Associação entre a espessura de músculos laterais do abdômen, resistência muscular e o valgo dinâmico do joelho durante o agachamento unipodal : diferença entre os sexos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/248872 |
Resumo: | O excessivo valgo dinâmico do joelho parece apresentar relação com várias lesões no membro inferior. Alterações no complexo tronco-pelve-quadril têm sido apontadas como um dos mecanismos proximais relacionados ao excessivo valgo dinâmico do joelho. Uma das alterações mecânicas observadas é o aumento na inclinação lateral do tronco durante atividades unilaterais. Alterações nos músculos laterais do tronco, em especial o oblíquo externo, o oblíquo interno e transverso do abdome, podem levar a uma redução do controle do tronco durante atividades funcionais. No entanto, a relação entre parâmetros morfológicos e funcionais dos músculos laterais do abdômen e a presença de valgo dinâmico em homens e mulheres não estão claros. O objetivo do estudo foi verificar a associação entre a espessura e resistência dos músculos laterais do abdômen com o valgo dinâmico do joelho durante a realização do agachamento unipodal em homens e mulheres saudáveis. Quarenta e seis participantes (n = 27 homens; n = 19 mulheres) foram submetidos à seguintes avaliações: (i) espessura de músculos laterais do abdômen (ΣEMFLT) [oblíquo externo + oblíquo interno + transverso do abdome]; (ii) ângulo de projeção no plano frontal (APPF) do joelho durante o agachamento unipodal e (iii) resistência dos flexores laterais durante o teste de prancha lateral. Não observamos associação significativa do APPF do joelho com a ΣEMFLT (homens: r=0.120, p=0.954; mulheres: r=0.223, p=0.358) e com o tempo de prancha lateral (homens: r=0.087, p=0.667; mulheres: r=0.319, p=0.184). Também não observamos associação entre a ΣEMFLT e o tempo de prancha lateral em homens (r=-0.285; p=0.149), porém observamos associação moderada, positiva e significativa em mulheres (r=0.530; p=0.020). Ainda, foi realizada uma correlação parcial usando o IMC como variável controle nas medidas envolvendo a ΣEMFLT, onde foi encontrado o mesmo comportamento. Portanto, tais resultados, podem indicar que a prescrição de exercício pode ser diferente entre homens e mulheres visando uma melhora (i.e. diminuição) do valgo dinâmico a partir do fortalecimento dos músculos laterais do abdômen e, consequentemente, diminuindo o risco de lesões em membros inferiores. |
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Bayer, Henrique FloresGeremia, Jeam MarcelRodrigues, Rodrigo2022-09-14T04:53:23Z2020http://hdl.handle.net/10183/248872001149529O excessivo valgo dinâmico do joelho parece apresentar relação com várias lesões no membro inferior. Alterações no complexo tronco-pelve-quadril têm sido apontadas como um dos mecanismos proximais relacionados ao excessivo valgo dinâmico do joelho. Uma das alterações mecânicas observadas é o aumento na inclinação lateral do tronco durante atividades unilaterais. Alterações nos músculos laterais do tronco, em especial o oblíquo externo, o oblíquo interno e transverso do abdome, podem levar a uma redução do controle do tronco durante atividades funcionais. No entanto, a relação entre parâmetros morfológicos e funcionais dos músculos laterais do abdômen e a presença de valgo dinâmico em homens e mulheres não estão claros. O objetivo do estudo foi verificar a associação entre a espessura e resistência dos músculos laterais do abdômen com o valgo dinâmico do joelho durante a realização do agachamento unipodal em homens e mulheres saudáveis. Quarenta e seis participantes (n = 27 homens; n = 19 mulheres) foram submetidos à seguintes avaliações: (i) espessura de músculos laterais do abdômen (ΣEMFLT) [oblíquo externo + oblíquo interno + transverso do abdome]; (ii) ângulo de projeção no plano frontal (APPF) do joelho durante o agachamento unipodal e (iii) resistência dos flexores laterais durante o teste de prancha lateral. Não observamos associação significativa do APPF do joelho com a ΣEMFLT (homens: r=0.120, p=0.954; mulheres: r=0.223, p=0.358) e com o tempo de prancha lateral (homens: r=0.087, p=0.667; mulheres: r=0.319, p=0.184). Também não observamos associação entre a ΣEMFLT e o tempo de prancha lateral em homens (r=-0.285; p=0.149), porém observamos associação moderada, positiva e significativa em mulheres (r=0.530; p=0.020). Ainda, foi realizada uma correlação parcial usando o IMC como variável controle nas medidas envolvendo a ΣEMFLT, onde foi encontrado o mesmo comportamento. Portanto, tais resultados, podem indicar que a prescrição de exercício pode ser diferente entre homens e mulheres visando uma melhora (i.e. diminuição) do valgo dinâmico a partir do fortalecimento dos músculos laterais do abdômen e, consequentemente, diminuindo o risco de lesões em membros inferiores.Excessive dynamic knee valgus and its implications for different lower limb injuries are already widely found in the literature. Its association with the thickness and resistance of the lateral abdomen muscles and how it can influence the presence of dynamic valgus in men and women still needs further studies. The objective of the study was to verify the association between the thickness and neuromuscular resistance of the lateral abdomen muscles with the dynamic valgus of the knee during the performance of single leg squat in healthy men and women, in addition to verifying whether the thickness of the lateral abdomen flexors is associated with lateral plank test for both sexes. Forty-six participants (n = 27 men; n = 19 women) underwent the following assessments: (i) thickness of the lateral flexor muscles of the abdomen (ΣEMFLT) [external oblique + internal oblique + transverse abdomen]; (ii) angle of projection in the frontal plane (FPPA) of the knee during the single leg squat and (iii) resistance of the lateral abdomen flexors during the lateral plank test. We did not observe a significant association between the FPPA of the knee and the ΣEMFLT (men: r = 0.120, p = 0.954; women: r = 0.223, p = 0.358) and with the time on the side plank (men: r = 0.087, p = 0.667; women: r = 0.319, p = 0.184). We did not observe a significant association between the APPF of the knee and the ΣEMFLT (men: r = 0.120, p = 0.954; women: r = 0.223, p = 0.358) and with the time on the side plank (men: r = 0.087, p = 0.667; women: r = 0.319, p = 0.184). We also did not observe an association between ΣEMFLT and side plank time in men (r = -0.285; p = 0.149), but we observed a moderate, positive and significant association in women (r = 0.530; p = 0.020). In addition, a partial correlation was performed using the BMI as a control variable in the measurements involving the ΣEMFLT, where the same behavior was found. With the results found, we can think of different training prescriptions for men and women, aiming at an improvement of the dynamic valgus from the strengthening of the lateral abdominal muscles and, consequently, decreasing the risk of injuries in the lower limbs.application/pdfporJoelhoAbdomeForça muscularMuscle thicknessNeuromuscular resistanceKneeAssociação entre a espessura de músculos laterais do abdômen, resistência muscular e o valgo dinâmico do joelho durante o agachamento unipodal : diferença entre os sexosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2020Educação Física: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001149529.pdf.txt001149529.pdf.txtExtracted Texttext/plain55186http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/248872/2/001149529.pdf.txtc848c4b7d5edfe0c08d9e297f8b13f0cMD52ORIGINAL001149529.pdfTexto completoapplication/pdf518442http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/248872/1/001149529.pdfb17d5449323da4dc5bbaa4892ce9a463MD5110183/2488722022-09-15 05:00:23.457004oai:www.lume.ufrgs.br:10183/248872Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-09-15T08:00:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O excessivo valgo dinâmico do joelho parece apresentar relação com várias lesões no membro inferior. Alterações no complexo tronco-pelve-quadril têm sido apontadas como um dos mecanismos proximais relacionados ao excessivo valgo dinâmico do joelho. Uma das alterações mecânicas observadas é o aumento na inclinação lateral do tronco durante atividades unilaterais. Alterações nos músculos laterais do tronco, em especial o oblíquo externo, o oblíquo interno e transverso do abdome, podem levar a uma redução do controle do tronco durante atividades funcionais. No entanto, a relação entre parâmetros morfológicos e funcionais dos músculos laterais do abdômen e a presença de valgo dinâmico em homens e mulheres não estão claros. O objetivo do estudo foi verificar a associação entre a espessura e resistência dos músculos laterais do abdômen com o valgo dinâmico do joelho durante a realização do agachamento unipodal em homens e mulheres saudáveis. Quarenta e seis participantes (n = 27 homens; n = 19 mulheres) foram submetidos à seguintes avaliações: (i) espessura de músculos laterais do abdômen (ΣEMFLT) [oblíquo externo + oblíquo interno + transverso do abdome]; (ii) ângulo de projeção no plano frontal (APPF) do joelho durante o agachamento unipodal e (iii) resistência dos flexores laterais durante o teste de prancha lateral. Não observamos associação significativa do APPF do joelho com a ΣEMFLT (homens: r=0.120, p=0.954; mulheres: r=0.223, p=0.358) e com o tempo de prancha lateral (homens: r=0.087, p=0.667; mulheres: r=0.319, p=0.184). Também não observamos associação entre a ΣEMFLT e o tempo de prancha lateral em homens (r=-0.285; p=0.149), porém observamos associação moderada, positiva e significativa em mulheres (r=0.530; p=0.020). Ainda, foi realizada uma correlação parcial usando o IMC como variável controle nas medidas envolvendo a ΣEMFLT, onde foi encontrado o mesmo comportamento. Portanto, tais resultados, podem indicar que a prescrição de exercício pode ser diferente entre homens e mulheres visando uma melhora (i.e. diminuição) do valgo dinâmico a partir do fortalecimento dos músculos laterais do abdômen e, consequentemente, diminuindo o risco de lesões em membros inferiores. |
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