life until the animal's owner no longer showed up for chemotherapy sessions, which led to a worsening in the feline's clinical condition and subsequent death. It is known that with chemotherapy, patients with mediastinal lymphoma are able to extend their life expectancy due to neoplasm regression, as the case reported, in which the animal got more four months. However, due to the interruption of the treatment and to the disease's advanced level, it is not possible to determine whether the animal would have experienced an increase in life expectancy had it followed through with the treatment.application/pdfporLinfossarcomaNeoplasias do mediastinoVírus da imunodeficiência felinaQuimioterapiaFelinosLymphosarcomaMediastinal lymphomaDyspneaFeLVChemotherapyLinfoma mediastinal em um felino : relato de casoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2019/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001101809.pdf.txt001101809.pdf.txtExtracted Texttext/plain46972http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199510/2/001101809.pdf.txt47ca38ef46c5fee52c252f0528f916beMD52ORIGINAL001101809.pdfTexto completoapplication/pdf705363http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199510/1/001101809.pdfd6135f8bfa6bdfcfce722434f7e8f15eMD5110183/1995102019-09-21 03:40:22.584772oai:www.lume.ufrgs.br:10183/199510Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-09-21T06:40:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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